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Cooperativismo é a solução

01/03/16

Publicado no Jornal Noticia Livre

 

 

 

A crise moral, política, econômica e social predominante no Brasil, são fatores do 

 

elevado grau de desemprego. Emprego acabou cooperativismo é a solução. O 

 

cenário do Século XXI é do conhecimento, da ousadia, do empreendedorismo e do 

 

profissionalismo. O problema é que a maioria não quer perceber essa realidade.

 

Assim como ocorre com relação entre o senhor e escravo, também se tornou 

 

obsoleta a relação entre patrão e empregado, ou entre chefe e subordinado, que 

 

caracterizou a Era Industrial.  Para sobreviver, o homem agrupou-se em pequenas 

 

tribos e, a partir daí, percebeu que ao fazer as coisas em conjunto conseguia 

 

melhores resultados pelos seus esforços.

 

Desde o inicio, ainda no tempo das cavernas e da caça, onde homens e mulheres 

 

viveram cerca de 30 mil anos, a cooperação era à base do desenvolvimento da 

 

humanidade. Com a convivência a comunicação se expandiu facilitando a realização 

 

de tarefas como se alimentar, se proteger do frio e dos ataques dos animais 

 

selvagens. As pessoas aprenderam a caçar com armas feitas de pedras, bem como 

 

a dominar o fogo e a cozinhar.  

 

A força associativa entre os homens demonstrou-se cada vez mais transformadora. 

 

Primeiramente construíram casas de barro, que deram lugar a lugarejos e, mais 

 

tarde, cidades – as pirâmides erguidas no Egito, cerca de seis mil anos atrás, 

 

simbolizam esse poder do trabalho coletivo que move o homem através dos 

 

tempos.

 

Neste percurso, até hoje por lutas e guerras, os povos acumularam conhecimento, 

 

poder e riqueza. Em suas singulares civilizações homens e mulheres mantiveram 

 

uma conduta comum: organizaram-se para viver coletivamente, seguindo normas e 

 

desenvolvendo suas relações sociais, produtivas e culturais tanto dentro do seu 

 

próprio território como com as outras nações do planeta.

 

Para intermediar essas relações foi criado o Estado, que tem como principal 

 

finalidade regular o convívio social a partir das leis existentes, contribuindo assim, 

 

para a realização dos interesses da maioria.

 

Nesse processo, determinado por vários fatores, as sociedades evoluíram de forma 

 

diferenciada, o que faz com que países desenvolvidos e outros, a maioria, 

 

subdesenvolvidos. Essas características são indicadas pelas condições de vida da 

 

população, sua participação na gestão política do país, nas atividades produtivas e 

 

no usufruto de suas riquezas.

 

A prosperidade de uma nação tem relação com o nível de educação de seu povo, 

 

que, ao conhecer suas chances e oportunidades de participação, se organiza para 

 

viver numa sociedade que garanta a todos o direito à vida, à liberdade e à 

 

prosperidade.

 

A vida de cada pessoa inegavelmente faz parte dessa evolução. É importante 

 

perceber, como resultado da história a nossa própria trajetória, onde as relações 

 

com a família, amigos e vizinhos acontecem. Precisamos estar atentos e vigilantes 

 

no mundo que nos cerca e exercitar o sentimento de pertencer à sociedade, 

 

optando como dela participar e o que nela desejamos modificar.

 

A sociedade organizada tem o poder de transformar-se mediante as decisões e 

 

ações de seus membros, essa é a dinâmica para superar seus limites. A 

 

organização das pessoas, sua união para solucionar necessidades comuns e 

 

conseguir melhores condições de vida, determina o desenvolvimento de uma 

 

nação. Nesse sentido, vários são os exemplos em que o cooperativismo permitiu a 

 

conquista de direitos sociais, culturais, econômicos e políticos.

 

Essa evolução social com organização e participação, juridicamente estabelecido 

 

pela Lei 5764/71, pode conquistar empreendimentos para uma sociedade onde 

 

direitos e deveres caminharão juntos democraticamente sem patrão. Emprego 

 

acabou! Cooperativismo é a solução.

 

O cooperativismo é a ferramenta adequada para geração do trabalho, da renda, da 

 

produtividade, do aumento de arrecadação de tributos para os municípios, estados 

 

e União e para a permanência do homem na sua região.

 

As empresas não mais necessitam de grandes exércitos de mão-de-obra braçal, 

 

animalizada pelo trabalho repetitivo. Tampouco podem conviver com a ociosidade, 

 

pois o ócio é uma forma ainda pior de animalização do Ser Humano.

 

As empresas necessitam de pequenas Equipes eficazes, contributivas, flexíveis e 

 

ágeis, constituídas por pessoas capacitadas a atuar no local e no momento certo, 

 

em busca de o que é importante e do que faz diferença para o Cliente.    

 

A verdade é que o “Coronel da indústria” e o “Trabalhador braçal” deixaram de ser 

 

os principais protagonistas da Economia, ambos cederam lugar a pessoa de 

 

conhecimento. A Pessoa de conhecimento é aquela que domina um ou mais campos 

 

de saber e que se comporta como Empresário de seu próprio intelecto.

 

O futuro do Brasil passa pelo cooperativismo com a evolução social, organização e 

 

participação do cidadão. O movimento cooperativista teve inicio na Inglaterra, no 

 

século XIX na Revolução Industrial em 1844. Emprego acabou! Cooperativismo é a 

 

solução.

 

ALDERICO SENA- ESPECIALISTA EM GESTÃO DE PESSOAS E EX-

 

SUPERINTENDENTE DA OCEB- ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS E DO 

 

SESCOOP- SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO 

 

DO ESTADO DA BAHIA

Breve Histórico do Cooperativismo

30 de novembro de 2015

 

Publicado: Noticia Livre -  Alderico Sena

 

O Movimento cooperativista teve inicio na Inglaterra, no século XIX, em pleno regime de economia liberal, como resultado da intensificação da luta dos Trabalhadores influenciados pelo movimento cartista. Mais precisamente em 1844, quando 28 tecelões de Rochdale uniram-se e constituíram uma Cooperativa de consumo, denominada Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale (Rochdale Society of Equitable Pioneers). Com o passar dos anos, mais pessoas foram aderindo e a noção de cooperativismo foi se adaptando aos novos tempos. A essência, no entanto, continua a mesma.

 

A Europa inteira começava a se enfeitar de fábricas. Que maravilhosa invenção aquela, em que o produto final dependia da sinergia do trabalho de cada um. Foi nesse ambiente que nasceu a “Cooperação”, escrita com hífen, àquela época. A Co-operação foi à resposta de uma pequena e sofrida sociedade ante a opressão do capitalismo nascente. Os primeiros vinte e oito membros da Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale têm a fama universal pela importância da obra que realizaram e pelo progresso maravilhoso da cooperação por eles estabelecida.

Por que formar Cooperativas? É comum, nas mais diversas atividades econômicas, as pessoas aderirem a maneiras de agir que possibilitem benefício a todos. Isso se verifica principalmente na produção rural, no consumo, na prestação de serviços, bem como em outros meios que proporcionem o desenvolvimento do ser humano, das famílias e das comunidades onde vivam.

A união de pessoas objetivando a melhoria de todo o crescimento de cada um, o alcance de maiores resultados, o aumento e a melhor distribuição de renda, o desenvolvimento da criatividade, a afirmação dos mesmos interesses e das mesmas dificuldades, caracterizam a cooperativa. Uma forma que se pauta em valores morais e educativos, centrada na concepção de cada pessoa como ser livre, soberano e capaz de realizar o desenvolvimento de cada um e da própria comunidade.

 

Como Formar Cooperativas? Para a formação de uma cooperativa, é necessário que as pessoas interessadas estejam conscientes do empreendimento que pretendem. Cada participante deve identificar as formas mais adequadas de funcionamento da cooperativa, das determinações legais e, enfim, de todas as características que garantam a condução das ações, da maneira mais harmoniosa possível.

Como Conduzir Uma Cooperativa? Constituída a sociedade cooperativa, os cooperados realizam a Assembléia Geral, de onde emanam as decisões na condução de toda e qualquer ação. É também a Assembléia Geral, com base nas disposições estatutárias (Estatuto Social), que dá suporte aos demais órgãos: Diretória, Conselhos Administração, Fiscal e de Ética Por delegação, devem administrar a sociedade, responsabilizando-se pela formação do capital, conservação do patrimônio, direção dos negócios, administração dos serviços prestados e representação de toda a sociedade para preservação dos mais diversos interesses.

Qual a Função do Cooperado? Na função de dono e usuário da sociedade, o cooperado, além de responsável pela execução de todos os atos e conservação dos objetivos estabelecidos, precisa definir claramente como devem ser prestados os serviços que ele se destinam. O cooperado, organizado em comitês, conselhos, núcleos ou comissões, deve contribuir da melhor da melhor maneira possível em favor daqueles que receberam a incumbência da administração da empresa, para que todas as decisões sejam corretas e representativas da vontade da maioria.

Todos devem agir em condições de decisão para que a cooperativa mantenha os serviços necessários, dentro de um eficiente sistema de controle interno e de comunicação.

O que é Cooperar? Deriva etimologicamente da palavra latina “Cooperari”, formada por “cum” (com) e “operari” (trabalhar), e significa agir simultânea ou coletivamente com outros para um mesmo fim, ou seja, trabalhar em comum para o êxito de um mesmo propósito.

O que é Cooperação? Método de ação pelo qual indivíduos ou famílias com interesses comuns constituem um empreendimento. Neste, os direitos de todos são iguais e o resultado alcançado é repartido somente entre os integrantes, na proporção da participação societária nas atividades.

O que é Cooperativismo? É uma doutrina, um sistema, um movimento ou simplesmente uma atitude ou disposição que considera as cooperativas como uma forma ideal de organização das atividades sócio-econômicas da humanidade.

O que é Cooperado? Cooperado é o produtor rural, o trabalhador urbano, dentre outros profissionais, de qualquer atividade sócio-econômica, que se associa para participar ativamente de uma cooperativa, cumprindo com os seus deveres e observando os seus direitos.

O que é Cooperativa? Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, organizada economicamente e de forma democrática, com a participação livre de todos os que têm idênticas necessidades e interesses, com igualdade de deveres e direitos para a execução de quaisquer atividades, operações ou serviços.

Valores do Cooperativismo – As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.

Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Ex-Superintendente do SESCOOP-Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo da Bahia e da OCEB – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia.

COOPERATIVISMO INSTRUMENTO EDUCACIONAL PARA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

27 de Agosto de 2011

 

COOPERATIVISMO INSTRUMENTO EDUCACIONAL PARA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 27 de agosto de 2011 00:00 por Alderico Sena 

Cooperativismo Instrumento Educacional Para Organização Social

Face, a Regulamentação da Lei nº 11.362, de 26 de janeiro de 2009, que instituiu a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, pelo Decreto nº 13.148 de 08 de agosto de 2011, repassamos para a sociedade, especialmente para os estudantes e professores informações e conhecimentos sobre os princípios e valores do Cooperativismo. 
Por que formar Cooperativas? É comum, nas mais diversas atividades econômicas, as pessoas aderirem a maneiras de agir que possibilitem benefício a todos. Isso se verifica principalmente na produção rural, no consumo, na prestação de serviços, bem como em outros meios que proporcionem o desenvolvimento do ser humano, das famílias e das comunidades onde vivam.
A união de pessoas objetivando a melhoria de todo o crescimento de cada um, o alcance de maiores resultados, o aumento e a melhor distribuição de renda, o desenvolvimento da criatividade, a afirmação dos mesmos interesses e das mesmas dificuldades, caracterizam a cooperativa. Uma forma que se pauta em valores morais e educativos, centrada na concepção de cada pessoa como ser livre, soberano e capaz de realizar o desenvolvimento de cada um e da própria comunidade.
Como Formar Cooperativas? Para a formação de uma cooperativa, é necessário que as pessoas interessadas estejam conscientes do empreendimento que pretendem. Cada participante deve identificar as formas mais adequadas de funcionamento da cooperativa, das determinações legais e, enfim, de todas as características que garantam a condução das ações, da maneira mais harmoniosa possível.
Como Conduzir Uma Cooperativa? Constituída a sociedade cooperativa, os cooperados realizam a Assembléia Geral, de onde emanam as decisões na condução de toda e qualquer ação. É também a Assembléia Geral, com base nas disposições estatutárias [Estatuto Social], que dá suporte aos demais órgãos: Diretória, Conselhos Administração, Fiscal e de Ética Por delegação, devem administrar a sociedade, responsabilizando-se pela formação do capital, conservação do patrimônio, direção dos negócios, administração dos serviços prestados e representação de toda a sociedade para preservação dos mais diversos interesses.
Qual a Função do Cooperado? Na função de dono e usuário da sociedade, o cooperado, além de responsável pela execução de todos os atos e conservação dos objetivos estabelecidos, precisa definir claramente como devem ser prestados os serviços que ele se destinam. O cooperado, organizado em comitês, conselhos, núcleos ou comissões, deve contribuir da melhor da melhor maneira possível em favor daqueles que receberam a incumbência da administração da empresa, para que todas as decisões sejam corretas e representativas da vontade da maioria.
Todos devem agir em condições de decisão para que a cooperativa mantenha os serviços necessários, dentro de um eficiente sistema de controle interno e de comunicação.

O que é Cooperar? Deriva etimologicamente da palavra latina “Cooperari”, formada por “cum” [com] e “operari” [trabalhar], e significa agir simultânea ou coletivamente com outros para um mesmo fim, ou seja, trabalhar em comum para o êxito de um mesmo propósito.
O que é Cooperação? Método de ação pelo qual indivíduos ou famílias com interesses comuns constituem um empreendimento. Neste, os direitos de todos são iguais e o resultado alcançado é repartido somente entre os integrantes, na proporção da participação societária nas atividades.
O que é Cooperativismo? É uma doutrina, um sistema, um movimento ou simplesmente uma atitude ou disposição que considera as cooperativas como uma forma ideal de organização das atividades sócio-econômicas da humanidade.
O que é Cooperado? Cooperado é o produtor rural, o trabalhador urbano, dentre outros profissionais, de qualquer atividade sócio-econômica, que se associa para participar ativamente de uma cooperativa, cumprindo com os seus deveres e observando os seus direitos.
O que é Cooperativa? Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, organizada economicamente e de forma democrática, com a participação livre de todos os que têm idênticas necessidades e interesses, com igualdade de deveres e direitos para a execução de quaisquer atividades, operações ou serviços.
Valores do Cooperativismo – As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.

Alderico Sena
Ex-Superintendente do Sistema Cooperativo do Estado da Bahia, Consultor Organizacional do Terceiro Setor/Associativismo e Presidente do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT-Bahia

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COOPERATIVISMO NAS ESCOLAS

01 de Julho de 2011

Cooperativismo nas Escolas

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 1 de julho de 2011 00:00 por Alderico Sena 

COOPERATIVISMO NAS ESCOLAS
Um sonho da união de objetivos que se tornou uma realidade universal. No início eles eram poucos, apenas 28 tecelões – entre eles, uma única mulher. Oprimidos pelo modelo concentrador de renda e pelos efeitos perversos da revolução industrial viviam em ambiente de miséria e de injustiça social, em Rochdale, na Inglaterra. Apesar de tudo, não desanimaram. Resolveram se reunir e combater a adversidade com a força da união era véspera de Natal de 1844. Mal sabiam que daquele feliz encontro nasceria um grandioso empreendimento para a humanidade: O Cooperativismo.
Hoje, em pleno Século XXI, os ideais daqueles 28 corajosos trabalhadores tecelões são defendidos e compartilhados por mais de 900 milhões de pessoas em todo o planeta. No Brasil ainda somos poucos, apenas sete milhões.
Sem dúvida, os pioneiros de Rochdale souberam superar as dificuldades e deram as suas contribuições às futuras gerações, entre as quais hoje nos inserimos. Com atitude e comportamento proporcionaram condições dignas de acesso à saúde, à educação, à agricultura, ao crédito, à habitação, ao consumo, ao trabalho e a renda, entre outras formas de união, fruto da organização social. E nós cidadãos, devemos estar à altura de sermos herdeiros e beneficiários de tão grandioso patrimônio.
O momento é de reflexão e de questionamentos, não podemos deixar de indagar: e nós, o que estamos fazendo pelos nossos jovens e pelas futuras gerações? Hoje, no Brasil, somos sete milhões, mas quantos seremos em 2030? Investir em educação, formação e capacitação cooperativista são os instrumentos que nos permitirá a construir uma sociedade e um Brasil mais justo, mais solidário e democrático, independentemente do cooperativismo ser a melhor opção para a realização de uma melhor distribuição de renda.
O governo precisa aplicar a disciplina educação associativa nas escolas de 1º e 2º Graus, através do cooperativismo, cumprindo assim, o que rege na Constituição Federativa do Brasil, em seu artigo 174 $ 2º “A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas do associativismo” e na Constituição do Estado da Bahia, está escrito no ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ARTIGO 49º. “Fica criada, a partir do primeiro e segundo graus, matéria sobre educação associativa, visando a dotar os alunos e futuros profissionais de conhecimento sobre cooperativismo, cuja implantação deve ser feita no inicio do ano letivo, após a promulgação desta Constituição”. Faz vinte e três anos que a CARTA MAGNA foi promulgada e até então não cumpriram e não investiram na educação associativa das nossas crianças. 
Quando é que a educação será prioridade no Brasil? Globalização, competitividade e alternativas de geração de emprego são realidades, muito próxima dos jovens. A apresentação de alternativas é mais do que uma necessidade. É um compromisso que deve ser assumido pelas lideranças cooperativistas, políticos e autoridades, no sentido de dar às futuras gerações opções de trabalho e inserção no mercado, de forma coordenada e, preferencialmente, compartilhada e solidária.
Para transformar o comportamento e a atitude do ser humano é necessário que o governo tenha coragem e vontade política para inserir na grade escolar educação associativa, através dos princípios filosóficos e doutrinários do cooperativismo nas escolas de primeiro e segundo graus, considerando que a sociedade tornou-se desumana, individualista, egoísta e tantos outros adjetivos de irracionalidade e de violência e só com o cooperativismo nas escolas podemos ainda ter esperança de construir uma sociedade mais fraterna, solidária, humana, digna, ética e feliz, traduzindo na filosofia da PAZ.
Senhores, Ministro da Educação, Governadores, Partidos Políticos e Parlamentares, vamos juntos defender esta cultura associativa para formar e capacitar jovens estudantes do primeiro e segundo graus, apresentando-lhes o Cooperativismo como uma alternativa de encaminhamento futuro, na vida profissional e pessoal, contribuindo dessa forma para a expansão do sistema nas mais diferentes áreas econômicas e sociais, objetivando a estimular as seguintes potencialidades: a cooperação desde a infância; identificar lideranças; formar multiplicadores da doutrina e da filosofia cooperativista; criar alternativas de trabalho e inserção no mercado de trabalho; estimular a solidariedade; internalizar a cultura cooperativista com a introdução dos jovens em seu meio; e incentivar o intercâmbio de conhecimentos dos Pioneiros de Rochdale com a disciplina Cooperativismo nas Escolas.

