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Colunista Destaque – Alderico Sena


O Brasil vive uma profunda crise que atinge a todos: idosos, jovens, trabalhadores e famílias. Reconstruir o país exige o exercício pleno da cidadania, com olhar firme nas futuras gerações.

A sociedade precisa reagir e mostrar aos políticos que agem em benefício próprio, de partidos ou grupos, que o povo não é carta marcada nem “bobo da corte”. É preciso dizer não à corrupção, à violência e à inércia que impedem o crescimento socioeconômico da nação.

Na promulgação da Constituição de 1988, o então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Deputado Ulisses Guimarães, foi enfático: “A única coisa que mete medo em político é o povo na rua.”

O povo deve exigir que o governo inclua no Código Penal a corrupção contra o erário público como crime hediondo, com pena mínima de 30 anos, a exemplo de desvios no INSS e em outras áreas. O Brasil não suporta mais tanta impunidade.

Virtudes cívicas

“As virtudes cívicas dos que governam são qualidades morais e atitudes de dedicação à comunidade, que promovem o bem-estar coletivo acima dos interesses próprios. Justiça, honestidade, moderação e dedicação à coisa pública são essenciais para o bom funcionamento de uma república democrática, garantindo a participação ativa dos cidadãos e a manutenção de um governo responsável e transparente.”

Esses valores estão consagrados nos Artigos 1º (parágrafo único) e 37º da Constituição Federal.

O papel do parlamento e o exemplo das ruas

O Congresso Nacional não pode ser palco de espetáculos, mas espaço de seriedade e responsabilidade. Estádios servem para torcidas e explosões de alegria; o parlamento, para representar a sociedade com inteligência e urbanidade.

O povo, ao ir às ruas, lembrou a seus representantes que “nós voltamos”. As manifestações não foram apenas protestos: foram um grito de esperança e de exigência de mudanças.

 

Um chamado à responsabilidade

A população pede novas respostas para as crises políticas, sociais e econômicas. Não há espaço para interesses mesquinhos, práticas do “centrão” e jogos de poder que apenas alimentam corrupção e desinformação.

A pluralidade das manifestações revela um broto de esperança: a cidadania pode reverter os cenários de crise. Para isso, exige-se coragem das lideranças, movimentos sociais, formadores de opinião e agentes políticos. É preciso diálogo, generosidade e compromisso com o bem comum – não omissão.

O povo não busca salvadores da pátria, mas representantes que, no cotidiano, façam da política um instrumento de serviço. A lição das ruas prova o poder transformador da cidadania e o desejo coletivo de justiça, ética e verdade.

A força do voto

Ser político é servir ao público e ao país – não a interesses pessoais ou de grupos. Esse é o único caminho para a reconstrução do Brasil.

Em 2026, valorize o seu voto e valorize a si mesmo, eleitor. Querer é poder. Seja a mudança!

 

Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas e Coordenador de Pessoal da Assembleia Estadual Constituinte de 1989 – @aldericosena -site:aldericosena.com

 

Colunista Destaque – Alderico Sena


Preservar o meio ambiente é preservar a vida. O alimento, a saúde e a produção industrial dependem diretamente dele, em especial da água. Entretanto, a educação encontra-se tão fragilizada que parte da população, políticos e governantes desconhecem o verdadeiro sentido de cidadania, soberania e dever cívico na defesa dos interesses coletivos e do país.

Como bem afirmou Lima Barreto: “O Brasil não tem povo, apenas público. Povo luta por seus direitos, público só assiste de camarote — e só sabe votar nas eleições.”

Segundo levantamento, “a água é um recurso natural muito utilizado e pouco cuidado. Essa é a percepção de sete em cada dez brasileiros, de acordo com a pesquisa A percepção dos brasileiros sobre segurança hídrica, realizada pela The Nature Conservancy Brasil (TNC), com apoio técnico do Instituto Ipsos. Além disso, 78% da população percebe aumento da poluição das águas nos últimos quatro anos no país”.

