A sociedade civil organizada, precisa exigir as reformas política, partidária, administrativa, penal e a revisão constitucional, por suas importâncias básicas, deveriam ser as primeiras reformas, porque é na área do governo que se decidem os destinos do país e as condições de vida da população. O Brasil está carente de políticos cabeças pensantes “Livre e de Bons Costumes”, há muito tempo como exemplo: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Rômulo Almeida, Celso Furtado, Oscar Niemeyer, dentre outros.
A Alternância de poder é de fundamental importância para novas ideias, projetos, visão, missão e compromisso para o bem comum e o crescimento do país. São inúmeros os exemplos que temos de mandatários que permanecem no poder apesar de exercerem governos sem programa, bem como administrações medíocres e sem realizações relevantes. Isso demonstra como é frágil a percepção do processo político pela coletividade.
Muitas vezes, alguns políticos, usando o prestígio político e o poder para confrontar a lei e aliciar, subornar, oprimir e humilhar. Os necessitados submetem-se a esses métodos, contrariando as suas consciências de pessoas dignas, com receio de perder o emprego, o serviço e outros favores.
Cabe ao presidente da república mais do que a qualquer outro membro dos três poderes, ditar os rumos políticos e econômicos, editar e sancionar as medidas que visam o desenvolvimento do país.
Na democracia, a alternância de poder é imprescindível para que novos métodos políticos e administrativos sejam introduzidos. Os novos administradores que divergem do status quo contribuem para reformular as antigas práticas por meio de métodos modernos de administração não conseguem, devido ao Sistema, esse é um dos fatores da burocracia no setor público o que trava muitos projetos e o crescimento do país.
Compete à sociedade civil organizada e demais setores da sociedade dotados consciência política, defender a transparência para que se concretizem as transformações de que o povo e país necessitam, com base no art. 1º e seu Parágrafo Único da Constituição, visto que: “Todo o poder emana do povo”.
O Brasileiro precisa parar de RECLAMAR. Infelizmente, a preocupação com temas como a alternância de poder, parece ainda distante tanto da população como da classe política. A verdade é que, desde o fim dos anos 90, temos a possibilidade de reeleição para todos os cargos políticos.
Nossa tradição de mudanças sempre foi feita de cima para baixo, ou seja, os mais importantes projetos políticos, bons ou ruins, sempre foram postos “goela abaixo” por omissão da população.
Na verdade, o brasileiro apenas assiste de camarote a evolução dos acontecimentos como é identificado o crescimento do feminicídio contra a mulher, violência sexual de crianças e adolescentes nas estradas, discriminação racial, policiais praticando abordagens e crimes de forma inadequada que não condiz com as regras da instituição.
Desde as eleições de 1989 não temos um quadro de alternância de poder que não condiz com as necessidades do Brasil ser um país desenvolvido.
A escassez de líderes, os poderes constituídos fragilizados e a falta de maiores investimentos na área de recursos humanos como no tempo do DASP – Departamento Administrativo do Serviço Público que tinha o objetivo da educação, formação e capacitação dos servidores públicos. A falta desses pilares contribuiu para a banalização dos valores éticos, morais e profissionais na administração pública.
A Constituição necessita ser revisada para corrigir e aperfeiçoar alguns dos artigos, impondo limites, disciplina, responsabilidade e critérios para o exercício de cargos comissionados no serviço público, visando proteção, amparo e qualidade do serviço público à sociedade.
A Segurança está insegura e os Três Poderes (executivo, legislativo e judiciário) precisam sentar para buscar meios de coibir o avanço da violência, dentre outros desmandos que ocorrem no País. “Quem não vive pra servir, não serve para viver”.
A sociedade Civil Organizada, precisa exigir a reforma política já, que, por sua importância básica, deveria ser a primeira das reformas, porque é na área do governo que se decidem os destinos do país e as condições de vida da população e também a partidária com eleição geral, mandato de 5 (cinco) sem reeleição, voto facultativo, redução de partidos, nível de escolaridade para candidatos a cargos eletivos, devido à complexidade das atividades legislativas e dos projetos que são submetidos apreciação e aprovação de parlamentares, dentre outras medidas para a moralização do Sistema político e da administração pública.
A sociedade precisa exercer a cidadania, a soberania e parar de reclamar, visto que o retrocesso socioeconômico há décadas que o Brasil atravessa, a culpa também é do ELEITOR que não sabe usar o Título Eleitoral.
As mudanças que o Brasil necessita só dependem da consciência política do eleitor.
A hora é de ação e não de omissão! Querer é poder!
Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Coordenador de Pessoal da Assembleia Estadual Constituinte de 1989 e Ex-Diretor Regional do Departamento de Pessoal do INAMPS da Previdência Social site: aldericosena.com