Alderico Sena
Presidente do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT da Bahia

PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO DAS COOPERATIVAS

19 de Novembro de 2010

 

Profissionalização da Gestão das Cooperativas

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 19 de novembro de 2010 00:00 por Alderico Sena 

PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO DAS COOPERATIVAS
O crescimento das cooperativas no Brasil, ante as exigências econômicas e sociais do mundo globalizado, passa necessariamente pela busca de novos modelos de gestão, na tentativa de ajustar suas estruturas à realidade. As cooperativas se veem forçadas à evolução, assim como as demais organizações, no que diz respeito às suas atividades, à interface tecnológica, à gestão, à complexidade da estrutura organizacional e no que diz respeito aos relacionamentos com pessoas e instituições.
Forçadas pelas mudanças dramáticas nas configurações dos mercados, as cooperativas estão migrando de um comportamento defensivo, característico do cooperativismo das três ultimas décadas, para uma atuação mais agressiva. A cooperativa é uma organização que, estando inserida neste ambiente complexo e sistêmico, não está isenta das interferências e incertezas do mercado. É preciso, pois se preparar para ter sucesso empresarial neste ambiente.
Desta forma, tanto a direção quanto a gestão cooperativa passaram a requerer um maior grau de profissionalização e, portanto, investimento na qualificação de seus associados-administradores, na contratação de profissionais no mercado de trabalho e na absorção de tecnologias e conhecimentos administrativos diferenciados.
Para as cooperativas, profissionalizar a direção e a gestão implica deflagrar um processo de mudanças planejadas, capaz de alterar conceitos, estratégias e ações em paradigmas de direção e gestão estruturados para enfrentar os novos desafios. A intenção é dotar as cooperativas de grande capacidade de gestão e interação com o ambiente por meio de novas formas de organizar e de processos de gestão estratégica.
Pelo menos dois aspectos são importantes quando se discute a profissionalização no cooperativismo. O primeiro refere-se à profissionalização da direção da cooperativa. A complexidade da gestão de negócios nos mercados contemporâneos passa a exigir dos dirigentes eleitos nas cooperativas uma grande capacidade decisória, por sua vez, dependente de um volume de conhecimento especializado em administração e economia empresarial. Existem aspectos técnicos, econômicos, financeiros, legais, jurídicos, tributários, organizacionais, históricos, políticos e culturais que devem ser identificados, conhecidos e levados em conta para que sejam concretizadas as atividades empresariais da cooperativa. Nestas circunstâncias, os dirigentes necessitam aprimorar seus conhecimentos técnicos de gestão empresarial, o que é fundamental para o estabelecimento das políticas, dos objetivos e resultados desejados pela comunidade associada. É necessário ressaltar que, além de conhecer o contexto ambiental no qual a cooperativa atua, os dirigentes devem estar conscientes de que precisam conhecer a si próprios para poder enfrentar com sucesso os desafios que têm pela frente, especialmente com a técnica economista, Presidenta Dilma Rosseff, no governo.
O segundo aspecto, intimamente relacionado ao primeiro, refere-se à necessidade de contratação de profissionais técnicos, especialistas nas matérias relacionadas à gestão empresarial de negócios. Em conformidade com o volume e a complexidade dos negócios e as condições financeiras da cooperativa, a diretoria deve contratar pessoal externo à mesma para gerenciar áreas de trabalho que exijam conhecimentos especializados ou habilidades técnicas comprovadas – diretores técnicos, superintendentes, gerentes. . . A função desses profissionais é oferecer suporte decisório aos dirigentes para o estabelecimento e a coordenação das políticas e o alcance dos objetivos da cooperativa. Cabe a esses profissionais a gestão técnica das atividades decididas pelos dirigentes, definindo quando, e como, estas atividades serão executadas.
Dessa forma, falar de profissionalização nas cooperativas implica discutir o papel de dirigentes e dos gerentes técnicos. Aqueles possuem o poder de mando, derivado do controle da relação patrimonial que mantêm com a cooperativa: são os proprietários da empresa. Os gerentes possuem o poder de coordenação técnica, derivado do conhecimento especializado, decorrente da sua formação profissional. Propriedade [direção] e controle [gestão] interagem nos modernos cenários de profissionalização da administração das cooperativas.
A estabilidade do controle da gestão adquire relevância quando se constata que, nos empreendimentos modernos, é necessário que haja continuidade do comando diretivo. As bases de competitividade empresarial cooperativa não são sustentáveis sem um mínimo de continuidade nas atividades diretivas e gerenciais.
O futuro de uma organização cooperativa somente pode ser assegurado por meio do desenvolvimento de concepções e modelos gerenciais em referência aos quais devem ser conduzidas as suas políticas e s. Profissionalizar a direção e ampliar os espaços de poder decisório da gestão constituem o fundamento da nova concepção administrativa dos negócios cooperativos, em observância ao mercado globalizado e ao novo modelo de gestão do governo Dilma Rosseff, que será mais técnico do que político.

Alderico Sena- Bacharel em Teologia, Sociedade e Política, Especialização em Cooperativismo, Pós-Graduando em Gestão de Pessoas e Ex-Superintendente da OCEB- Organização das Cooperativas e do SESCOOP- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo da Bahia

CARTA DE AGRADECIMENTO

02 de Agosto de 2010

 

 

CARTA DE AGRADECIMENTO

- segunda-feira, 2 de agosto de 2010 00:00 por Alderico Sena 

Prezado [s] Senhor [as],

Ao se encerrar hoje o período de treze anos e oito meses, durante o qual estive à frente da Superintendência da OCEB – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia, quando encontrei uma Organização com apenas três cooperativas registradas. Em 1999, com a criação do SESCOOP/BA – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia, exerci também, até o presente, a Superintendência cumprindo as minhas missões e os desafios para revitalizar o Sistema Cooperativo da Bahia e assim contribuir para a geração de trabalho, emprego e renda para milhares de cidadãos, cumpro o dever de me dirigir às instituições públicas, privadas, cooperativas, associados, empregados de cooperativas e seus familiares, bem como aos dirigentes e aos colaboradores do Sistema, aos meios de comunicação para expressar o meu reconhecimento e a minha gratidão pela atenção e cordialidade com que fui sempre distinguido.

O exercício da função de Superintendente constituiu-se, para mim, numa experiência bastante rica, que me permitiu uma convivência salutar e gratificante com a família “Cooperativista”. Recebi, ao longo deste período, contribuições bastantes significativas para a minha formação, tanto no plano profissional como no plano pessoal, que exigiram de mim esta manifestação de agradecimento.

De uma coisa tenho certeza de que as minhas convicções e histórias, como cidadão, são intocáveis, no Sistema e em outras instituições por onde passei. Para revitalizar o Sistema, sei que incomodei, mas “Combati o Bom Combate, Completei a Carreira e Guardei a Fé” na geração de trabalho e renda para milhares de cidadãos. Esse sempre foi e sempre será o meu FOCO, o COLETIVO. Esta foi a minha missão, e foi cumprida, com dignidade e isenção, nestes treze anos de dedicação, amor e comprometimento para com o Sistema Cooperativo Baiano e Brasileiro. 

Não tenho dúvidas de que a OCEB/SESCOOP continuará trilhando o seu caminho, no sentido de cada vez mais contribuir para o desenvolvimento do Cooperativismo no Estado da Bahia e no Brasil. Tenho convicção de que, do trabalho conjunto da Diretória recém-eleita, com os demais companheiros da família “Cooperativista”, resultará uma OCEB/SESCOOP cada vez mais fortificada, para o crescente orgulho de todos nós.

Cordialmente, sou muito grato, pela compreensão e apoio que sempre recebi de todos.

COOPERATIVISMO INSTRUMENTO PARA A INCLUSÃO SOCIAL

04 de Julho de 2010

 

COOPERATIVISMO INSTRUMENTO PARA A INCLUSÃO SOCIAL

TRIBUNA DA BAHIA - domingo, 4 de julho de 2010 00:00 por Alderico Sena 

A primeira empresa cooperativa foi constituída em 1844 pelos pioneiros de Rochdale. O grupo formado por 27 tecelões e [uma tecelã], proveniente de indústria de tecelagem e sapateiro, subscreveu um capital inicial de uma libra inglesa e iniciou o empreendimento coletivo a nível mundial.
Esses empreendedores aplicaram as melhores idéias desenvolvidas na história do cooperativismo na condução de políticas e estratégias administrativas e operacionais as quais são utilizadas ao longo desses 166 anos e foram transformadas em princípios cooperativistas que identificam as diferenças entre a empresa capitalista e a empresa cooperativa.
Na empresa cooperativa, os usuários são os associados que utilizam seus serviços e dela se beneficiam.
Cooperativa é uma associação de pessoas que se juntam, voluntariamente, para usufruir aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais, gerida democraticamente, através dos associados.
As cooperativas têm como base valores de ajuda mútua, democracia, igualdade, equidade, fidelidade e solidariedade. Com base nos princípios dos pioneiros de Rochdale os valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social, disciplina, comprometimento e profissionalismo são fatores básicos para o sucesso de um empreendimento cooperativo.
Quando o ilustre mestre e líder maior do sistema cooperativo brasileiro, Roberto Rodrigues conduzia a ACI – Aliança Cooperativa Internacional, foram aprovados em um Congresso em 1995, os princípios cooperativos que constituem as linhas orientadoras dos valores que levam as cooperativas ao sucesso, são eles: 1º- Adesão Voluntária e Livre – As cooperativas são organizações voluntárias, abertas e todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e dispostas a assumir as responsabilidades como membros; 2º - Gestão Democrática – As Cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus associados, que participam ativamente na formulação das políticas e na tomada de decisões; 3º - Participação Econômica – os associados contribuem eqüitativamente para o capital das cooperativas e controlam as ações de forma democrática; 4º - Autonomia e Independência – As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos associados; 5º - Educação, Formação e Informações – As cooperativas promovem a educação e a formação dos associados de forma que esses possam buscar conhecimentos e contribuam eficazmente para o crescimento das cooperativas 6º - Intercooperação – As cooperativas são mais fortes e eficazes quando são firmadas a intercooperação entre os ramos, agregando força ao movimento cooperativo; 7º - Interesse pela Comunidade – [Responsabilidades Sociais] - As cooperativas desenvolvem políticas de ações comunitárias, aprovadas pelos associados.
Correntes nefastas de alguns segmentos da sociedade que combatem o cooperativismo, devem entender que cooperar é trabalhar junto, é ajudar-se mutuamente, é alcançar com a ajuda de outros o que, dificilmente, se conseguiria sozinho.
São esses princípios que internalizados pelos diversos segmentos da sociedade, como forma de produção, de prestação de serviços e de desenvolvimento cultural, contribuirão para a evolução e organização moderna da empresa coletiva. O cooperativismo é instrumento para realização do cidadão e para explorar o potencial que esse Brasil possui: petróleo, minério, pesca, dentre outras riquezas, alcançando o patamar de país desenvolvido. Cooperativismo é o instrumento adequado para a inclusão social.

O EMPREENDEDOR TEM QUE SER OUSADO

28 de Marco de 2010

 

O EMPREENDEDOR TEM QUE SER OUSADO

A TARDE - domingo, 28 de março de 2010 00:00 por Alderico Sena 

O empreendedor deve desenvolver um conjunto de novas técnicas, com a finalidade de complementar o seu próprio complexo pré-existente de capacidades técnicas. Estas técnicas são primordialmente, interpessoais e de liderança. O empreendedor tem que ser ousado, prever limite de tempo e da necessidade por um comportamento significativo, orientado em função de s altamente especifica, é o que diferencia o administrador bem sucedido do medíocre. O desenvolvimento de técnicas administrativas, pela formulação de objetivos e estratégias, proporciona instrumentos para atingir uma compreensão relativa às limitações de tempo e ao comportamento dirigido à consecução de objetivos, em função das realidades organizacionais. Para um empreendedor ter sucesso precisa possuir técnicas de cunho conceitual e visão de futuro. A ousadia, o profissionalismo e a qualidade são fatores básicos para colocar um negocio e obter sucesso no mercado. Todos os grandes empreendedores, bem sucedidos demonstraram, em alguns momentos das suas trajetórias, coragem, determinação e comprometimento com as causas e os desafios que abraçaram. No entanto, isso não é tudo. O empreendedor que galga sucesso necessita, além de saber gerir o negocio, precisa reunir, uma serie de habilidades pessoais e a elaboração de um planejamento estratégico para definir a missão do empreendimento sem o qual não alcançará boas referencia e clientela no mercado. O empreendedor precisa também ter características pessoas para o engrandecimento do negocio, tais como Criatividade – É à base da modernização de qualquer sociedade. Abstinação – Ninguém chega ao pódio se não tiver ousadia e sonhar. Desafio – O empreendedor tem que acreditar e é os desafios, que levam o “Homem” alcançar vitórias. Equilíbrio – Em qualquer atividade humana, existe os pros e os contras. Mas o empreendedor que possui equilíbrio sabe conduzir o processo e ressurge das próprias cinzas. Coragem – O verdadeiro empreendedor é ousado e determinado e consegue derrubar os fluidos negativos. Esse é capaz de abrir mão de sua vida pessoal em detrimento do negocio. Paixão – Todo bom empreendedor tem um DNA, dentro de si, chamado idéias e ideais. Ele acredita e visa o prazer, a vitória, o lucro e a responsabilidade social.
Um dos fatores da falta de um maior número de empreendedores no Brasil é a carência de unidades de ensino que possua a disciplina emprendedorismo. Notáveis de diferentes setores da economia concordam que o instrumento educação é o caminho mais adequado a ser investido na busca pela geração de empregos e melhor distribuição de renda. Dentro desse patamar a inclusão da matéria empreendedorismo nos currículos da rede de ensino, deve ser prioritária. É bom lembrar que a disciplina qualifica melhor o aluno para os desafios do mundo globalizado, bem como conscientizará os alunos que empreender não é só ganhar dinheiro visando o lucro, mas, sobretudo internalizar a importância da ética e da responsabilidade social. Vocação e profissionalismo são as ferramentas adequadas para o sucesso dessa juventude no mercado de trabalho, cada dia mais exigente de conhecimentos e amor a causa.

O BOM GESTOR DE COOPERATIVA

27 de Fevereiro de 2010

 

O BOM GESTOR DE COOPERATIVA

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 27 de fevereiro de 2010 00:00 por Alderico Sena 

Todo e qualquer empreendimento requer um gestor qualificado, se não o empreendimento morre.. 
A Cooperativa nasce das pessoas empreendedoras e que acreditam numa ferramenta coletiva para se inserir no mercado e competir em igualdade de condições com as empresas capitalistas. É imprescindível a compreensão da Cooperativa a partir da necessidade de mercado, sujeita à livre concorrência e que depende de dirigentes que lhe agreguem competência e competitividade;
A gestão compartilhada é extrínseca à cooperativa e a base para o sucesso da sociedade é investir na educação dos associados para o entendimento da natureza dessa gestão e possibilitar a reflexão e a conscientização sobre os diferentes papéis inerentes à função do gestor e as decorrentes responsabilidades de natureza ética, através de doutrina com princípios e valores, e legal normatizada pela Lei 5764/71. A formação cooperativista e a profissionalização do quadro de dirigentes contribuem para uma maior eficiência e eficácia da atuação dos Gestores, sobretudo na construção de uma visão estratégica.
A Gestão associativa é um processo interativo de planejar, organizar, dirigir e avaliar resultados internos, com foco no cooperado, e externos voltado ao mercado. Nesse contexto, o planejamento é fundamental para estabelecer missão e visão que funcionarão como a bússola do empreendimento cooperativo. As atribuições previstas no estatuto social e as decisões da Assembléia Geral são norteadoras da ação dos dirigentes de cooperativas, as quais a gestão se subordina.
Algumas habilidades e procedimentos são relevantes para um dirigente conduzir com sucesso a gestão da cooperativa, como a] Liderança - processo de empreendimento das necessidades dos cooperados e colaboradores e exprimi-las de forma eficiente e mesmo visionária, obtendo a interação e a participação de todos no desenvolvimento e na implementação da missão, visão e objetivos da cooperativa; b] Comunicação- processo interativo e de entendimento, assimilação e operacionalização de mensagens no ambiente da cooperativa. c] Supervisão- catalisação e orientação dos recursos humanos, direta ou indiretamente subordinados, em direção a s e objetivos estabelecidos pela cooperativa em seu processo de planejamento estratégico; d] Coordenação- capacidade de conduzir, integrar, distribuir, coordenar, controlar e visualizar as ações da cooperativa com métodos, estratégias e habilidades, tendo como foco principal o desenvolvimento de um processo, projeto ou plano de ação da cooperativa. e] Decisão- que deve ser entendida como processo que requer análise, cautela e competência para decidir. O gestor tem que se posicionar com ética, neutralidade, coerência e comprometimento com a responsabilidade que lhe foi delegada através de Assembléia Geral; f] Ação- capacidade de decidir e agir com coerência e sensatez nas diversas situações que lhes são apresentadas no dia-a-dia, otimizando os recursos disponíveis para o alcance de resultados estabelecidos no planejamento estratégico da cooperativa.
A educação cooperativista se consolida através da interação cooperado x cooperativa; a cultura cooperativista se consolida pela prática de trabalhar em conjunto; a democracia cooperativista se consolida pela igualdade de deveres e direitos de todos os cooperados; e o empreendimento cooperativista, se consolida pela gestação participativa, pois se a competição é inevitável, a cooperação é essencial.
São passos estratégicos dos associados de cooperativa para a consolidação do Sistema: 1º] Conhecer o Órgão de Representação OCEB do Sistema no Estado para saber da sua função e das suas obrigações para com ele; 2º] A Lei 5.764/71, Que define a Política Nacional do Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; 3º] A Constituição Federal, especialmente os artigos 146 e 174 que fazem referência ao cooperativismo; 4º] O Código Civil; 5º] Princípios Cooperativistas e as Características da Sociedade Cooperativa 6º] Participar das ações educacionais promovidas pelo SESCOOP para a profissionalização da gestão, qualificação profissional e educação cooperativista dos associados, trabalhadores em cooperativa e dos seus dependentes.
Assumir desafios em defesa do coletivo, servindo ao próximo e não se servindo do próximo e um exercício de cidadania que deve ser de todo e qualquer gestor do Sistema Cooperativo e dos serviços públicos em geral.
“A cooperativa não tem sócios. São os sócios que têm a cooperativa”