A percepção popular coincide com os dados do Atlas do Saneamento, divulgado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em 2017, que mostrou que o Brasil tem cerca de 114 mil quilômetros de rios com a qualidade da água comprometida, extensão equivalente a quase três vezes a circunferência da Terra.A falta de vontade política para a revitalização do Rio Joanes revela um analfabetismo ecológico inaceitável por parte dos governantes, parlamentares e também da sociedade. O descaso é agravado pela ausência da disciplina de educação ambiental e associativa nas escolas, prevista desde 1989 na Constituição do Estado da Bahia. O Artigo 49º das Disposições Transitórias estabelece a criação da matéria de educação associativa a partir do ensino fundamental e médio, para preparar os estudantes com valores de cooperação e solidariedade. Já se passaram 37 anos sem que essa determinação fosse cumprida.

Somente poderemos formar bons cidadãos se ensinarmos as crianças, desde cedo, a exercer sua cidadania. A Constituição Federal, em seu Art. 23º, determina que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas. E o Art. 225º reforça: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

 

O Rio Joanes está morto, e cabe ao Ministério Público convocar os prefeitos de São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Candeias, Dias D’Ávila, Camaçari, Simões Filho, Lauro de Freitas e Salvador — municípios responsáveis pelo despejo de esgoto in natura em seus afluentes. É igualmente necessária a atuação da Assembleia Legislativa da Bahia, por meio da Comissão de Meio Ambiente, bem como da Embasa e do Inema.

Para a revitalização do Rio Joanes — e de outros rios da região — falta vontade política. Proponho que a Presidência da Assembleia Legislativa convoque uma Sessão Especial com a participação de prefeitos, secretários de Meio Ambiente do Estado e dos municípios da Região Metropolitana, Embasa, Inema, OAB, Ministério Público, UFBA, UNEB, Unifamec, além de representantes da sociedade civil organizada, condomínios, sindicatos e empresas que utilizam a água em seus processos produtivos. É fundamental construir uma solução colaborativa para a criação do Consórcio Interfederativo da Bacia do Joanes.

Sem conscientização e engajamento da sociedade civil, vereadores, deputados, prefeitos e do próprio governador, será impossível avançar. É urgente a criação de uma verdadeira Força-Tarefa para despoluir a Bacia do Rio Joanes. Caso contrário, todos continuarão consumindo água contaminada.

 

Desafios para a revitalização de rios

Pesquisas apontam que os entraves à recuperação dos rios envolvem fatores técnicos, sociais e políticos:

Desafios técnicos e de infraestrutura:

  • Tratamento de esgoto: ausência de redes coletoras e de estações adequadas, sendo o esgoto não tratado o principal poluente.

  • Resíduos industriais: muitas empresas não tratam seus efluentes antes do descarte.

  • Desassoreamento: o acúmulo de sedimentos e lixo dificulta a circulação da água, e a remoção é complexa e cara.

 

  • Desafios políticos e de gestão:

  • Gestão fragmentada: rios que atravessam vários municípios sofrem com diferentes prioridades administrativas.

  • Falta de recursos: projetos de saneamento e revitalização exigem altos investimentos, nem sempre disponíveis.

 

  • Problemas ambientais e sociais:

  • Poluição difusa: descarte de lixo, agrotóxicos, plásticos e produtos químicos contaminam as águas.

  • Desmatamento: a retirada da mata ciliar reduz a filtragem natural da água.

  • Falta de conscientização: grande parte da população não reconhece o impacto de suas atitudes no equilíbrio ambiental.

Desde sua fundação, em 2008, a OSCIP Rio Limpo tem buscado, por meios legais, soluções junto às autoridades municipais, estaduais, federais e ao Ministério Público para a despoluição do Rio Joanes. Foram promovidos seminários, workshops, audiências públicas e Sessões Especiais na Assembleia Legislativa — sem que a revitalização fosse efetivamente assumida como prioridade por governos, deputados, vereadores e sociedade organizada. Isso comprova a falta de vontade política.

Revitalizar o Rio Joanes — assim como os demais rios — é dever do governo, conforme determina o Artigo 225º da Constituição Federal: “defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”


Preservar o meio ambiente é preservar a vida! COMPARTILHE!


Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Coordenador de Pessoal da Assembleia Estadual Constituinte-89 e Ex-Superintendente da OCEB – Organização das Cooperativas do Estado da Bahia. Site: aldericosena.com

  • Foto: Gabriele Dinigre

 

 

Colunista Destaque – Alderico Sena


De quem é a culpa da anarquia na administração pública? Basta observar o descumprimento da Constituição Federal, Art. 37:

A administração pública de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência…”

E cadê o povo? Afinal, o Artigo 1º, parágrafo único, assegura:“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

Na promulgação da Constituição, o Presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1988, Deputado Ulisses Guimarães abordou: “a Única coisa que mete medo em POLÍTICO é o povo na rua.”