EDUCAÇÃO ASSOCIATIVA PARA A TRANSFORMAÇÃO CULTURAL

15 de Junho de 2009

EDUCAÇÃO ASSOCIATIVA PARA A TRANSFORMAÇÃO CULTURAL

TRIBUNA DA BAHIA - segunda-feira, 15 de junho de 2009 00:00 por Alderico Sena 

O processo de mudança comportamental da humanidade só depende de ação política para um maior investimento na educação do seu povo. Querer é Poder! O exemplo claro é a falta de vontade política dos governantes para fazer cumprir o que foi escrito e aprovado na Constituição Estadual da Bahia – ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS – ARTIGO 49º - “Fica criada, a partir do primeiro e segundo graus, matéria sobre educação associativa, visando dotar os alunos e futuros profissionais de conhecimento sobre cooperativismo, cuja implantação deve ser feita no inicio do ano letivo, após a promulgação desta Constituição”. Em outubro de 2009 vai fazer 20 [vinte] anos que a Constituição foi promulgada e não teve até então um governo, nem políticos que demonstrassem interesse de implementar a educação associativa nos estabelecimentos de ensino, em todos os níveis, para desenvolver nas crianças e jovens o espírito de compartilhar, de cooperar e da solidariedade. Essa falta de vontade política é um dos instrumentos que tem contribuído com o crescimento da violência nos estabelecimentos de ensino, especialmente nas escolas públicas.
Cooperativismo, novamente é a saída. A revolução industrial atingiu basicamente a população rural, enquanto que a globalização e a revolução tecnológica impactam uma enorme população urbana, que tem pouquíssimas alternativas favoráveis a sua subsistência. Daí a responsabilidade de todos com o desenvolvimento da educação e da cultura do cooperativismo, na busca de soluções para amenizar os percalços da violência nos grandes centros urbanos, subprodutos da concentração de renda, da globalização e da revolução tecnológica. 
Globalização, competitividade e desemprego são realidades, hoje, muito próximas dos jovens. A apresentação de alternativas é mais do que uma necessidade. É um compromisso que deve ser assumido pelas lideranças cooperativistas, políticas e autoridades, no sentido de dar às futuras gerações opções de trabalho e inserção no mercado, de forma coordenada e, preferencialmente, compartilhada e solidária.
O Programa Cooperjovem e Jovem Liderança Cooperativista do SESCOOP NACIONAL foram criados com a filosofia de apresentar à juventude alternativas que vem dando certo e contribuindo para o crescimento há 165 anos no mundo e, desde 1847, no Brasil: o cooperativismo.
Ampliar a educação, oferecer oportunidades e meios de praticar a cooperação são caminhos fundamentais no fortalecimento e preparação da juventude para uma nova realidade mundial que se descortina. No entanto, é necessário trabalhar juntos governo e Sistema Cooperativo de forma direcionada, passo a passo, construindo uma estrada segura, sem desvios, para um Brasil que todos os brasileiros sonham. 
Falar de educação supõe-se, previamente, estabelecer alguns parâmetros e alguns conceitos que nos permitirão entender a real capacidade da educação e contribuir para a implementação das respostas aos desafios de uma Nação.
´´É preciso entender que a educação é um processo de diálogo e de criatividade. Educação é um sistema de comunicação mediante o qual satisfazemos o impulso fundamental do homem: Conhecer a relação das coisas, analisá-las e medi-las.
Necessitamos de uma educação no contexto do Século XXI, que combine com a cultura geral; uma educação para a permanente mudança com flexibilidade. Uma educação que forme no homem a conservação do amor por sua nação; uma educação que vise o coletivo e não o individualismo; uma educação que forme o homem, que lhe dê compreensão do seu tempo; lhe permita falar e escrever com qualidade; lhe crie hábitos de solidariedade para que viva em comunidade e seja livre e responsável; que lhe permita entender e aceitar o cidadão e os meios em que vive; uma educação que ensine a aprender, ensine a saber, ensine a enfrentar os prós e os contras da vida com ética e dignidade.
O governo precisa entender e respeitar o que estabelece a Lei Maior [C.F] de um País. Art. 205 [“Educação, direito de todos e dever do Estado e da família”]. Criança fora da escola é criança de mente vazia com um caminho aberto à delinqüência. Educação é à base do cidadão, sem ela não seremos um país civilizado para conquistar a melhoria e a qualidade de vida do povo.
Investir em educação, formação e capacitação é o caminho que permitirá a construção de um Brasil mais justo, mais solidário e democrático.
Educação resgata a dignidade. Não podemos nos considerar cidadãos se estamos distantes ou omissos às questões políticas, econômicas e sociais que penalizam a sociedade. Não podemos apenas criticar, temos mais é que participar.

O COOPERATIVISMO AO ALCANCE DE TODOS

21 de Maio de 2009

 

O COOPERATIVISMO AO ALCANCE DE TODOS

TRIBUNA DA BAHIA - quinta-feira, 21 de maio de 2009 00:00 por Alderico Sena 

As conceituações do Cooperativismo são: Cooperar, deriva etimologicamente da palavra latina “Cooperari”, formada por “cum” [com] e “operari” [trabalhar], e significa agir simultânea ou coletivamente com outros para um mesmo fim, ou seja, trabalhar em comum para o êxito de um mesmo propósito; COOPERAÇÃO, método de ação pelo qual indivíduos ou famílias com interesses comuns constituem um empreendimento. Neste, os direitos de todos são iguais e o resultado alcançado é repartido somente entre os integrantes, na proporção da participação societária nas atividades; COOPERATIVISMO é uma doutrina, um sistema, um movimento ou simplesmente uma atitude ou disposição que considera as cooperativas como uma forma ideal de organização das atividades sócio-econômicas da humanidade; COOPERADO é o produtor rural, o trabalhador urbano ou outro profissional, de qualquer atividade sócio-econômica, que se associa para participar ativamente de uma cooperativa, cumprindo com os seus deveres e observando os seus direitos; COOPERATIVA, cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, organizada economicamente e de forma democrática, com a participação livre de todos os que têm idênticas necessidades e interesses, com igualdade de deveres e direitos para a execução de quaisquer atividades, operações ou serviços, constante na Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Esta escrita na Lei 5.764, artigo 3º “Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro” e no artigo 4º diz” As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades”. As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos seus fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.
Como nasceu a primeira cooperativa. Trabalhadores prejudicados pelo novo modelo industrial que substituiu o trabalho artesanal e outras atividades pelas máquinas que haviam sido inventadas, esses trabalhadores tiveram que enfrentar os inconvenientes do desemprego, em virtude da mão-de-obra excedente, sendo levados a se preocuparem com alternativas para garantirem o sustento de suas famílias. Discutindo suas dificuldades e buscando soluções para problemas que já se tornavam angustiantes em toda Europa, eles ouviram a opinião de um companheiro que fora discípulo de Robert Owen, decidiram pela criação de uma sociedade de consumo, baseada no cooperativismo puro. Combinaram que cada um economizaria pequenas parcelas de seus poucos rendimentos, mesmo submetendo-se a inúmeras privações, pelo menos durante um ano, para tentarem formar algo que pudesse tirá-los da aflitiva situação em que se encontravam. Essa reunião, que teve a participação de 27 homens e uma mulher, aconteceu numa tarde de novembro de 1843 e repetiu-se em 21 de dezembro de 1844, para a fundação de um armazém comunitário, com um capital inicial de 28 libras, representando uma libra que cada um do grupo havia economizado. Foi assim que nasceu a cooperativa dos Probos Pioneiros de Rochale [Manchester-Inglaterra], em 1844.
Os princípios cooperativos são as linhas orientadoras através das quais as cooperativas levam os seus valores a pratica. Quais são esses princípios: 1- Adesão Livre; 2 Gestão Democrática; 3 - Participação Econômica; 4 - Autonomia e Independência; 5 - Educação, Formação e Informação; 6 – Intercooperação Entre as Cooperativas e 7 – Interesse pela Comunidade.
O bom do cooperativismo é a participação de todos. Cooperativismo. Você Participa. Todos Crescem. Mais como: Espírito de Organização; Saber claramente qual é o objetivo da cooperativa; Analisar a situação total; Interessar pelo trabalho; Dispor-se a participar; Dar idéias; Saber ceder, pedir e receber; Ter bom humor para enfrentar os momentos críticos; Ser paciente, atento, calmo e perseverante; Ser capaz de valorizar o trabalho do outro e Saber se valorizar e ao seu trabalho. 
Quando os governos e políticos honrarem o que esta escrita nas Constituição Federal, Artigo 174 $ 2º “A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”. E na Constituição Estadual da Bahia, Ato das Disposições Transitórias, Artigo 49º “Fica criada, a partir do primeiro e segundo graus, matéria sobre educação associativa, visando a dotar os alunos e futuros profissionais de conhecimento sobre cooperativismo, cuja implantação deve ser feita no inicio do ano letivo, após a promulgação desta Constituição”. Em outubro completam 20 [vinte] anos da Constituição promulgada e nada da sua regulamentação.
Associativismo: Caminho para a justiça social, é nessa direção que os governos e políticos devem olhar o Cooperativismo, acompanhando o exemplo Europeu. O Cooperativismo ao alcance de todos.

COOPERATIVISMO COM MAIOR AUTONOMIA

18 de Abril de 2009

 

COOPERATIVISMO COM MAIOR AUTONOMIA

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 18 de abril de 2009 00:00 por Alderico Sena 

O cooperativismo tem história da quais todos devem partilhar e tem contribuído para a organização da sociedade, para o crescimento econômico, proporcionando oportunidades de trabalho a milhares de pessoas.
Nos seus 165 anos de existência, o cooperativismo já teve o apoio de Governos, já esteve sob sua tutela, já sofreu todo tipo de interferência. Tudo isso contribuiu, de uma forma ou de outra, para seu crescimento e fortalecimento. Hoje, o cooperativismo vive um momento impar em nosso país, depois que passou a ter o apoio incondicional do presidente Lula, que vê no Sistema uma forma de proporcionar trabalho e dignidade para o cidadão brasileiro, seja ele da área rural ou urbana.
Embora não se possa dizer que o cooperativismo no Brasil já seja uma força expressiva quando comparado aos paises mais desenvolvidos do mundo, somos hoje cerca de mais de sete mil cooperativas, oito milhões de cooperados, gerando 200 mil empregos diretos, 33% do PIB Agrícola Brasileiro e 2 Bilhões de Dólares em Exportações, o que propicia ao cooperado uma renda media per capita duas vezes maior do que a renda do brasileiro não cooperativado.
Para manter o Sistema forte, independente, respeitável e competitivo hoje no cenário globalizado, é preciso comprometimento efetivo dos cooperados, dos parceiros e maior esclarecimento da população em geral e do público formador de opinião. Isso só é possível pela via do conhecimento do que é o cooperativismo, de sua extensão, suas vantagens e benefícios, que passam pela informação, pela profissionalização da gestão da empresa cooperativa e pela capacitação de dirigentes, associados e colaboradores.
Nós temos uma sociedade com uma das maiores concentrações de renda do mundo. As cooperativas se apresentam, neste contexto, como modelo organizacional de trabalho que contribui para uma distribuição mais eqüitativa da renda. Assim, o Sistema das Organizações das Cooperativas Brasileiras é um parceiro do governo para organização da sociedade em moldes mais justos e solidários. São novos rumos da sociedade, através de um instrumento de inclusão que se renova historicamente na solução de conflitos econômicos e sociais.
Os representantes políticos e governantes precisam apoiar o cooperativismo, cumprindo assim o que estabelece a Constituição Federal. Estamos com os nossos corações abertos e temos o sentimento de que muito poderemos fazer pelo desenvolvimento do nosso Estado e do Brasil. 
Não entendemos as ações isoladas de instituições que não permitem a participação de cooperativas em processos licitatórios, quando fiscais e procuradores de instituições governamentais, Sindicatos, entre outros, que estão realizando guerra santa contra um Sistema que apóia o trabalhador marginalizado pelo mercado de trabalho. Esta cultura precisa ser modificada.
Não entendemos também o comportamento dessas instituições quando vêem ilegalidades na contratação de cooperativas, desde que o Sistema é amparado na Constituição Federal, Lei própria 5.764/71, Código Civil, CLT e outras Leis, tanto que temos ganhado todas as ações de impedimento de cooperativas na justiça com mandatos de segurança.
Não compreendemos também a falta de vontade política do Congresso Nacional, quando desconhecem o cumprimento da Constituição Federal - Art. 146, alínea C, que dispõe sobre o “adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas” e no artigo 174, parágrafo 2º, que diz: ”A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”, e penalizam as cooperativas com cobranças de PIS, COFINS e outros tributos que não incidem sobre o ato cooperativo.
Estas limitações que nos são impostas apontam para soluções que levam as cooperativas a se aproximarem ainda mais da sua entidade representativa, contribuindo para construirmos um cooperativismo com maior autonomia. Lembrando que uma entidade fraca não representa nada, mas uma entidade forte representa muito.

COOPERATIVISMO COM MAIOR AUTONOMIA

18 de Abril de 2009

 

COOPERATIVISMO COM MAIOR AUTONOMIA

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 18 de abril de 2009 00:00 por Alderico Sena 

O cooperativismo tem história da quais todos devem partilhar e tem contribuído para a organização da sociedade, para o crescimento econômico, proporcionando oportunidades de trabalho a milhares de pessoas.
Nos seus 165 anos de existência, o cooperativismo já teve o apoio de Governos, já esteve sob sua tutela, já sofreu todo tipo de interferência. Tudo isso contribuiu, de uma forma ou de outra, para seu crescimento e fortalecimento. Hoje, o cooperativismo vive um momento impar em nosso país, depois que passou a ter o apoio incondicional do presidente Lula, que vê no Sistema uma forma de proporcionar trabalho e dignidade para o cidadão brasileiro, seja ele da área rural ou urbana.
Embora não se possa dizer que o cooperativismo no Brasil já seja uma força expressiva quando comparado aos paises mais desenvolvidos do mundo, somos hoje cerca de mais de sete mil cooperativas, oito milhões de cooperados, gerando 200 mil empregos diretos, 33% do PIB Agrícola Brasileiro e 2 Bilhões de Dólares em Exportações, o que propicia ao cooperado uma renda media per capita duas vezes maior do que a renda do brasileiro não cooperativado.
Para manter o Sistema forte, independente, respeitável e competitivo hoje no cenário globalizado, é preciso comprometimento efetivo dos cooperados, dos parceiros e maior esclarecimento da população em geral e do público formador de opinião. Isso só é possível pela via do conhecimento do que é o cooperativismo, de sua extensão, suas vantagens e benefícios, que passam pela informação, pela profissionalização da gestão da empresa cooperativa e pela capacitação de dirigentes, associados e colaboradores.
Nós temos uma sociedade com uma das maiores concentrações de renda do mundo. As cooperativas se apresentam, neste contexto, como modelo organizacional de trabalho que contribui para uma distribuição mais eqüitativa da renda. Assim, o Sistema das Organizações das Cooperativas Brasileiras é um parceiro do governo para organização da sociedade em moldes mais justos e solidários. São novos rumos da sociedade, através de um instrumento de inclusão que se renova historicamente na solução de conflitos econômicos e sociais.
Os representantes políticos e governantes precisam apoiar o cooperativismo, cumprindo assim o que estabelece a Constituição Federal. Estamos com os nossos corações abertos e temos o sentimento de que muito poderemos fazer pelo desenvolvimento do nosso Estado e do Brasil. 
Não entendemos as ações isoladas de instituições que não permitem a participação de cooperativas em processos licitatórios, quando fiscais e procuradores de instituições governamentais, Sindicatos, entre outros, que estão realizando guerra santa contra um Sistema que apóia o trabalhador marginalizado pelo mercado de trabalho. Esta cultura precisa ser modificada.
Não entendemos também o comportamento dessas instituições quando vêem ilegalidades na contratação de cooperativas, desde que o Sistema é amparado na Constituição Federal, Lei própria 5.764/71, Código Civil, CLT e outras Leis, tanto que temos ganhado todas as ações de impedimento de cooperativas na justiça com mandatos de segurança.
Não compreendemos também a falta de vontade política do Congresso Nacional, quando desconhecem o cumprimento da Constituição Federal - Art. 146, alínea C, que dispõe sobre o “adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas” e no artigo 174, parágrafo 2º, que diz: ”A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”, e penalizam as cooperativas com cobranças de PIS, COFINS e outros tributos que não incidem sobre o ato cooperativo.
Estas limitações que nos são impostas apontam para soluções que levam as cooperativas a se aproximarem ainda mais da sua entidade representativa, contribuindo para construirmos um cooperativismo com maior autonomia. Lembrando que uma entidade fraca não representa nada, mas uma entidade forte representa muito.

FERRAMENTA DO DESEMPREGO

08 de Abril de 2009

 

FERRAMENTA DO DESEMPREGO

TRIBUNA DA BAHIA - quarta-feira, 8 de abril de 2009 00:00 por Alderico Sena 

No Brasil, existem milhões de trabalhadores desempregados por falta de políticas sérias para incrementar a reforma agrária, tributária, social. Com essa morosidade do governo e a absoluta ausência de vontade política da maioria dos parlamentares brasileiros, o Brasil perdeu 4 [quatro] décadas, paralisado no grupo dos países subdesenvolvidos, e o que é pior, com indicadores sociais os mais degradantes.Milhões de trabalhadores, pelo descaso dos governantes com a reforma agrária, deslocaram-se do campo para as cidades, criando mega-metrópoles, inchadas, doentes, violentas. Sob outro enfoque, observa-se que o Brasil é um país com uma incrível inversão de valores: uma estrutura tributária regressiva, onde os mais pobres pagam muitos impostos e os mais ricos sonegam. Assim, as riquezas geradas pelo conjunto da sociedade encontram-se em mãos de uma elite, numa das piores distribuições de renda do planeta, o que resulta num mercado de consumo incipiente. A maioria da população está excluída do mercado de consumo. Á exemplo, nos E.E.U. U. 3 em cada 4 pessoas possuem um automóvel. No Brasil, a proporção é de 1 em cada 11 pessoas. Apesar do 'grande bolo' está na mão de poucos, as 'origens' não permitem investimentos e os recursos migram para os Paraísos Fiscais. A criação de novos empregos é financiada por empréstimos estrangeiros e assim limitada a capacidade de endividamento.Os incentivos fiscais para novas indústrias foram tão somente geradores de grandes fortunas sem origens. Não temos expansão do emprego
Na Inglaterra, alguns desses problemas foram do século 19. Á época da Revolução Industrial, em 1844, o desemprego, a exclusão do mercado de consumo, na pequena ROCHDALE -um pequeno grupo de 28 artesões que haviam perdido seu emprego na manufatura têxtil procederam a um agrupamento com o objetivo de, juntos, poderem realizar seu trabalho. O ponto básico do agrupamento era o da participação de todos para o crescimento comum. Desta forma, surgiu a primeira cooperativa em bases associativas formais. Foi uma estratégia em que o governo brasileiro deveria se espelhar, fortalecendo o cooperativismo, porque não tem sido compromisso do capital gerar empregos. Cabe ao Estado implementar políticas garantidoras da empregabilidade. No bojo das soluções, não só a reforma agrária, mas a reforma tributária, dando um novo contexto a cobrança de impostos, limitando o número [talvez apenas 03: imposto de produção, de consumo e de renda], permitiria um novo perfil da renda no país.
Ainda sob o enfoque do consumo/geração de emprego, é importante observar-se que, no Brasil, as famílias pobres não podem utilizar os serviços pessoais, como cabeleireiros, tinturarias, restaurantes, setores de atividades fortemente empregadoras de mão de obra. Este setor de serviços pessoais não representa mais do que 5% na estrutura de emprego, ao passo que nos E.E.U.U. o percentual atinge 24%, segundo o economista Márcio Pochmann da Unicamp. São estatísticas indicadoras de setores para a organização dos serviços, incentivos, capacitação. Finalmente, a implantação no País do Estado do Bem- Estar Social, como estabelece a Constituição - está condicionada a um novo olhar para as políticas econômicas/sociais, exigindo-se a garantia de redução das desigualdades sociais existentes, com educação, saúde, transporte, habitação e segurança de boa qualidade para todos.
Nos países desenvolvidos há pouco o que fazer nesta direção. Aqui, ao contrario, as s são gigantescas, decorrentes de um passado marcado pelo coronelismo , que ainda hoje, cego e descompromissado com o futuro das novas gerações, reluta em entregar o comando a novas lideranças. A construção de um Brasil moderno, inserido no 1º mundo, é urgente.Nós, integrantes do Sistema Cooperativo, acreditamos em seus princípios de democracia, solidariedade, equidade, e acreditamos também que ao se implementar uma política de incentivo a criação de cooperativas nos Municípios brasileiros, em parceria com as Prefeituras , um passo seria dado para coibir o êxodo de jovens, de desempregados, dos sem terra para as grandes cidades e assim, de pequenos passos, grandes espaços podem se abrir ao desenvolvimento de uma região, de um Estado e do Brasil.

Desrespeito a Constituição

07 de Abril de 2009

 

Desrespeito a Constituição

A TARDE - terça-feira, 7 de abril de 2009 00:00 por Alderico Sena 

A Constituição do Estado da Bahia, promulgada em 05 de outubro de 1989, pelos seus Deputados idealizadores não vem sendo respeitada pelos governos do passado e presente, no que concerne ao artigo 21, que esta escrito “Fica vedada, no território do Estado, a utilização de nome, sobrenome ou cognome de pessoas vivas, nacionais ou estrangeiras, para denominar as cidades, localidades, artérias, logradouros, prédios e equipamentos públicos de qualquer natureza”.
Como coordenador de pessoal da Assembléia Estadual Constituinte de 1989, gostaria de propor ao Excelentíssimo Senhor Governador Jaques Wagner, não permitir mais que sejam colocados nomes de pessoas vivas em bens públicos como vemos no estádio Roberto Santos, Viaduto Dona Canó, Avenida Gal Costa e outros. Lembramos nomes de pessoas falecidas que tanto contribuíram para o crescimento da Bahia, tais como: Médicos, Augusto Mascarenhas, Raimundo Deiró, Rodrigo Argolo Ferrão, jurista Arx Tourinho, Professor Tales de Azevedo, Ana Monte Negro, Osório Villas Boas, Mestre Bimba, Pastinha, Dinha do Acarajé, Mãe de Santo Maria de Xangô, Menininha do Gantois, Mãe Aninha, Camafeu de Oxossi e tantas outras figuras ilustres de destaque que teriam uma justa homenagem do Estado. 

COOPERATIVISMO NASCEU PARA TODOS

12 de Marco de 2009

 

COOPERATIVISMO NASCEU PARA TODOS

TRIBUNA DA BAHIA - quinta-feira, 12 de março de 2009 00:00 por Alderico Sena 


O problema do Brasil não é econômico, é social. No cooperativismo não existe crise. Temos uma porta aberta para todas as classes sociais, uma organização e participação democrática com objetivos comuns na geração de trabalho, renda e a elevação da auto-estima dos seus cooperados. Cooperativismo nasceu para todos. Cooperativismo é uma doutrina, um sistema, um movimento ou simplesmente uma ação ou disposição que considera as cooperativas como forma ideal de organização das atividades sócio-econômicas da humanidade. Cooperativa é uma sociedade de pessoas com interesses comuns, organizadas economicamente e de forma democrática com a participação livre de todos os que têm idênticas necessidades e interesses, com igualdade de deveres e direitos para execução de quaisquer atividades, operações ou serviços garantidos e amparados no artigo 5º da Lei Federal 5.764/71, “Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências”, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da Republica Federativa do Brasil. É muito importante ressaltar que o cooperativismo nasceu com a cooperação humana. Foi pela cooperação que os seres humanos conseguiram enfrentar animais ferozes, proteger-se das adversidades do clima e resolveu problemas com a fome e as doenças. Há registro de experiências fantásticas de cooperação em muitas civilizações através do sistema cooperativo. O Cooperativismo surgiu como forma de organização social para a solução de problemas econômicos. O Cooperativismo nasceu na época do comunismo e do sindicalismo, que tinham objetivos semelhantes, mas propostas distintas. O comunismo propunha a estabilização dos meios de produção para aniquilar o sistema capitalista. O sindicalismo incentivava a organização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses diante das empresas capitalistas. O Cooperativismo optou pela organização autogestionadas de pessoas para a solução de problemas específicos. Verifica-se que na historia de dois séculos de experiências, consta-se o fracasso do comunismo, o enfraquecimento do sindicalismo e o fortalecimento do cooperativismo, já implementado em todos os países e em todos os setores da economia. É bom lembrar que a ética, o profissionalismo, a gestão, a qualidade e o comprometimento são os alicerces para o sucesso do empreendimento coletivo. O Cooperativismo tem excelentes perspectivas de sucesso, na medida em que as pessoas envolvidas no empreendimento coletivo coloquem como bandeira a ética, tanto nos seus comportamentos e atitudes internos, como no tratamento com a sociedade em geral. O Cooperativismo baseia-se em valores, a ajuda mutua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Dentro dos princípios doutrinários dos pioneiros tecelões de Rochdale [Inglaterra]. O Cooperativismo acredita e investe em honestidade, transparência, responsabilidade social e preservação da natureza para o desenvolvimento humano sustentável. O Cooperativismo nasceu para todos pela existência de princípios cooperativos que são normas e regras para a aplicação do verdadeiro exercício do cooperativismo. São eles os 7 [sete] princípios: 1º Adesão Voluntaria e livre – 2º - Gestão Democrática – 3º - Participação Econômica – 4º Autonomia e Independência – 5º - Educação, Formação e Informação – 6º - Intercooperação entre as Cooperativas – 7º - Interesse pela Comunidade. As Cooperativas desenvolvem políticas de ações comunitárias, aprovadas em Assembléias pelos associados.
COOPERATIVISMO. VOCÊ PARTICIPA. TODOS CRESCEM. COOPERA BAHIA-BRASIL, DE MÃOS DADAS, NÓS FAZEMOS O PAÍS CRESCER MUITO MAIS.

10 Anos do SESCOOP, Instrumento de Educação.

27 de Janeiro de 2009

 

10 Anos do SESCOOP, Instrumento de Educação.

TRIBUNA DA BAHIA - terça-feira, 27 de janeiro de 2009 00:00 por Alderico Sena 

10 Anos do SESCOOP, Instrumento de Educação.
O SESCOOP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia é uma entidade que tem como objetivo a capacitação, o monitoramento e a promoção social dos cooperados, empregados de cooperativas e de seus familiares. As atividades de formação cooperativista empreendem a construção de uma identidade do cooperado que atenda a uma nova forma socioeconômica de ser, através da educação, treinamento e informação. 
O alicerce da direção do SESCOOPBA, nesses dez anos de fundação [novembro de 1999] tem como prioridade o investimento na formação profissional dos cooperados e empregados de cooperativas objetivando capacitar gestores da economia cooperativa e visando a eficiência no gerenciamento de negócios e a excelência do desempenho de uma empresa coletiva. As ações do SESCOOPBA abrangem cursos, treinamentos de curta e media duração; treinamento especializado; capacitação de conselheiros de administração e fiscal; formação de multiplicadores; formação de jovens lideranças cooperativistas e desenvolvimento de gêneros nas cooperativas. As ações de monitoramento do SESCOOPBA é um processo de acompanhamento sistemático das atividades das cooperativas, permitindo uma avaliação econômica, financeira e administrativa do desempenho, apontando indicadores operacionais para o alcance dos objetivos sociais.
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia – SESCOOP é uma instituição sem fins lucrativos, integrante do Sistema “S”, que tem como objetivo o desenvolvimento do cooperativismo e o cumprimento de uma ação social e econômica para os seus associados. A criação do SESCOOP em nível Nacional através da Medida Provisória 1715 de 1998 e regulamentada pelo Decreto 3017 de 1999 foi uma conquista do Sistema como instrumento de educação dos cooperados, empregados e dirigentes de cooperativas para que venham interagir no mercado globalizado em igualdades de condições.
Nesses dez anos, o cooperativismo baiano, sob o comando do Presidente Dr. Orlando Colavolpe e do Superintendente Alderico Sena- conquistou espaços bastante significativos, em nível, estadual e nacional basicamente, devido à seriedade e o comprometimento dos dirigentes e empregados do SESCOOPBA e da OCEB com os objetivos institucionais, tais como: Transformação da OCEB- Organização das Cooperativas em Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia; Apresentação da Proposta do Projeto de Lei de Política Estadual do Cooperativismo na Assembléia Legislativa, que se encontra em tramitação; Proposta da Criação da Frente Parlamentar do Cooperativismo Estadual; Maior repassador de recursos do Norte e Nordeste das Contribuições cooperativistas para a OCB; Único Estado no Brasil a Implementar o Projeto Pedagógico Unificado nas Cooperativas Educacionais, sob aprovação do Conselho Estadual de Educação do Estado; Ser Referência do Cooperativismo do Norte e Nordeste; Aumento do volume de recursos orçamentários para investimentos na formação profissional dos cooperados, empregados e de seus familiares; Assento no Conselho Administrativo e Fiscal do SESCOOP Nacional e da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras – Brasília; Presidência da Federação das Organizações das Cooperativas do Sudeste e Nordeste – FECOOP SULENE; Vice Presidência da Confederação Nacional das Cooperativas – CNCOOP, dentre outras conquistas para as cooperativas registradas e adimplentes com as obrigações estatutárias para com a OCEB- Sindicato e Organização das Cooperativas.
O Cooperativismo promove equilíbrio em eficiência econômica e eficácia social proporcionando distribuição de renda e felicidade entre as pessoas que acreditam na filosofia do cooperativismo.

PRINCÍPIOS E VALORES DO COOPERATIVISMO

29 de Dezembro de 2008

 

PRINCÍPIOS E VALORES DO COOPERATIVISMO

TRIBUNA DA BAHIA - segunda-feira, 29 de dezembro de 2008 00:00 por Alderico Sena 

A primeira empresa cooperativa foi constituída em 1844 pelos pioneiros de Rochdale. O grupo formado por 27 tecelões e [uma tecelã], proveniente de indústria de tecelagem e sapateiro, subscreveu um capital inicial de uma libra inglesa e iniciou o empreendimento coletivo a nível mundial.
Esses empreendedores aplicaram as melhores idéias desenvolvidas na história do cooperativismo na condução de políticas e estratégias administrativas e operacionais as quais são utilizadas ao longo desses 159 anos e foram transformadas em princípios cooperativistas que identificam as diferenças entre a empresa capitalista e a empresa cooperativa.
Na empresa cooperativa, os usuários são os associados que utilizam seus serviços e dela se beneficiam.
Cooperativa é uma associação de pessoas que se juntam, voluntariamente, para usufruir aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais, gerida democraticamente, através dos associados.
As cooperativas têm como base valores de ajuda mútua, democracia, igualdade, equidade, fidelidade e solidariedade. Com base nos princípios dos pioneiros de Rochdale os valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social, disciplina, comprometimento e profissionalismo são fatores básicos para o sucesso de um empreendimento cooperativo.
Quando o ilustre mestre e líder maior do sistema cooperativo brasileiro, Roberto Rodrigues conduzia a ACI – Aliança Cooperativa Internacional, foram aprovados em um Congresso em 1995, os princípios cooperativos que constituem as linhas orientadoras dos valores que levam as cooperativas ao sucesso, são eles: 1º- Adesão Voluntária e Livre – As cooperativas são organizações voluntárias, abertas e todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e dispostas a assumir as responsabilidades como membros; 2º - Gestão Democrática – As Cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus associados, que participam ativamente na formulação das políticas e na tomada de decisões; 3º - Participação Econômica – os associados contribuem eqüitativamente para o capital das cooperativas e controlam as ações de forma democrática; 4º - Autonomia e Independência – As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos associados; 5º - Educação, Formação e Informações – As cooperativas promovem a educação e a formação dos associados de forma que esses possam buscar conhecimentos e contribuam eficazmente para o crescimento das cooperativas 6º - Intercooperação – As cooperativas são mais fortes e eficazes quando são firmadas a intercooperação entre os ramos, agregando força ao movimento cooperativo; 7º - Interesse pela Comunidade – As cooperativas desenvolvem políticas de ações comunitárias, aprovadas pelos associados.
Correntes nefastas de alguns segmentos da sociedade que combatem o cooperativismo, devem entender que cooperar é trabalhar junto, é ajudar-se mutuamente, é alcançar com a ajuda de outros o que, dificilmente, se conseguiria sozinho.
São esses princípios que internalizados pelos diversos segmentos da sociedade, como forma de produção, de prestação de serviços e de desenvolvimento cultural, contribuirão para a evolução e organização moderna da empresa coletiva. O cooperativismo é instrumento para realização do cidadão e para explorar o potencial que esse Brasil possui: petróleo, minério, pesca, e outros, alcançando o patamar de país desenvolvido. Cooperativismo é política do Ser e não do Ter.

COOPERAR PARA MUDAR

22 de Dezembro de 2008

 

COOPERAR PARA MUDAR

TRIBUNA DA BAHIA - segunda-feira, 22 de dezembro de 2008 00:00 por Alderico Sena 

O Brasil precisa de mudanças radicais e ousadas para resgatar a moralidade dos Poderes Constituídos e o crescimento do País. O Brasil não pode ser mais amador, nas decisões políticas, econômicas, sociais e culturais. O Brasil carece de lideranças que se caracterizem por princípios de honestidade, de ética e de competência para a condução da coisa pública. O Brasil, Estado e Municípios, precisam ser conduzidos com visão empresarial e não com incompetência e burocracia. O Brasil necessita de novos rumos para crescer e ser um País forte. A sociedade precisa ter consciência política para eleger presidente e políticos que governem e que exerçam seus trabalhos legislativos com isenção para procederem às reformas que o país necessita, tais como: política, previdenciária, tributária, trabalhista e penal. O Brasil requer também urgentemente um maior investimento na educação, na saúde e na segurança, para a felicidade de todos os brasileiros.
Perguntar às autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, se há o devido respeito às Constituições e Poderes Constituídos não é uma ofensa, é um direito, um alerta à sociedade e um exercício de cidadania. O respeito às pessoas, a ética e a moralidade são fatores básicos para a transformação, eliminando misérias, injustiças e desigualdades sociais. Paciência tem limite e não podemos permitir mais a indiferença, o desrespeito e a irresponsabilidade de autoridades e representantes do povo na condução da coisa pública.
A integração da sociedade é fundamental para que haja um desenvolvimento democrático, e a palavra-chave é participação. Ela é o caminho para superar a passividade, a corrupção e a impunidade no Brasil.
A população precisa entender que os grandes interessados pelos novos rumos para solução efetiva dos problemas, somos todos nós. Somos nós quem melhor conhecemos e sabemos dos problemas reais de uma comunidade, classe, bairro, município, Estado e do País. Chamamos a atenção da sociedade que o perfil dos representantes políticos da cidadania; a opção é do eleitor. É preciso entender também que “O cidadão que não conhece os seus direitos, não tem o direito de lutar por eles” [Ruy Barbosa].
O crescente movimento de participação social está ligado à noção de “cidadania”. Cidadania não é apenas um direito, mas, sobretudo, tomada de consciência e responsabilidade social. “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem de decisões políticas” [Brecht].
O Brasil precisa de novos rumos e somos nós, eleitores, que temos o dever cívico e patriótico de exigirmos dos políticos eleitos o comprometimento em defenderem os interesses coletivos e as reformas que o país tanto necessita para o seu crescimento, inclusive estabelecimentos de critérios para escolha dos candidatos a cargos eletivos. Não suportamos mais o péssimo perfil dos políticos e a falta de consciência política dos eleitores na péssima escolha dos seus representantes para conduzirem os destinos da vida humana.
Vamos juntos cooperar, mudando nossos comportamentos e atitudes para construirmos um Brasil melhor?
“Todo homem, cada homem, é responsável pelo destino da humanidade, por suas ações ou omissões”. “O individualismo gera o egoísmo, raiz de todos os males”.
Natal e um Novo Ano, cheio de saúde, paz e felicidades a todos.

Pessoa de Jaques Wagner

16 de Julho de 2008

 

Pessoa de Jaques Wagner

TRIBUNA DA BAHIA - quarta-feira, 16 de julho de 2008 00:00 por Alderico Sena 



Governador, articule com o Ministério Público, a liberação da parte inferior da Fonte Nova.
Essa liberação, com certeza, proporcionará muitas alegrias aos torcedores de todas as faixas etárias, vendedores da economia informal, como também a geração de trabalho e ganhos para pessoas necessitadas que precisam de uma renda para viver dignamente com suas famílias e tantos outros benefícios. A liberação da parte inferior da Fonte Nova será uma atitude solidária e não política, a qual irá causar ganhos incalculáveis de reconhecimentos. Pense que o bloqueio do Estádio retirou um lazer primordial do torcedor e está provocando altos riscos a vidas humanas que viajam mais de 100 kms para assistirem aos jogos do Bahia.
Governador, Vossa Excelência que é uma pessoa com visão social, não pode deixar que políticos que não compactuam com os seus princípios, utilizem métodos de politicagem para prejudicar um clube como o Esporte Clube Bahia. Afinal, a questão social é a sua bandeira e daqueles eleitores que acreditaram e votaram na pessoa de JAQUES WAGNER e não em um candidato a Governador Jaques Wagner.
Em nome da Nação tricolor, fazemos um apelo a Vossa Excelência para liberar a parte inferior da Fonte Nova, afim de que possamos voltar a ter a alegria e o lazer mais precioso daqueles que amam o Futebol e o Bahia. Contamos com a valiosa colaboração e sensibilidade de um torcedor do Bahia, que se chama Jaques Wagner, acompanhado do nosso muito obrigado!