Quando o eleitor não exerce sua cidadania, deixando de usar sua maior arma — o Título Eleitoral — e insiste em alimentar políticos que defendem apenas interesses pessoais e de grupos, o resultado é trágico: o povo e o Brasil ficam sem representação verdadeira.

Caráter não tem preço! Nem todos os políticos são iguais. Existem, sim, “homens livres e de bons costumes” que se afastaram da política. Mas é preciso que o eleitor, antes de dar o seu voto, pesquise propostas e candidatos, em vez de permanecer submisso a favores pessoais.

A alternância de políticos é fundamental. Há décadas, famílias tradicionais dominam e controlam a política em diversos estados. Quando o eleitor insiste em reeleger políticos que só buscam interesses próprios, acaba prejudicando milhões de brasileiros — inclusive sua própria família.

A única ferramenta capaz de promover o crescimento do país e reduzir desigualdades, fome, miséria, desemprego, violência, corrupção e impunidade é a consciência política. Afinal, é na esfera governamental que se decidem os destinos do país e as condições de vida da população. Como bem alertou Bertolt Brecht:“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, não participa. Não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, do aluguel, do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político se orgulha de odiar política, sem saber que dessa ignorância nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos: o político corrupto e espoliador das empresas nacionais e multinacionais.”

 

Transformaram a política em uma verdadeira “Casa da Mãe Joana”, onde o Congresso Nacional passou a ser o inimigo número um do povo e do Brasil.

Tudo que é ilegal também é imoral. A chamada PEC da Blindagem ou de (Imoralidade) que proíbe a abertura de ações criminais contra deputados e senadores sem autorização do Parlamento, é um exemplo. “Especialistas e organizações de combate à corrupção alertam que ela pode favorecer o mau uso das emendas parlamentares. As práticas ilícitas de parlamentares podem levar à cassação do mandato, perda de direitos políticos e até prisão, dependendo da gravidade do ato. As ilegalidades incluem infrações à lei orçamentária, atentados contra a administração pública, crimes contra a honra e a liberdade — como os ocorridos em 8 de janeiro de 2023 — e casos de corrupção.”

O maior problema do Brasil não é econômico, mas social, educacional e cultural, consequência da despolitização e da desinformação do povo. Como já previa Darcy Ribeiro:

“A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto.”

A escola precisa ensinar cidadania, ética e soberania, para que a sociedade compreenda que “todo poder emana do povo”. A reconstrução do Brasil depende desses pilares. Sem educação de qualidade e valorização dos professores, não há solução duradoura.

Chega de reclamar! É hora de refletir: que Brasil queremos para nós e para as futuras gerações?

Em outubro de 2026, voltaremos às urnas. Valorize o seu voto e a si mesmo, eleitor.A crise moral, política e institucional que enfrentamos também é responsabilidade do eleitor. Nada mudará se continuarmos votando por impulso ou conveniência.

Muitos dizem: “Não voto mais, todos os políticos são iguais.” Mas isso não é verdade.

 

Existem bons políticos, com caráter, competência e compromisso com causas coletivas. Infelizmente, o eleitor desinformado acaba manipulado.Lembre-se: nada muda se você não quiser. O sistema político é bruto, mas o voto consciente é mais forte.

Critérios essenciais para a escolha de um candidato:

Pesquise informações sobre os candidatos.

Verifique histórico familiar, político e profissional.

Busque afinidade de ideias.

Conheça o partido, coligação e propostas.

Consulte fontes como TSE, TCM, TCE e Transparência Brasil.

Como melhorar o Congresso? A CPI do eleitor é o voto consciente. Reclamar depois de votar mal é inútil. Vote com responsabilidade.

Precisamos pensar em um Brasil melhor para todos. Juntos, seremos mais fortes! Compartilhe!

Mudar: dói. Continuar como está: dói. Escolha a dor que trará resultados e pare de reclamar!

Como disse Rui Barbosa:

“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles.”


Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas

 

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