COOPERATIVISMO, APRENDIZADO PARA HUMANIDADE

23 de Fevereiro de 2008

COOPERATIVISMO, APRENDIZADO PARA HUMANIDADE

TRIBUNDA DA BAHIA - sábado, 23 de fevereiro de 2008 00:00 por Alderico Sena 

Responsabilidade social é um dever de todos os cidadãos. Servir ao próximo e não se servir do próximo precisaria ser principio praticado em casa e na escola. O cooperativismo como doutrina e filosofia de vida, fundamentado na cooperação, ajuda mutua e solidariedade, tem em seu bojo a responsabilidade social e como tal, já deveria constar da grade curricular das escolas, iniciando-se no jardim de infância, a partir dos três anos de idade.
Responsabilidade social é uma coletânea de princípios e de valores que podem construir um mundo mais justo, mais feliz e menos desigual. Um requisito para a responsabilidade social é a ética. Não há responsabilidade social sem ética na empresa, na família, na escola, no condomínio, nas organizações do terceiro setor e nas demais entidades da sociedade civil. A irresponsabilidade social começa quando o cidadão concorda com qualquer ato ilegal. Quem sofre as conseqüências são os menos favorecidos, porque os benefícios que deveriam ser apropriados por eles são desviados para fins políticos, constituindo-se algumas organizações em entidades sociais de fachadas para receber recursos públicos, reduzir impostos de empresas mercantis e outras mazelas que caracterizam os falsos solidários. Lamentável é que até o futebol, alegria do povo, vem acontecendo corrupção e falcatruas.
Vários acontecimentos mundiais foram responsáveis pelo surgimento do conceito de responsabilidade social, entre eles mencionamos a guerra do Vietnã e as manifestações civis contra os efeitos das armas químicas e seus efeitos sobre a população e sobre a própria sobrevivência do planeta, dando uma inédita dimensão do comprometimento de empresas e cidadãos com o meio ambiente. Esse contexto surgido na Europa, especialmente na França, e nos Estados Unidos respondeu por um repensar da postura ética das empresas frente à sociedade e criando espaço para organizações civis, sem fins lucrativos, comprometidos com o social.
No Brasil, as organizações de responsabilidade social, basicamente do Terceiro Setor, foram regulamentadas pelo Decreto 3.100/99 e contempladas nos dispositivos do Novo Código Civil, que estabeleceu caracterizações especificas para identificação. Acompanhar as ações destas organizações faz parte da responsabilidade social do cidadão. Algumas organizações merecem o respeito e a confiança do baiano, à exemplo dos Hospitais de Irmã Dulce e Aristide Maltez, e outras instituições que passam por dificuldades para se manter. Um setor que merece atenção é o esporte amador, podendo ser um instrumento adequado para a retirada de milhares de crianças e de adultos das drogas, da violência, da pobreza, da exploração econômica e sexual, além de tantos outros males que fazem parte da miséria do nosso país. 
Marcou época no Brasil a Campanha contra a fome empreendida por Betinho, a qual fortaleceu os movimentos sociais, em contraposição a impotência do papel do Estado frente à violência urbana, mas que não foi suficiente para sistematizarmos as ações de combate a pobreza no Brasil. É hora de comprometermos o Estado do Bem Estar Social através da vontade política do Congresso Nacional de fazer acontecer um Programa que tire o Brasil do caos social em que se encontra. Juntos a sociedade civil, representada pelas instituições religiosas, comunitárias, filantrópicas, as oscip’s e o Estado poderão debater as formas mais adequadas a solucionarem os graves problemas sociais que grassam a nossa sociedade. Priorizar algumas áreas seria fundamental, combate a fome, implantação de sistemas adequados de segurança, educação de qualidade, entre outras. É importante destacar na área da violência urbana, o recado dado pela população com o Não, iniciando-se um programa de mudanças nos presídios, a começar pelos espaços para cada individuo. Os trabalhos forçados da Idade Média são mais modernos do que o sistema carcerário dos nossos dias, o qual visualizamos nas fotografias, onde jovens se acumulam uns sobre os outros em ambientes sem nenhuma condição de recuperação de um ser humano. Serão seres embrutecidos que sairão daquelas jaulas, muito mais violentos e perigosos do que entraram. E os inocentes, sem processo que caem na malha de um presídio brasileiro, nunca mais tem condições de recuperar-se e serão tantas revoltas acumuladas que o transformarão em mais um bandido. O recado das urnas foi claro e contundente, o Estado Brasileiro não consegue dar segurança à população, que se sente indefesa e tem medo de que o futuro seja ainda pior do que está vivenciando. Todos sabemos da dimensão do problema social do Brasil, algo há que ser feito. A sociedade tem que estar atuante para estudar as alternativas na busca de soluções. É hora de ação e de não omissão.
Como um dos dirigentes do cooperativismo na Bahia, adquiri uma grande experiência no lidar com desafios para proporcionar felicidades as pessoas. Quando aceitei assumir a OCEB-Organização das Cooperativas do Estado da Bahia, em 1997, encontrei, apenas, três cooperativas registradas e quando me afastei da Superintendência da OCEB, em outubro de 2006, deixei 723 cooperativas, devidamente registradas nos termos da Lei 5764/71, com 230 mil associados, proporcionando 15 mil empregos diretos e 900 mil indiretos, a cidadãos sem oportunidades de trabalhos no mercado, os quais encontraram no Sistema Cooperativista um meio de sobrevivência, elevando sua auto-estima através da geração de renda para a sustentação de suas famílias. Cooperativismo é economia social. Ao praticar os sete princípios universais do cooperativismo, as cooperativas contribuem para o desenvolvimento sócio econômico e para a construção de uma sociedade mais solidária e menos desigual. A responsabilidade Social é de todos para transformamos o Brasil num país com que sonhamos. Se queremos um Brasil mais justo, mais humano, mais solidário, pratiquemos a solidariedade em casa, no trabalho, na rua onde moramos, na comunidade da qual participamos. Alguém, um dia, contou-me que pessoas empobrecidas catavam lixos em sua rua, desmontando as lixeiras, deixando as calçadas transformadas num grande lixão, foi suficiente ação em um prédio, mobilizando os moradores para a reciclagem do lixo, através dos sacos amarelos e brancos dos supermercados e assim cooperaram com a limpeza pública, com a saúde dos moradores e, especialmente, com aqueles seres humanos desprotegidos das condições mínimas de trabalho, de saúde e de higiene. Hoje na Bahia, Cooperativas de reciclagem é desenvolvimento - inclusão social.São pequenos gestos que fazem grandes mudanças sociais e pode transformar uma cidade, um país, o mundo. 

CULTURA ANTICOOPERATIVISTA

23 de Junho de 2007

 

CULTURA ANTICOOPERATIVISTA

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 23 de junho de 2007 00:00 por Alderico Sena 

No Brasil, existe um oceano de trabalhadores desempregados, pois parte desses trabalhadores encontram-se na economia informal e sem amparo legal aos benefícios da Seguridade Social-INSS. 
O cooperativismo é a ferramenta adequada para absorver os trabalhadores desamparados pelo regime da consolidação trabalhista-CLT.
O cooperativismo é regido por uma Lei própria, a 5.764/71, que “Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências”.
A Constituição Federal, no Capitulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, artigo 5º- Inciso XVIII, diz que: “a criação de associações e, na forma da Lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”, e no artigo 174 § 2º, diz “A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e toda a forma do associativismo”. Mas, infelizmente, Lei e Constituição, neste País, não são cumpridas e respeitadas, quando instituições públicas perseguem, penalizam e bloqueiam a participação das cooperativas no mercado de trabalho.
A cultura anticooperativista do governo é tamanha que falta vontade política dos parlamentares brasileiros para conhecer experiências do cooperativismo em centenas de países que incentivam e estimulam o desenvolvimento e o fortalecimento da identidade cooperativa. No Brasil, a cultura é outra, há perseguições e classificações inadequadas a um Sistema que contribui para o PIB nacional com 7%. 
A nível universal, a Aliança das Cooperativas Internacionais-ACI congrega 250 organizações, representativas de cooperativas, com cerca de 800 milhões de associados individuais, cujas famílias e agregados alcançam a impressionante cifra de dois bilhões e meio de seres humanos, ou 40% da população do planeta. 
A cultura anticooperativa, predominante no Brasil, classificamos como um comportamento individualista de pessoas medíocres e que não conhecem os princípios filosóficos e doutrinários do Sistema. O governo tem que nos enxergar como parceiros, porque somos um Sistema que geramos uma série de benefícios à sociedade e ao próprio governo; vejamos: trabalho, emprego, melhor distribuição de renda, inclusão do trabalhador na previdência social, permanência do homem em sua região, aumento de arrecadação de tributos para os municípios, estados e União, bem como o restabelecimento da auto-estima e da dignidade do “Homem”.
A Organização Internacional do Trabalho-OIT- reconhece a importância das cooperativas, para a geração de trabalho, emprego, renda, e da sua contribuição à economia.
Reconhece também que o modelo cooperativo promove a mais perfeita participação de toda a população no desenvolvimento econômico e social. 
Uma sociedade trabalhadora necessita da existência de setores públicos e privados fortes e de um forte segmento cooperativo, bem como de outras organizações sociais. Dentro deste contexto, os governos deveriam estabelecer uma política e um marco jurídico favoráveis às cooperativas, compatíveis com sua natureza e função, e não persegui-las aleatoriamente, sem separar o joio do trigo.
O Governo poderia também estabelecer um marco institucional, como: a] Só permitir registro de cooperativas na Junta Comercial, com o “de acordo” nos documentos constitutivos dado pela Organização das Cooperativas Estaduais-OCES; b] Diferenciar na tabela de preços das Juntas Comerciais a cobrança dos valores das taxas de registros e de documentos oficiais para cooperativas, considerando que as cobranças das taxas são as mesmas cobradas para empresas S/A e Ltda; c] Permitir a participação das cooperativas nos processos licitatórios do Município, Estado e União; d] Permitir a participação de cooperativas nas diversas linhas de créditos dos Bancos Oficiais que atendam às necessidades dos cooperados; e] Fomentar o desenvolvimento das cooperativas como empresas autônomas e autogeridas, em especial, nos âmbitos onde as cooperativas possam desempenhar um papel importante ou onde oferecem serviços que, de outra forma, não existiriam. 
“As cooperativas continuam a ser o meio para realizar sonhos. As cooperativas produzem bem-estar e democracia, mas, sobretudo produzem felicidade. As cooperativas são “a opção” e não apenas “uma opção’, porque geramos valor agregado á vida das pessoas...Quando se investe numa instituição cooperativa, se tem certeza...de que se vence a exclusão...se gera emprego, se distribui eqüitativamente a riqueza...se potencializa a produtividade...se decide democraticamente...não se atenta contra o meio ambiente...se propaga bem estar ao meio comunitário...que há vinculação com os setores econômicos de geração de produtos e serviços... que, em primeiro lugar e o mais importante, são as pessoas”.
As cooperativas transferem não apenas produtos, serviços e recursos financeiros; transferem cultura” . Palavras do Mestre Roberto Rodrigues.

COOPERATIVA AGRICOLA NA BAHIA

08 de Março de 2007

 

COOPERATIVA AGRICOLA NA BAHIA

TRIBUNA DA BAHIA - quinta-feira, 8 de março de 2007 00:00 por Alderico Sena 

A Bahia é um dos mais importantes Estados da Federação, que oferece excelentes condições naturais e econômicas, com grandes perspectivas para o desenvolvimento das suas atividades rurais, haja vista, a diversificação de sua produção agropecuária, desde os produtos de exportação e o de consumo interno.
A comercialização dessa produção é feita através de empresas de exportação e firmas comerciais, não existindo, ainda, uma mentalidade para que essa comercialização seja feita por intermédio do sistema cooperativo, via uma central cooperativa, o que seria o ideal porque viria favorecer o produtor rural, eliminando dessa maneira o intermediário, que usufrui as maiores vantagens e lucros das produções.
Atualmente observa-se, entre os rurícolas um certo pessimismo, ou mesmo, desanimo, pela baixa rentabilidade em suas diferentes atividades, chegando mesmo a uma completa descapitalização em muitos casos.
Na exploração agro-pastoril predomina ainda a rotina, o empirismo, por desconhecer os nossos produtores os métodos modernos de cultivo agrícola a exploração pastoril, visando maior produtividade e conseqüentemente maiores vantagens por unidades explorada.
Esta distorção poderia ser corrigida, se o governo aplicasse o que estabelece o artigo 174 § 2º “A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”, através de programa de extensão agrícola, com assistência técnica e credito orientado ao produtor associado em cooperativas de produção ou agrícolas.
Causas do fracasso das cooperativas agropecuárias na Bahia, especificamente:
A] Falta de conhecimento da doutrina entre os cooperados e dirigentes de cooperativas; b] Ausência de políticas públicas para motivar a sociedade a se organizar e criar cooperativas, sendo na maioria das vezes criadas pela improvisação sem a orientação do Órgão de Representação do Cooperativismo no Estado –OCEB. ; c] Falta de lideranças com conhecimentos dos princípios cooperativos; d] Ausência de espírito cooperativo entre a comunidade ruralista; e] Influencia de política partidária na criação de cooperativa e a formação de grupos entre cooperados; f] Falta de poder de fiscalização, controle e acompanhamento do Órgão de Representação do Cooperativismo no Estado, devido a Lei 5.764/71, não conceder esse direito; g] Cobranças de tributos e taxas nos produtos entregues às cooperativas pelos cooperados, devidos o governo não cumprir, o Ato Cooperativo, amparado no artigo 146, alínea c da C.F; h] Dificuldades de encontrar profissionais nas áreas administrativas, contábeis e do direito com conhecimentos da legislação e procedimentos cooperativos; i] Falta de consciência entre cooperados e dirigentes para integralização do capital e outras por pobreza dos associados; j] Falta de participação dos associados nas reuniões e Assembléias Gerais para deliberações das ações da cooperativa.k] Falta de conhecimento do Estatuto Social e da Lei 5.764/71, pelo corpo de associados e de dirigentes da cooperativa.

Medidas que podem contribuir no desenvolvimento do cooperativismo na Bahia:
a] Apoio do governador Jaques Wagner para aprovação da Lei, que institui a política estadual do cooperativismo, que tramita na Assembléia Legislativa, desde 2003; b] Inclusão da disciplina educação associativa no currículo das escolas de 1º e 2º graus com atividades relativos ao cooperativismo c] Governo, firmar parceria com o SESCOOP-Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo da Bahia para promover ações de capacitação, formação e informação nas comunidades sobre, a filosofia e os princípios cooperativos, celebrando acordo, ajuste e convênio para tomada de decisões e medidas no que diz respeito ao desenvolvimento do cooperativismo no Estado; d] Desenvolvimento de cursos, palestras, seminários, fóruns permanentes nas regiões do Estado sobre cooperativismo para formação de lideres e melhor conhecimento e disseminação da doutrina e princípios do cooperativismo no meio rural e urbano; e] Incentivar a organização e constituição de cooperativa depois de bem motivada nas comunidades. Rurais e urbanas das regiões; f] Assistência Técnica e incentivos permanentes de Órgãos Oficiais e da OCEB para a constituição e isenção das taxas de registros com carência de um ano para fomentar as cooperativas; g] A JUCEB, só registrar cooperativa após o de ACORDO nos documentos constitutivos pela OCEB; h] Instituições públicas e privadas só firmar contrato, acordo, convênio com cooperativa, após a apresentação da certidão negativa da OCEB.
Se todos cooperarem, a gente faz uma Bahia, melhor e mais feliz.

COOPERATIVA NASCE DAS PESSOAS

16 de Janeiro de 2007

 

COOPERATIVA NASCE DAS PESSOAS

TRIBUNA DA BAHIA - terça-feira, 16 de janeiro de 2007 00:00 por Alderico Sena 

Cooperativa é um empreendimento que nasce das pessoas para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais de forma coletiva.
Cooperativismo origina-se da palavra cooperação. É uma doutrina cultural e socioeconômica, fundamentada na liberdade humana e nos princípios cooperativos.
O empreendimento cooperativo tem características próprias e se fundamenta nos valores humanos de seus associados. É uma ferramenta adequada para o trabalhador se inserir no mercado de trabalho de forma digna e honesta porque, de forma individual, apresentam dificuldades para serem resolvidos seus anseios profissionais.
Para se constituir uma cooperativa é necessário no mínimo vinte pessoas que estejam devidamente capacitada sobre o conceito e a filosofia do cooperativismo para então realizar uma Assembléia Geral de Constituição para aprovação do Estatuto Social, eleição do Conselho Administrativo, Fiscal e de Ética. Após a Assembléia deve registrar os instrumentos de constituição nos seguintes Órgãos: Junta Comercial Receita Federal, OCEB – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia, Prefeitura Municipal e/ou Secretaria da Fazenda do Estado, dependendo do ramo da cooperativa.
Características da sociedade cooperativa que devem ser observadas por aqueles que desejam ou já estão no Sistema Cooperativo, como: 1º- Adesão Voluntária; 2º- Variabilidade do capital social; 3º- Limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado, facultando, porem, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade; 4- Incessibilidade das quotas-partes do capital terceiros; 5º- Singularidade do voto; 6º Quorum para o funcionamento e deliberação da Assembléia Geral, baseado no número de associados; 7º- Retorno das sobras liquidas do exercício, proporcional às operações realizadas pelo associado; 8º- Indivisibilidade dos fundos; 9º- Neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social; 10º- Prestação de assistência aos associados e trabalhadores da cooperativa; 11º Área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.
A cooperativa é gerida por associados, eleitos em Assembléia Geral, com mandato estabelecido em Estatuto Social, podendo ser gerida por administrador contratado de acordo a Consolidação da Legislação Trabalhista, devido o mesmo não ser associado e sim um empregado.
Comprovadamente os associados de cooperativa terão que ter consciência de que só serão competitivos e estarão presentes no mercado globalizado se aplicarem à gestão eficiente, a ética, o profissionalismo e a qualidade, visando em primeiro lugar o cliente. No entanto, é preciso um planejamento estratégico para que todos associados saibam que só haverá retorno positivo se houver participação, responsabilidade, disciplina, comprometimento e profissionalismo, pois todos têm que ter consciência que o empreendimento é coletivo e o investimento é, uma cooperativa.Cooperativa é uma sociedade civil de pessoas que contribuem com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica de proveito comum, sem objetivo de lucro constituída para prestar serviços aos associados. Cooperativa é uma sociedade civil de natureza jurídica especial que a diferencia, assim de outras sociedades, de pessoas e não de capital. De pessoas reais, presentes e não anônimas.Com base nos princípios do cooperativismo, o ingresso das pessoas numa cooperativa é livre a todos que desejam fazer uso dos serviços prestados pelo empreendimento cooperativo, desde que atendam aos pré-requisitos legais, estatutários e regimentais.Cabe ao conselho administrativo/diretor analisar e avaliar minuciosamente à proposta de adesão daqueles que querem ou desejam ser um empreendedor coletivo. Investimentos educacionais é o instrumento para o bom alicerce de um associado. A realização de cursos sobre cooperativismo, estudo da legislação, estatuto e regimento interno, bem como conhecimento da estrutura e o funcionamento da cooperativa são a ferramenta para todos cumprirem bem os seus deveres para a cooperativa e exigir os direitos, é só participar. Cada associado tem direito a um voto nas Assembléias Gerais e a cooperativa não tem dono, é de todos associados.
A liberdade de expressão, a criatividade, a compreensão, a troca de idéias em busca da modernidade devem estar presentes na cooperativa, pois assim se fortalece o empreendimento coletivo. É importante não esquecer o lado humano, pois cada pessoa tem emoções, sentimentos, sonhos e idéias que precisam ser valorizados para que o associado se sinta um empreendedor capaz e que possa ajudar sempre a cooperativa crescer no mercado globalizado.
Uma cooperativa para obter sucesso no mercado precisa que cada associado apliquem alguns princípios fundamentais como: Organização, Participação, Ética, Honestidade, Cooperação e comprometimento para conquistar credibilidade e o seu crescimento no Mundo Globalizado. Cooperativa o lema é “UM POR TODOS, TODOS POR UM”. Cooperativa nasce das Pessoas.

COOPERATIVISMO SEM REPRESENTAÇÃO POLITICA

06 de Outubro de 2006

 

COOPERATIVISMO SEM REPRESENTAÇÃO POLITICA

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 6 de outubro de 2006 00:00 por Alderico Sena 

Mais uma legislatura se finda e a Reforma da Lei Cooperativista 5.764/71, fica para outrora.Tramita no Senado Federal desde 1989, três Projetos com os mesmos objetivos, PLS 171 do Senador Osmar Dias, PLS 605 do Senador Eduardo Suplicy e PLS 428 do Senador Fogaça, apensados cuja relatoria cabe ao Senador Demóstenes Torres que adotou o PLS 171, de acordo com as aspirações do Sistema. Ocorre que para impedir aprovação do PLS 171/99 a Casa Civil utilizou de uma estratégia e encaminhou proposta de um novo Projeto de Lei cujo texto não atende aos interesses do cooperativismo brasileiro, ferindo inclusive o artigo 5º inciso XVIII da Constituição Federal que não permite a interferência estatal no funcionamento e na gestão de cooperativa.
Outra Regulamentação que ficou para traz, foi das cooperativas de trabalho. Existem três projetos de Lei, PL 7.009/06, do Deputado Walter Barelli, PL 6.449/05, do Executivo e o PL 4.622/04, do Deputado Pompeu, que tramitam na Câmara Federal, visando atuação das cooperativas de trabalho com a feitura de legislação própria, que ao meu modo de ver acho um equivoco do Congresso Nacional. O Congresso, através dos seus Pares, deveria consolidar o Sistema em uma única Lei, com os 13 ramos de cooperativas.
Outro absurdo contra o cooperativismo, porque as cooperativas de credito não recolhem para o SESCOOP? As cooperativas de credito recolhem 2,5% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados empregados, para a Previdência Social ao invés de estarem recolhendo para o SESCOOP- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo a exemplo dos demais ramos do Sistema.
Recentemente, as cooperativas de credito reunidas no 6° CONCRED-Congresso Brasileiro de Cooperativismo de Credito, em Blumenau-SC, em julho próximo passado, reafirmaram o propósito de contribuir efetivamente para o desenvolvimento equilibrado do Pais com justiça social, através da CARTA DE BLUMENAU –CONFE nº 185/06, de 21 de julho de 2006, endereçada ao Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da Republica Federativa do Brasil, contendo uma pauta de reivindicações do cooperativismo de credito discutidos e aprovados no referido CONCRED. Uma das solicitações é que as cooperativas de credito também contribuam para o SESCOOP para usufruir dos serviços prestados na área de formação, monitoramento e promoção social, em substituição à contribuição prevista no artigo 22, parágrafo 1º, da Lei 8.212/91, assim as sociedades cooperativas de credito passarão a recolher, em favor do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo-SESCOOP, 2,5% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer titulo, aos segurados ou empregados, definido no artigo 42, inciso I, da Lei nº 8.212/9l.
Por falta de representação política nas Casas Legislativas, formadas por lideranças do Sistema, as cooperativas vêm sendo garfadas com a tributação do ato cooperativo e tantas outras penalidades. A sociedade cooperativa presta serviços aos seus cooperados e assim age em nome desses. A cooperativa é o elo de ligação do mercado com a atividade econômica dos cooperados. A sociedade não possui renda/faturamento próprio. O governo já reconheceu, através de Lei, esta realidade nos ramos agropecuários, transporte, infra-estrutura e de credito e porque não estendeu o mesmo tratamento a todos os ramos?
O Sistema Cooperativo precisa entender que toda e qualquer ação de interesse do cooperativismo, dependem de decisões políticas e sem representação formadas por lideranças nascidas dentro das cooperativas, seja a nível municipal, estadual e Federal, não conseguiremos aprovar nada em beneficio do Cooperativismo Brasileiro. É só observar os 17 anos, que flutuam de para quedas a Reforma da Lei Cooperativista Lei, 5.764 e o avanço organizacional de correntes contraria ao SISTEMA OCB.

GESTOR TEM QUE SER QUALIFICADO

06 de Agosto de 2006

 

GESTOR TEM QUE SER QUALIFICADO

TRIBUNA DA BAHIA - domingo, 6 de agosto de 2006 00:00 por Alderico Sena 

Todo e qualquer empreendimento requer um gestor qualificado, se não o empreendimento morre.
A Cooperativa nasce das pessoas empreendedoras e que acreditam numa ferramenta coletiva para se inserir no mercado e competir em igualdade de condições com as empresas capitalistas. É imprescindível a compreensão da Cooperativa a partir da necessidade de mercado, sujeita à livre concorrência e que depende de dirigentes que lhe agreguem competência e competitividade;
A gestão compartilhada é extrínseca à cooperativa e a base para o sucesso da sociedade é investir na educação dos associados para o entendimento da natureza dessa gestão e possibilitar a reflexão e a conscientização sobre os diferentes papéis inerentes à função do gestor e as decorrentes responsabilidades de natureza ética, através de doutrina com princípios e valores, e legal normatizada pela Lei 5764/71. A formação cooperativista e a profissionalização do quadro de dirigentes contribui para uma maior eficiência e eficácia da atuação dos Gestores, sobretudo na construção de uma visão estratégica.
A Gestão associativa é um processo interativo de planejar, organizar, dirigir e avaliar resultados internos, com foco no cooperado, e externos voltado ao mercado. Nesse contexto, o planejamento é fundamental para estabelecer missão e visão que funcionarão como a bússola do empreendimento cooperativo. As atribuições previstas no estatuto social e as decisões da Assembléia Geral são norteadoras da ação dos dirigentes de cooperativas, as quais a gestão se subordina .
Algumas habilidades e procedimentos são relevantes para um dirigente conduzir com sucesso a gestão da cooperativa, como a] Liderança - processo de apreendimento das necessidades dos cooperados e colaboradores e exprimi-las de forma eficiente e mesmo visionária, obtendo a interação e a participação de todos no desenvolvimento e na implementação da missão, visão e objetivos da cooperativa; b]Comunicação- processo interativo e de entendimento, assimilação e operacionalização de mensagens no ambiente da cooperativa. c] Supervisão - catalisação e orientação dos recursos humanos, direta ou indiretamente subordinados, em direção a s e objetivos estabelecidos pela cooperativa em seu processo de planejamento estratégico; d] Coordenação- capacidade de conduzir, integrar, distribuir, coordenar, controlar e visualizar as ações da cooperativa com métodos, estratégias e habilidades , tendo como foco principal o desenvolvimento de um processo, projeto ou plano de ação da cooperativa. e] Decisão - que deve ser entendida como processo que requer análise, cautela e competência para decidir . O gestor tem que se posicionar com ética, neutralidade, coerência e comprometimento com a responsabilidade que lhe foi delegada através de Assembléia Geral; f] Ação - capacidade de decidir e agir com coerência e sensatez nas diversas situações que lhes são apresentadas no dia-a-dia, otimizando os recursos disponíveis para o alcance de resultados estabelecidos no planejamento estratégico da cooperativa.
A educação cooperativista se consolida através da interação cooperado x cooperativa; a cultura cooperativista se consolida pela prática de trabalhar em conjunto; a democracia cooperativista se consolida pela igualdade de deveres e direitos de todos os cooperados; e o empreendimento cooperativista, se consolida pela gestação participativa, pois se a competição é inevitável, a cooperação é essencial.
São passos estratégicos dos associados de cooperativa para a consolidação do Sistema: 1º] Conhecer o Órgão de Representação do Sistema no Estado para saber das sua função e dos seus obrigações para com ele; 2º] A Lei 5.764/71, Que define a Política Nacional do Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; 3º] A Constituição Federal, especialmente os incisos que fazem referência ao cooperativismo; 4º] O Código Civil; 5º] Princípios Cooperativistas e as Características da Sociedade Cooperativa 6º] Participar das ações educacionais promovidas pela OCEB/SESCOOP para a profissionalização da gestão, qualificação profissional e educação cooperativista dos associados e trabalhadores em cooperativa.
Assumir desafios em defesa do coletivo, servindo ao próximo e não se servindo do próximo e um exercício de cidadania que deve ser de todo e qualquer gestor do Sistema Cooperativo e dos serviços públicos em geral.
“ A cooperativa não tem sócios. São os sócios que têm a cooperativa”.

DESEMPREGO E INFORMALIDADE

05 de Junho de 2006

 

DESEMPREGO E INFORMALIDADE

TRIBUNA DA BAHIA - segunda-feira, 5 de junho de 2006 00:00 por Alderico Sena 


Cooperativas de Trabalho Merecem Respeito. O tratamento que vem sendo dado ao cooperativismo pelo governo brasileiro é imoral e ilegal, é só observar-se o que consta na Constituição Federativa do Brasil, artigo 174 § 2º que dispõe: ” A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”. E o artigo 5º, Inciso XVIII - diz que a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas, independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, independentemente da Lei 5764/71, que ” Define a política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providenciais “, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da Republica Federativa do Brasil. Subtende-se que Lei, quando é sancionada, é para ser cumprida.
Os números de trabalhadores desempregados e na informalidade são alarmantes e o crescimento é geométrico. Paralelo a este crescimento cresce também os Movimentos Sociais e a Criminalidade. Mudar de um movimento social para o criminal é mais fácil e mais rápido para seus integrantes do que encontrarem resposta do Governo através de projetos e de políticas públicas. Perguntamos o que farão os milhares de jovens das periferias metropolitanas, sem horizontes de trabalho, a não serem migrarem para a criminalidade ou engrossarem o exército de “ginastas dos semáforos” mendigando trocados. Estes ainda não se filiaram ao PCC, mas são candidatos de fácil mobilização. Segundo cientistas políticos há uma “agenda oculta” por trás do fato político do “quebra-quebra” no Congresso. Se o MLST queria repercussão nacional e internacional, conquistaram. Vão pagar um preço, e pagaram, especialmente atingindo pessoas inocentes, enquanto os legítimos alvos ficaram limitados aos discursos nas tribunas. São formas inadequadas de expressarem a “Justa Ira” da população pela impunidade que assistiu diante da absolvição dos “mensaleiros” do governo Lula, movidos com verbas públicas. E nada se fará diante do fato, como não o fez FHC quando da invasão de sua fazenda. É inadmissível para a população tomar conhecimento que o Ministério Público investigou, a Comissão de Ética julgou e o Congresso, irresponsavelmente, absolveu seus pares comprovadamente delinqüentes. A “Justa Ira” melhor se expressaria se em 3 de outubro eliminasse a todos, através da divulgação de seus nomes no horário eleitoral gratuito.O TSE bem que poderia prestar este serviço ao eleitor Seria uma forma da sociedade aplicar a CPI do Eleitor que é o Voto Popular. O povo ao continuar apoiando o Governo Lula, apesar de tanta patifaria, como assim o qualificou a Senadora Heloisa Helena, no recente Programa Roda -Viva, considerando um governo marcado por corrupção e até por crimes, é o resultado da impunidade, o que pode parecer paradoxal. Acredito que a reflexão é “se todos são delinqüentes, ficamos com o Iniciante, até provas mais contundentes”. Não sei como a mentira, o engodo e o desrespeito a população vão se apresentar na propaganda eleitoral gratuita, mas essa Marcha, como diria a historiadora Bárbara Tuckman, dos Insensatos cheios de “Cobiça, Vaidade e Sede de Poder”, sem compromissos com os problemas sociais que se agravam a cada dia, nos leva a pensar que são egressos do “Juliano Moreira”. Seria aconselhável que os responsáveis pela execução do orçamento do governo refletissem diante das estatísticas do IBGE, que registra entre 1991 e 1996 um crescimento de 40% para 47% do numero de trabalhadores sem carteira assinada, em seis regiões metropolitanas pesquisadas; em 2003, ultrapassavam 60%. Ou seja, no universo de 78 milhões de trabalhadores brasileiros, 48 milhões estavam na informalidade e parte desses se beneficiavam do Sistema Cooperativista.
As Cooperativas são formadas por trabalhadores que são marginalizados pelo mercado de trabalho. Se recebessem um convite de uma Multinacional com carteira assinada e todas as vantagens celetistas, não estariam procurando uma estratégia para ingressarem ou voltarem ao mercado. É importante ressaltar que as cooperativas prestam relevantes serviços ás pequenas empresas, às prefeituras, que não dispõem de orçamento para contratarem pessoal permanente com a carga previdenciária decorrente, supervisores para a estrutura de pessoal, além da cultura de trabalho que marca o servidor publico deste país, com baixos salários e nenhum estímulo para uma prestação de serviços de excelência. As áreas onde atuam as cooperativas não conflitam com as atividades FIM de empresas, de órgãos públicos, são serviços que podem ser perfeitamente desenvolvidos por trabalhadores autônomos organizados e que, como autônomos, pagam seus tributos e contribuições necessárias a uma aposentadoria. A cooperativa é o “guarda-sol do trabalhador autônomo”, ela se encarrega de fazer o marketing coletivo, de assinar contratos e de organizar o Quadro Social. O governo em vez de combater o Sistema OCB, deveria em cada Estado aliar-se aos Órgãos de Representação, para fortalecer o Sistema e fazê-lo crescer, em paralelo ao conjunto de trabalhadores que encontram espaço no mercado de trabalho mediante o Regime Celetista. A OCEB, Órgão de Representação do trabalhador cooperado na Bahia, vem desenvolvendo esforços para combater a perseguição às cooperativas, fortalecendo suas estruturas operacionais. Criamos o SAAC-Serviço de Análise e Acompanhamento das Cooperativas, através do qual dezenas de cooperativas estão se beneficiando do apoio de advogados e contadores, especializados na lei cooperativista, e que através de Visitas Técnicas para diagnósticos situacionais e exame de Estatutos e Regimentos instrumentalizam o modus operandi, adequando-o à Legislação e Normas vigentes do Sistema. O objetivo é melhorar as posições quando no contexto de devassas perseguidoras do Governo. As inscrições para as Visitas Técnicas continuam abertas a todas as filiadas. O fato é que Sistema Cooperativo tem a marca da Legalidade e quer apenas que suas filiadas ocupem um espaço que lhe é garantido pela Constituição e por Lei especifica, a 5764/71, e tem por objetivo precípuo que os cooperados trabalhem com dignidade, produzam serviços e saiam da informalidade. São eles 15 milhões de pessoas, que hoje estão perigosamente ameaçados pela Lei 7009/06 que tramita no Congresso Nacional. É uma injustiça que seja exatamente nesta Casa, marcada pela corrupção e impunidade, que o destino de milhões de trabalhadores esteja em jogo. É uma verdadeira calamidade pública, que todo cooperado deve tomar conhecimento e fazer de 1º de outubro um dia de reflexão e de decisão. A “Justa Ira” deverá expressar-se neste dia, através do voto consciente do cooperado e de seus familiares. Vejam a lista e decidam. A CPI do eleitor é o voto. Acorda Brasil. Cooperativas de Trabalho Exigem Respeito.

CULTURA PERVERSA CONTRA AS COOPERATIVAS

31 de Marco de 2006

 

CULTURA PERVERSA CONTRA AS COOPERATIVAS

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 31 de março de 2006 00:00 por Alderico Sena 

Não conseguimos entender essa cultura perversa contra as cooperativas no Brasil, nem o que se esconde por detrás das posições de determinados setores, em especial das Delegacias Regionais do Trabalho, do MPT-Ministério Público do Trabalho, da Advocacia Geral da União e de Sindicatos. Os representantes dessas Organizações revelam em seus pronunciamentos um transparente preconceito contra as cooperativas as quais se referem sempre em termos agressivos, como ficou evidenciado em entrevista ao jornal Correio da Bahia, com denuncias vazias tais como: “Empresas usam cooperativas para burlar lei” e “Cooperativas são fraudulentas”, entre outras.. Essas manchetes nos meios de comunicações jamais deveriam ser editadas porque uma “cooperativa” irregular não deve ser usada para nivelar as demais, sem nenhum respeito às cooperativas legalmente constituídas de profissionais com currículos respeitados e que se organizaram em cooperativas ou porque se aposentaram, ou porque é a cooperativa um instrumento que distribui melhor a renda gerada pelo trabalho, não se acumulando nas mãos de um pequeno grupo de capitalistas, ou por motivos outros sempre em prol de uma melhor forma de gerar renda e trabalho para um grupo de no mínimo 20 pessoas. É bom sempre estar lembrando que o Sistema cooperativo é regido por uma Lei especifica, a 5.764 de 16 de dezembro de 1971, que: “Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências”. O Artigo 4º dispõe: “As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades... “ e o artigo 5º estabelece que “As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero de serviço, operação ou atividade, assegurando-se-lhes o direito exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão cooperativa em sua denominação”. A cooperativa requer que seu processo de constituição esteja na forma da legislação vigente para obter autorização de funcionamento e registro em Órgãos Municipal, Estadual e Federal, iniciando pela Junta Comercial, Ministério da Fazenda, Estado/Prefeitura, a depender da Atividade, e finalizando pela Organização das Cooperativas do Estado.
A cultura anticooperativista praticada no Brasil pelos homens que conduzem as coisas públicas é de uma dimensão vergonhosa, tudo para assegurar o regime celetista, ou outros motivos secretos, ou ainda por pura ignorância, sem nenhuma preocupação com aqueles que não tem o privilégio de terem uma carteira assinada. Eles não tem visão de que as atividades Fim de uma empresa não dão mais espaços para contratar dezenas de profissionais para as atividades Meio, sob pena de ver-se fechadas as portas da empresa, sem que complete 6 meses de abertura. Veja-se um hospital, que na realidade o objetivo Fim é disponibilizar estrutura de apartamentos, enfermarias, UTI’s e equipamentos caríssimos para as praticas médica. Um médico isolado jamais poderia dispor de recursos suficientes para tal investimento. Também necessariamente, um hospital não poderá assinar centenas de carteiras de médicos de todas as especializações para atender a clientela. O modelo cooperativo é uma ferramenta moderna que organiza grupos de médicos, enfermeiros, professores, catadores de materiais recicláveis, costureiras, mineradores, contadores, e categorias profissionais outras para prestarem serviços a estas organizações, de grande porte. Se muitas atividades de determinados órgãos públicos contratassem os serviços de uma cooperativa, não haveria tanta ociosidade no setor público, nem estas entidades deveriam tanto a Previdência Social. Utilizar a mão de obra terceirizada é concentrar a renda do trabalho na mão do empresário e muitas vezes são esses empresários que estão por trás dos Órgãos de fiscalização para perseguirem as cooperativas. Esses Setores que perseguem cooperativas estão urgentemente carentes de uma CPI. Falta a ainda a essas instituições denegridoras das cooperativas reciclarem seus conhecimentos e adentrarem à era da modernidade, pois não podemos andar de burro, quando à séculos se inventou a roda. O cooperativismo é instrumento do mundo moderno e tem ampla expansão nos paises da Europa, da América Latina, nos EEUU, no Japão, faltando ser abraçado pela China, talvez porque com tanta mão de obra barata não está precisando de cooperativas modernas e bem administradas para prestarem serviços a grandes empresas do mundo globalizado.Simplesmente é uma questão cultural, de visão e também política. 
O Sistema Cooperativo requer da sociedade um amplo debate sobre os princípios filosóficos, doutrinários e organizativos para que se possa incorporar este modelo econômico/social a nossa conjuntura, especialmente nordestina, para atenuar a os efeitos perversos da globalização e os problemas que o avanço tecnológico provoca nas relações trabalho/capital. Depois de mais de um século de implantação das cooperativas no Brasil, trazidas por alguns idealistas e multiplicadas inicialmente entre imigrantes alemães e italianos, é no inicio do século XXI que o Cooperativismo mostra o forte impacto das grandes transformações que está provocando no sul do País, com o agronegócio e o crédito, e no mundo. Os Poderes Executivos, Legislativos e Judiciários brasileiro estagnaram ao serem subservientes à política sindicalista, em vez de respeitarem os dispositivos constitucionais, como preceitua o artigo 174 § 2 “A lei apoiara e estimulara o cooperativismo e outras formas de associativismo. O governo não honra a Constituição e Leis Orgânicas dos municípios e penaliza as cooperativas com PIS, COFINS, BITRIBUTAÇÃO COM INSS e o ISS, indo assim de encontro o que diz, a C.F, artigo 146, alínea C] “Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas”. Inclusive o Presidente LULA prometeu no dia Internacional do Cooperativismo, na sede da OCB, que iria transformar o Brasil em País cooperativista. Enquanto isto está, através de fiscais dos DRTS e MPTS no Brasil acionando cooperativas e procurando as empresas que contratam seus serviços para fazer ameaças e suspender contratos, o que tem provocado fechamento e desestruturação de muitas cooperativas no País. Esses desserviços dessas instituições só têm elevado o número de desempregados e o crescimento das desigualdades sociais. É lição básica para todos que o Cooperativismo é uma cultura de Inclusão Social e Desenvolvimento. De mãos dadas, poderíamos construir um Brasil mais justo.

BAHIA É REFERÊNCIA NO NORDESTE

17 de Fevereiro de 2006

 

BAHIA É REFERÊNCIA NO NORDESTE

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006 00:00 por Alderico Sena 

O Cooperativismo baiano, nesses últimos anos, tornou-se referência do Sistema no Norte e Nordeste.
A Bahia conquistou essa referência devido aos investimentos da direção da OCEB/SESCOOP, sob o comando do Dr. Orlando Colavolpe, dentre os quais citamos: crescimento no número de cooperativas; geração de trabalho, emprego e melhor distribuição de renda; educação, formação e profissionalização da gestão; inclusão social e permanência do “Homem” em sua região, contribuindo assim para a redução do êxodo rural
As atividades desenvolvidas pela OCEB/SESCOOP-BA, impulsionaram.os diferentes Ramos do Sistema, destacando-se :1. O Ramo Educacional, pioneiro no Brasil na construção de um Projeto Pedagógico Unificado, aprovado pelo Conselho Estadual de Educação em outubro de 2002, representou o ponto alto do trabalho participativo das cooperativas filiadas a OCEB e o esforço para incorporar todas as existentes no Estado, para que também adotem uma linha pedagógica comum, coerente com a filosofia cooperativista e com os resultados sócio-educacionais que os educadores buscam. No decorrer do exercício 2005, foi realizado o X Encontro do Ramo, com elaboração de um Plano de Trabalho para o período 2005/06 destacando-se as s de atualização metodológica das equipes pedagógicas nas diversas áreas do conhecimento, definição de linhas de ação, priorização de estratégias e dimensionamento de s, entre as quais destacamos os cursos de pedagogia da cooperação com ênfase nos jogos cooperativos aplicados à área de educação física nas escolas. 2. O Ramo Crédito, com forte política de desenvolvimento local, enfatizou a capacitação de conselhos administrativos e fiscais, dirigentes e gerenciais, assegurando a otimização da prestação de serviços aos cooperados. O Crédito baiano, com 59 cooperativas, é referência do Sistema nas Regiões Norte e Nordeste. Por intermédio de intercâmbios, o Ramo possibilita uma exitosa experiência com crédito para pequenos e médios agricultores, além de outros beneficiários. 3. O Ramo Mineração, com projeto de formação de uma cooperativa central, pelos mineradores, lapidadores e artesãos minerais, a qual dará sustentação a uma política para as regiões de mineração da Bahia, voltada para a profissionalização da gestão das cooperativas singulares, apoio nas áreas de comercialização e exportação, visando à consolidação do desenvolvimento do segmento. 4. Esforços foram desenvolvidos junto às cooperativas do Ramo Agropecuário, apoiando a revitalização do sistema de produção de leite, como também junto aos projetos do Sistema Pesqueiro, em processo de expansão, especialmente as cooperativas vinculadas ao Comitê Gestor para Desenvolvimento Sustentável de Aqüicultura e Pesca da Costa dos Coqueiros; foi procedida divulgação do avanço tecnológico das cooperativas voltadas para exportação, a exemplo da Cooperativa Agrícola de Juazeiro [CAJ], premiada nacionalmente e internacionalmente. Outros avanços das cooperativas baianas foram apoiados pelo Sistema, especialmente as inovações dos modelos de produção agrícola, a exemplo do inhame, caju, café e farinha de mandioca. 5. Foi continuados o Programa Cooperjovem, com a adesão de diversos municípios, o que propiciou um amplo leque de novas ações de multiplicação de formadores e ampliação do número de escolas envolvidas com o Programa. 6. Foram atendidas as demandas de educação/formação/capacitação de conselhos de administração e fiscais, gerentes e dirigentes das cooperativas filiadas, no contexto do programa de Auto-Gestão do Sistema, registrando-se uma ampla adesão ao programa do SAAC - Serviços de Análise e Acompanhamento de Cooperativas. Gestores, funcionários e associados representando cerca de 200 cooperativas participaram dos cursos e de outros eventos do Sescoop/Ba. No exercício foram 102 eventos, contemplando seminários, encontros, palestras e principalmente cursos de Formação Cooperativista e de Legislação Tributária e Previdências, um dos mais freqüentados por dirigentes e gestores. 7. O Ramo Saúde, com 76 cooperativas, tem destaque em 2005, com a parceria formalizada com o Cremeb, que condiciona a liberação dos alvarás de funcionamento ao registro na OCEB, valorizando o Sistema. 8. Foi formalizada parceria com a Universidade Católica do Salvador [Ucsal] para a realização do I MBA em Gestão de Cooperativas, no Estado, com carga horária de 420 horas. 9. Buscou-se descentralizar as ações do Sistema através da instalação da primeira Delegacia Regional da OCEB no município de Itabuna, tendo sido realizado, com êxito, o I Seminário de Integração das Cooperativas do Litoral Sul Baiano, onde se localiza a representação da OCEB.10. Foi comemorado o trigésimo quinto aniversário da OCEB com a realização de uma sessão especial na Assembléia Legislativa, um evento marcado por um grande número de pessoas, oportunidade em que foi entregue títulos de Cidadão Cooperativista Baiano a personalidades que se destacaram em apoio ao Sistema na Bahia.
Cooperativismo: Inclusão Social e Desenvolvimento.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA COOPERATIVA

16 de Janeiro de 2033

 

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA COOPERATIVA

TRIBUNA DA BAHIA - domingo, 15 de janeiro de 2006 00:00 por Alderico Sena 

A comunicação ocupa espaços cada vez mais importantes nas cooperativas, propiciando possibilidades de fortalecimento das relações internas e externas no mercado.
A comunicação humana é a possibilidade de troca de conhecimento, informações, sentimentos e emoções entre os seres humanos, sendo, portanto, o fundamento da interação entre eles.
A comunicação possui papel fundamental nas organizações cooperativas, principalmente na concretização das diferentes relações entre seus diversos públicos.
Cooperativa é uma sociedade civil de pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica e social de proveito comum, sem objetivos de lucros, não sujeita a falência, não sujeita a falência, com forma e natureza jurídica próprias e constituída para prestar serviços a seus associados.
A dupla proposta, econômica e social, faz com que uma cooperativa seja distinta de outras formas de organização empresarial. A dimensão econômica, enquanto empresa coletiva, proporciona meios adequados para o sustento e o trabalho do associado, segundo critérios de eficiência e racionalidade. A dimensão social, enquanto associação de pessoas, torna o associado sujeito do próprio processo, enquanto participante da tomada de decisões da empresa cooperativa.
Fundamenta-se em valores de auto-ajuda, responsabilidade própria, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. As cooperativas inspiram-se em alguns princípios que norteiam o cooperativismo desde a sua origem e que servem de diretrizes para a prática desses valores.
Entre os princípios e valores, chama-se a atenção para a proposta democrática das cooperativas, fundamentada na participação, tanto no campo político como no social e econômico. O associado deve participar da vida da cooperativa, considerando os vários aspectos que a caracterizam, pois ao mesmo tempo que é dono da empresa é também usuário dos serviços e instalações da mesma.
A cooperação envolve sempre comunicação, como afirmação e reconhecimento de interesses e pontos de vista diversos e como diálogo para a fundamentação de entendimentos em níveis mais altos. E a educação não é senão uma forma de comunicação intencionalmente direcionada para determinados interesses e valores [Marque, 1980, p.33].
As cooperativas necessitam de programas de comunicação que favoreçam a articulação interna e externa de seus públicos e estabeleçam uma dimensão apropriada para os valores e princípios que a perpassam. As ações organizadas devem fazer parte de um programa permanente, com iniciativas avaliadas, pois o monitoramento do processo permite verificar a adequação e os avanços alcançados.
Com o mercado econômico globalizado e o avanço tecnológico, as cooperativas precisam, cada vez mais de eficientes instrumentos de comunicação organizada.
Esses veículos possuem importante papel de informar e educar seus destinatários, renovando e atualizando conceitos, processos produtivos e métodos organizacionais, adequados à realidade cooperativa e de mercado, promovendo o desenvolvimento integral das pessoas e das comunidades humanas.
O modelo democrático das cooperativas sugere instrumentos pelos quais os associados possam expressar-se, colocar suas opiniões e escutar as opiniões dos outros, rompendo com a maneira vertical de fazer comunicação. O associado passa a ter um duplo papel: ora remetente, ora de destinatário das mensagens, enfatizado pelo viés da comunicação ascendente, descendente e horizontal, proporcionando interação, troca e participação.
Partindo-se da idéia de se trabalhar os conceitos e as práticas da educação e da comunicação conjuntamente, pode-se perceber que estes instrumentos podem favorecer aos programas pré-estabelecidos. Após a identificação dos destinatários, escolha do instrumento e a elaboração de textos adequados, esses veículos poderão fornecer condições mais objetivas, econômicas e um retorno mais rápido sobre as iniciativas da cooperativa, que tenham ou não caráter decisório.
Um jornal de cooperativa, uma mensagem na mídia falada e/ou televisada, por exemplo, pode ser identificado como um veículo difusor de informações que busca conscientizar e aprofundar discussões pertinentes ao seu público.
Segundo Franco “A comunicação organizada e a educação voltada para a capacitação do homem são necessidades do cooperativismo moderno”
Por meio da integração da comunicação e da educação, seus conceitos, funções e práticas, pode-se, implementar um processo de educação nas cooperativas, contribuindo para o exercício da cidadania e para a valorização dos seus diversos públicos e, conseqüentemente, fortalecendo a cooperativa e o sistema.
Este século é “Tempo de avaliar estruturas e pessoas; tempo de idealizar, de articular em rede; tempo de avaliar ambientes, montar estratégias; tempo, de gerar informações, de liderar, de administrar, de fazer o essencial; tempo de buscar qualidade”. Quem não tem competência não se estabelece

CRIANÇAS CLAMAM

18 de Dezembro de 2005

 

 

CRIANÇAS CLAMAM

TRIBUNA DA BAHIA - domingo, 18 de dezembro de 2005 00:00 por Alderico Sena 

O que esperamos de um milhão de crianças desamparadas pelas ruas das grandes cidades do País?! 
Alertamos os Cidadãos, as autoridades dos Três Poderes, os empresários e, em especial, a juventude. O momento é de reflexão e ação. Querer mudar é Poder. Já paramos para analisar a palavra “liberdade”?!. Temos liberdade? Em especial, nossos filhos têm liberdade? Quando um filho está na rua, pais dormem? Onde está a paz, a tranqüilidade e a felicidade das pessoas se o “direito de ir e vir” não é honrado pelas autoridades?!. Desde quando a segurança está insegura?. Se não olharmos para as desigualdades sociais, brevemente não entraremos em supermercado e não sairemos de casa. Precisamos aprender a servir ao próximo e não a se servir do próximo, para diminuirmos a miséria, a fome, a pobreza e a revolta dos menos favorecidos e desprotegidos.
É grande o número de crianças pelas ruas, cheirando cola, fazendo malabarismo nas sinaleiras e praticando delitos, sem se considerar também os menores filhos de pais paupérrimos que ficam à mercê de ajudas e de aproveitadores que traficam drogas e tantos outros costumes maléficos para a criança e para a sociedade. Os governantes do País precisam desenvolver ações concretas para transformar essa situação, bastante delicada e espinhosa. Precisamos deixar para trás a politicagem e os interesses individuais e pensar mais nas políticas sociais, porque o problema maior do Brasil não é o econômico, e sim, o social. São muitos com poucos recursos e poucos com muitos recursos, a exemplo dos lucros fantásticos dos bancos. Por que o Congresso Nacional não regulamenta a contribuição sobre as grandes fortunas, estabelecida no artigo 153, alínea VII, da Constituição Federal, para atender às instituições específicas de ensino e de aprendizagem como, por exemplo: a filosofia e o aprendizado do Escoteiro, das Bandeirantes, do Liceu de Artes e Ofícios e de tantas outras instituições que desenvolvem atividades sociais?!
Num parêntese, cabe-me dizer quão significativa é para mim a experiência como aluno que fui do Liceu de Artes e Ofícios. 
É evidente que o governo precisa também investir no esporte amador, abrindo as escolas públicas, bem como os quartéis das forças armadas e militares para que essas crianças tenham acesso à educação, religião, ao lazer, pratiquem o futebol de campo, de salão, tênis, basquete, vôlei, tênis de mesa, dominó, dama, xadrez, natação, atletismo, judô, caratê, capoeira e outras atividades educativas, com o apoio voluntário do pessoal da reserva, aposentados e outros segmentos da sociedade organizada, promovendo torneios e campeonatos para integrar e socializar essas crianças. 
Outra proposta que os governantes, os políticos e o poder judiciário precisam reavaliar e aprovar o mais rápido possível é a inclusão social dos jovens no mercado de trabalho, como no passado, onde a juventude a partir dos 14 anos de idade trabalhava como office boy, contínuo, mensageiro, nas instituições públicas, privadas e outras entidades, como também nas padarias, armazéns, mercados e nas diversas modalidades de oficinas para aprenderem uma arte e um oficio, a exemplo de mecânica, chapista, pintor, mercearia, marcenaria. São milhares de pequenos e médios empresários, em especial, lojistas e de oficinas que querem abrir espaços para a inclusão dessas crianças no aprendizado técnico-profissional, no mercado de trabalho, mas estão impedidos devido a uma CLT obsoleta e com as implicações do Estatuto da Criança. Não sou apologista do trabalho infantil, mas as aptidões profissionais começam na infância e não devem ser tolhidas e sim alimentadas. 
O Cooperativismo é um instrumento adequado para o governo implementar o Programa COOPERJOVEM nas escolas, a fim de que nossas crianças, já a partir dos três anos, aprendam a filosofia da cooperação, da ajuda mútua, da solidariedade, e reconheçam o próximo como irmão, sem qualquer discriminação, nem humilhação. São pequenas ações e iniciativa política dos Poderes em prol dos interesses coletivos e sociais que fazem a diferença e combatem as desigualdades sociais para com os nossos compatriotas.
As instituições governamentais e não-governamentais precisam desenvolver ações sociais e não politicagens sociais, priorizando educação e as grandes potências culturais das regiões do País para levantar a auto-estima das pessoas e devolver a dignidade do HOMEM.
Senhor Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e representantes políticos do povo brasileiro, nossas crianças clamam por uma iniciativa e vontade política de Vossas Excelências para que possam ser cidadãos com dignidade, com auto-estima elevada, servindo ao próximo e ao BRASIL, com amor. Este é nosso sonho. É preciso fazer valer este sonho!... Acreditamos!

Cooperativismo é a solução

01/03/16

Publicado no Jornal Noticia Livre

 

A crise moral, política, econômica e social predominante no Brasil, são fatores do 

elevado grau de desemprego. Emprego acabou cooperativismo é a solução. O 

cenário do Século XXI é do conhecimento, da ousadia, do empreendedorismo e do 

profissionalismo. O problema é que a maioria não quer perceber essa realidade.

Assim como ocorre com relação entre o senhor e escravo, também se tornou 

obsoleta a relação entre patrão e empregado, ou entre chefe e subordinado, que 

caracterizou a Era Industrial.  Para sobreviver, o homem agrupou-se em pequenas 

tribos e, a partir daí, percebeu que ao fazer as coisas em conjunto conseguia 

melhores resultados pelos seus esforços.

Desde o inicio, ainda no tempo das cavernas e da caça, onde homens e mulheres 

viveram cerca de 30 mil anos, a cooperação era à base do desenvolvimento da 

humanidade. Com a convivência a comunicação se expandiu facilitando a realização 

de tarefas como se alimentar, se proteger do frio e dos ataques dos animais 

selvagens. As pessoas aprenderam a caçar com armas feitas de pedras, bem como 

a dominar o fogo e a cozinhar.  

A força associativa entre os homens demonstrou-se cada vez mais transformadora. 

Primeiramente construíram casas de barro, que deram lugar a lugarejos e, mais 

tarde, cidades – as pirâmides erguidas no Egito, cerca de seis mil anos atrás, 

simbolizam esse poder do trabalho coletivo que move o homem através dos 

tempos.

Neste percurso, até hoje por lutas e guerras, os povos acumularam conhecimento, 

poder e riqueza. Em suas singulares civilizações homens e mulheres mantiveram 

uma conduta comum: organizaram-se para viver coletivamente, seguindo normas e 

desenvolvendo suas relações sociais, produtivas e culturais tanto dentro do seu 

próprio território como com as outras nações do planeta.

Para intermediar essas relações foi criado o Estado, que tem como principal 

finalidade regular o convívio social a partir das leis existentes, contribuindo assim, 

para a realização dos interesses da maioria.

Nesse processo, determinado por vários fatores, as sociedades evoluíram de forma 

diferenciada, o que faz com que países desenvolvidos e outros, a maioria, 

subdesenvolvidos. Essas características são indicadas pelas condições de vida da 

população, sua participação na gestão política do país, nas atividades produtivas e 

no usufruto de suas riquezas.

A prosperidade de uma nação tem relação com o nível de educação de seu povo, 

que, ao conhecer suas chances e oportunidades de participação, se organiza para 

viver numa sociedade que garanta a todos o direito à vida, à liberdade e à 

prosperidade.

A vida de cada pessoa inegavelmente faz parte dessa evolução. É importante 

perceber, como resultado da história a nossa própria trajetória, onde as relações 

com a família, amigos e vizinhos acontecem. Precisamos estar atentos e vigilantes 

no mundo que nos cerca e exercitar o sentimento de pertencer à sociedade, 

optando como dela participar e o que nela desejamos modificar.

A sociedade organizada tem o poder de transformar-se mediante as decisões e 

ações de seus membros, essa é a dinâmica para superar seus limites. A 

organização das pessoas, sua união para solucionar necessidades comuns e 

conseguir melhores condições de vida, determina o desenvolvimento de uma 

nação. Nesse sentido, vários são os exemplos em que o cooperativismo permitiu a 

conquista de direitos sociais, culturais, econômicos e políticos.

Essa evolução social com organização e participação, juridicamente estabelecido 

pela Lei 5764/71, pode conquistar empreendimentos para uma sociedade onde 

direitos e deveres caminharão juntos democraticamente sem patrão. Emprego 

acabou! Cooperativismo é a solução.

O cooperativismo é a ferramenta adequada para geração do trabalho, da renda, da 

produtividade, do aumento de arrecadação de tributos para os municípios, estados 

e União e para a permanência do homem na sua região.

As empresas não mais necessitam de grandes exércitos de mão-de-obra braçal, 

animalizada pelo trabalho repetitivo. Tampouco podem conviver com a ociosidade, 

pois o ócio é uma forma ainda pior de animalização do Ser Humano.

As empresas necessitam de pequenas Equipes eficazes, contributivas, flexíveis e 

ágeis, constituídas por pessoas capacitadas a atuar no local e no momento certo, 

em busca de o que é importante e do que faz diferença para o Cliente.    

A verdade é que o “Coronel da indústria” e o “Trabalhador braçal” deixaram de ser 

os principais protagonistas da Economia, ambos cederam lugar a pessoa de 

conhecimento. A Pessoa de conhecimento é aquela que domina um ou mais campos 

de saber e que se comporta como Empresário de seu próprio intelecto.

O futuro do Brasil passa pelo cooperativismo com a evolução social, organização e 

participação do cidadão. O movimento cooperativista teve inicio na Inglaterra, no 

século XIX na Revolução Industrial em 1844. Emprego acabou! Cooperativismo é a 

solução.

ALDERICO SENA- ESPECIALISTA EM GESTÃO DE PESSOAS E EX-

SUPERINTENDENTE DA OCEB- ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS E DO 

SESCOOP- SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO 

DO ESTADO DA BAHIA

Breve Histórico do Cooperativismo

30 de novembro de 2015

 

Publicado: Noticia Livre -  Alderico Sena

 

O Movimento cooperativista teve inicio na Inglaterra, no século XIX, em pleno regime de economia liberal, como resultado da intensificação da luta dos Trabalhadores influenciados pelo movimento cartista. Mais precisamente em 1844, quando 28 tecelões de Rochdale uniram-se e constituíram uma Cooperativa de consumo, denominada Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale (Rochdale Society of Equitable Pioneers). Com o passar dos anos, mais pessoas foram aderindo e a noção de cooperativismo foi se adaptando aos novos tempos. A essência, no entanto, continua a mesma.

 

A Europa inteira começava a se enfeitar de fábricas. Que maravilhosa invenção aquela, em que o produto final dependia da sinergia do trabalho de cada um. Foi nesse ambiente que nasceu a “Cooperação”, escrita com hífen, àquela época. A Co-operação foi à resposta de uma pequena e sofrida sociedade ante a opressão do capitalismo nascente. Os primeiros vinte e oito membros da Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale têm a fama universal pela importância da obra que realizaram e pelo progresso maravilhoso da cooperação por eles estabelecida.

Por que formar Cooperativas? É comum, nas mais diversas atividades econômicas, as pessoas aderirem a maneiras de agir que possibilitem benefício a todos. Isso se verifica principalmente na produção rural, no consumo, na prestação de serviços, bem como em outros meios que proporcionem o desenvolvimento do ser humano, das famílias e das comunidades onde vivam.

A união de pessoas objetivando a melhoria de todo o crescimento de cada um, o alcance de maiores resultados, o aumento e a melhor distribuição de renda, o desenvolvimento da criatividade, a afirmação dos mesmos interesses e das mesmas dificuldades, caracterizam a cooperativa. Uma forma que se pauta em valores morais e educativos, centrada na concepção de cada pessoa como ser livre, soberano e capaz de realizar o desenvolvimento de cada um e da própria comunidade.

 

Como Formar Cooperativas? Para a formação de uma cooperativa, é necessário que as pessoas interessadas estejam conscientes do empreendimento que pretendem. Cada participante deve identificar as formas mais adequadas de funcionamento da cooperativa, das determinações legais e, enfim, de todas as características que garantam a condução das ações, da maneira mais harmoniosa possível.

Como Conduzir Uma Cooperativa? Constituída a sociedade cooperativa, os cooperados realizam a Assembléia Geral, de onde emanam as decisões na condução de toda e qualquer ação. É também a Assembléia Geral, com base nas disposições estatutárias (Estatuto Social), que dá suporte aos demais órgãos: Diretória, Conselhos Administração, Fiscal e de Ética Por delegação, devem administrar a sociedade, responsabilizando-se pela formação do capital, conservação do patrimônio, direção dos negócios, administração dos serviços prestados e representação de toda a sociedade para preservação dos mais diversos interesses.

Qual a Função do Cooperado? Na função de dono e usuário da sociedade, o cooperado, além de responsável pela execução de todos os atos e conservação dos objetivos estabelecidos, precisa definir claramente como devem ser prestados os serviços que ele se destinam. O cooperado, organizado em comitês, conselhos, núcleos ou comissões, deve contribuir da melhor da melhor maneira possível em favor daqueles que receberam a incumbência da administração da empresa, para que todas as decisões sejam corretas e representativas da vontade da maioria.

Todos devem agir em condições de decisão para que a cooperativa mantenha os serviços necessários, dentro de um eficiente sistema de controle interno e de comunicação.

O que é Cooperar? Deriva etimologicamente da palavra latina “Cooperari”, formada por “cum” (com) e “operari” (trabalhar), e significa agir simultânea ou coletivamente com outros para um mesmo fim, ou seja, trabalhar em comum para o êxito de um mesmo propósito.

O que é Cooperação? Método de ação pelo qual indivíduos ou famílias com interesses comuns constituem um empreendimento. Neste, os direitos de todos são iguais e o resultado alcançado é repartido somente entre os integrantes, na proporção da participação societária nas atividades.

O que é Cooperativismo? É uma doutrina, um sistema, um movimento ou simplesmente uma atitude ou disposição que considera as cooperativas como uma forma ideal de organização das atividades sócio-econômicas da humanidade.

O que é Cooperado? Cooperado é o produtor rural, o trabalhador urbano, dentre outros profissionais, de qualquer atividade sócio-econômica, que se associa para participar ativamente de uma cooperativa, cumprindo com os seus deveres e observando os seus direitos.

O que é Cooperativa? Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, organizada economicamente e de forma democrática, com a participação livre de todos os que têm idênticas necessidades e interesses, com igualdade de deveres e direitos para a execução de quaisquer atividades, operações ou serviços.

Valores do Cooperativismo – As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.

Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Ex-Superintendente do SESCOOP-Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo da Bahia e da OCEB – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia.

COOPERATIVISMO INSTRUMENTO EDUCACIONAL PARA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

27 de Agosto de 2011

 

COOPERATIVISMO INSTRUMENTO EDUCACIONAL PARA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 27 de agosto de 2011 00:00 por Alderico Sena 

Cooperativismo Instrumento Educacional Para Organização Social

Face, a Regulamentação da Lei nº 11.362, de 26 de janeiro de 2009, que instituiu a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, pelo Decreto nº 13.148 de 08 de agosto de 2011, repassamos para a sociedade, especialmente para os estudantes e professores informações e conhecimentos sobre os princípios e valores do Cooperativismo. 
Por que formar Cooperativas? É comum, nas mais diversas atividades econômicas, as pessoas aderirem a maneiras de agir que possibilitem benefício a todos. Isso se verifica principalmente na produção rural, no consumo, na prestação de serviços, bem como em outros meios que proporcionem o desenvolvimento do ser humano, das famílias e das comunidades onde vivam.
A união de pessoas objetivando a melhoria de todo o crescimento de cada um, o alcance de maiores resultados, o aumento e a melhor distribuição de renda, o desenvolvimento da criatividade, a afirmação dos mesmos interesses e das mesmas dificuldades, caracterizam a cooperativa. Uma forma que se pauta em valores morais e educativos, centrada na concepção de cada pessoa como ser livre, soberano e capaz de realizar o desenvolvimento de cada um e da própria comunidade.
Como Formar Cooperativas? Para a formação de uma cooperativa, é necessário que as pessoas interessadas estejam conscientes do empreendimento que pretendem. Cada participante deve identificar as formas mais adequadas de funcionamento da cooperativa, das determinações legais e, enfim, de todas as características que garantam a condução das ações, da maneira mais harmoniosa possível.
Como Conduzir Uma Cooperativa? Constituída a sociedade cooperativa, os cooperados realizam a Assembléia Geral, de onde emanam as decisões na condução de toda e qualquer ação. É também a Assembléia Geral, com base nas disposições estatutárias [Estatuto Social], que dá suporte aos demais órgãos: Diretória, Conselhos Administração, Fiscal e de Ética Por delegação, devem administrar a sociedade, responsabilizando-se pela formação do capital, conservação do patrimônio, direção dos negócios, administração dos serviços prestados e representação de toda a sociedade para preservação dos mais diversos interesses.
Qual a Função do Cooperado? Na função de dono e usuário da sociedade, o cooperado, além de responsável pela execução de todos os atos e conservação dos objetivos estabelecidos, precisa definir claramente como devem ser prestados os serviços que ele se destinam. O cooperado, organizado em comitês, conselhos, núcleos ou comissões, deve contribuir da melhor da melhor maneira possível em favor daqueles que receberam a incumbência da administração da empresa, para que todas as decisões sejam corretas e representativas da vontade da maioria.
Todos devem agir em condições de decisão para que a cooperativa mantenha os serviços necessários, dentro de um eficiente sistema de controle interno e de comunicação.

O que é Cooperar? Deriva etimologicamente da palavra latina “Cooperari”, formada por “cum” [com] e “operari” [trabalhar], e significa agir simultânea ou coletivamente com outros para um mesmo fim, ou seja, trabalhar em comum para o êxito de um mesmo propósito.
O que é Cooperação? Método de ação pelo qual indivíduos ou famílias com interesses comuns constituem um empreendimento. Neste, os direitos de todos são iguais e o resultado alcançado é repartido somente entre os integrantes, na proporção da participação societária nas atividades.
O que é Cooperativismo? É uma doutrina, um sistema, um movimento ou simplesmente uma atitude ou disposição que considera as cooperativas como uma forma ideal de organização das atividades sócio-econômicas da humanidade.
O que é Cooperado? Cooperado é o produtor rural, o trabalhador urbano, dentre outros profissionais, de qualquer atividade sócio-econômica, que se associa para participar ativamente de uma cooperativa, cumprindo com os seus deveres e observando os seus direitos.
O que é Cooperativa? Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, organizada economicamente e de forma democrática, com a participação livre de todos os que têm idênticas necessidades e interesses, com igualdade de deveres e direitos para a execução de quaisquer atividades, operações ou serviços.
Valores do Cooperativismo – As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.

Alderico Sena
Ex-Superintendente do Sistema Cooperativo do Estado da Bahia, Consultor Organizacional do Terceiro Setor/Associativismo e Presidente do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT-Bahia

COOPERATIVISMO NAS ESCOLAS

01 de Julho de 2011

Cooperativismo nas Escolas

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 1 de julho de 2011 00:00 por Alderico Sena 

COOPERATIVISMO NAS ESCOLAS
Um sonho da união de objetivos que se tornou uma realidade universal. No início eles eram poucos, apenas 28 tecelões – entre eles, uma única mulher. Oprimidos pelo modelo concentrador de renda e pelos efeitos perversos da revolução industrial viviam em ambiente de miséria e de injustiça social, em Rochdale, na Inglaterra. Apesar de tudo, não desanimaram. Resolveram se reunir e combater a adversidade com a força da união era véspera de Natal de 1844. Mal sabiam que daquele feliz encontro nasceria um grandioso empreendimento para a humanidade: O Cooperativismo.
Hoje, em pleno Século XXI, os ideais daqueles 28 corajosos trabalhadores tecelões são defendidos e compartilhados por mais de 900 milhões de pessoas em todo o planeta. No Brasil ainda somos poucos, apenas sete milhões.
Sem dúvida, os pioneiros de Rochdale souberam superar as dificuldades e deram as suas contribuições às futuras gerações, entre as quais hoje nos inserimos. Com atitude e comportamento proporcionaram condições dignas de acesso à saúde, à educação, à agricultura, ao crédito, à habitação, ao consumo, ao trabalho e a renda, entre outras formas de união, fruto da organização social. E nós cidadãos, devemos estar à altura de sermos herdeiros e beneficiários de tão grandioso patrimônio.
O momento é de reflexão e de questionamentos, não podemos deixar de indagar: e nós, o que estamos fazendo pelos nossos jovens e pelas futuras gerações? Hoje, no Brasil, somos sete milhões, mas quantos seremos em 2030? Investir em educação, formação e capacitação cooperativista são os instrumentos que nos permitirá a construir uma sociedade e um Brasil mais justo, mais solidário e democrático, independentemente do cooperativismo ser a melhor opção para a realização de uma melhor distribuição de renda.
O governo precisa aplicar a disciplina educação associativa nas escolas de 1º e 2º Graus, através do cooperativismo, cumprindo assim, o que rege na Constituição Federativa do Brasil, em seu artigo 174 $ 2º “A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas do associativismo” e na Constituição do Estado da Bahia, está escrito no ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ARTIGO 49º. “Fica criada, a partir do primeiro e segundo graus, matéria sobre educação associativa, visando a dotar os alunos e futuros profissionais de conhecimento sobre cooperativismo, cuja implantação deve ser feita no inicio do ano letivo, após a promulgação desta Constituição”. Faz vinte e três anos que a CARTA MAGNA foi promulgada e até então não cumpriram e não investiram na educação associativa das nossas crianças. 
Quando é que a educação será prioridade no Brasil? Globalização, competitividade e alternativas de geração de emprego são realidades, muito próxima dos jovens. A apresentação de alternativas é mais do que uma necessidade. É um compromisso que deve ser assumido pelas lideranças cooperativistas, políticos e autoridades, no sentido de dar às futuras gerações opções de trabalho e inserção no mercado, de forma coordenada e, preferencialmente, compartilhada e solidária.
Para transformar o comportamento e a atitude do ser humano é necessário que o governo tenha coragem e vontade política para inserir na grade escolar educação associativa, através dos princípios filosóficos e doutrinários do cooperativismo nas escolas de primeiro e segundo graus, considerando que a sociedade tornou-se desumana, individualista, egoísta e tantos outros adjetivos de irracionalidade e de violência e só com o cooperativismo nas escolas podemos ainda ter esperança de construir uma sociedade mais fraterna, solidária, humana, digna, ética e feliz, traduzindo na filosofia da PAZ.
Senhores, Ministro da Educação, Governadores, Partidos Políticos e Parlamentares, vamos juntos defender esta cultura associativa para formar e capacitar jovens estudantes do primeiro e segundo graus, apresentando-lhes o Cooperativismo como uma alternativa de encaminhamento futuro, na vida profissional e pessoal, contribuindo dessa forma para a expansão do sistema nas mais diferentes áreas econômicas e sociais, objetivando a estimular as seguintes potencialidades: a cooperação desde a infância; identificar lideranças; formar multiplicadores da doutrina e da filosofia cooperativista; criar alternativas de trabalho e inserção no mercado de trabalho; estimular a solidariedade; internalizar a cultura cooperativista com a introdução dos jovens em seu meio; e incentivar o intercâmbio de conhecimentos dos Pioneiros de Rochdale com a disciplina Cooperativismo nas Escolas.

Alderico Sena
Presidente do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT da Bahia

A SITUAÇÃO DA PESSOA IDOSA NO BRASIL

11 de Marco de 2011

 

A Situação do Idoso no Brasil

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 11 de março de 2011 00:00 por Alderico Sena 

A SITUAÇÃO DA PESSOA IDOSA NO BRASIL

O tratamento que é dado aos aposentados de um modo geral nem sempre condiz com o que esta escrita na Constituição Federativa do Brasil, Estatuto do Idoso e na Lei Federal 8.842 de 1994, que estabelece a Política Nacional do Idoso.
Governantes, Políticos, Magistrados e demais autoridades deste País precisam entender que o desenvolvimento conquistado pelo Brasil nestes 511 anos deve-se ao cumprimento dos deveres cívicos pelos profissionais aposentados nas causas do País. O que o Brasil lhes deve é só direitos por ter cumprido todas as obrigações previdenciárias da época e por ser um Patrimônio Histórico do País.
É triste quando os aposentados não procuram se organizar politicamente para ser um segmento forte, independente e respeitado, como os aposentados dos Estados Unidos, Argentina, Itália, França, Alemanha, Espanha e tantos outros países. Os aposentados no Brasil precisam liderar e comandar os movimentos sociais iniciando pela família para transformar as mudanças culturais, educacionais e políticas da nossa sociedade. 
Os aposentados devem liderar o movimento pela Reforma Política com financiamento público de campanha que, por sua importância básica, deveria ser a primeira das reformas, porque é na área do governo que se decidem os destinos do País e as condições de vida da população. Essa verdade está clarificada na conhecida observação de BRECHT:
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, da farinha, do aluguel, do sapato, e do remédio dependem das decisões políticas”.
Nosso sistema de decisões políticas apresenta alguns defeitos fundamentais, que vêm de longa tradição autoritária, centralizadora e elitista. São eles: a centralização unipessoal do poder; o sistema eleitoral defeituoso; a má organização partidária e o número elevado de partidos políticos; além da desproporcionalidade da representação política dos Estados na Câmara de Deputados. 
Lendo na Imprensa a mensagem critica de despedida do Jogador Ronaldo fenômeno do Corinthians uma pura realidade do futebol que disse: “Na opinião dele, os boleiros que encerram a carreira deveriam receber aposentadoria.” Vcs acham justo isso?”Após respostas negativas, o ex-atacante afirmou que a reclamação não é por sua parte, mas pelos jogadores de menor calibre.” Não falava por mim não! Mas vc sabe que 93%, dos jogadores no Brasil ganham salário mínino?”“. E um jogador de futebol também não é profissional?
O aposentado e o eleitor precisam entender que após a Constituição de 1988, o representante da cidadania, a escolha é do eleitor e que o destino do homem está nas mãos do homem, lógico se não aplicarmos a consciência política não podemos ter bons políticos para desenvolverem a política pelo povo e para o povo para a Ordem e o Progresso do Brasil.
Aposentados, quem não é filho neto de um aposentado e quem não será um aposentado amanhã? Então vamos assumir a liderança na família e vamos também unidos lutar pelos mesmos objetivos e ideais, visando inclusive um Brasil melhor para as gerações que virão. Afinal, somos ou não somos as lideranças das nossas famílias?
Como Presidente do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT – Partido Democrático Trabalhista da Bahia, convocamos todos os aposentados e pensionistas para se filiarem ao PDT, no sentido de organizar e fortalecer politicamente a categoria. Aqueles aposentados interessados poderão procurar a Sede do PDT, na Mouraria, nº 50, Nazaré em frente ao Quartel General do Exercito. ´
Aposentados, constitucionalmente temos três Poderes, o executivo, o legislativo e o judiciário, mais o QUARTO PODER DESTE IMENSO BRASIL, são os aposentados sem sombra de duvidas, deste quando tivermos organizados e unidos, iguais os Três Mosqueteiros. Pensem Nisso!

Alderico Sena – www.aldericosena.com.br
Presidente do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT- Partido Democrático Trabalhista

PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO DAS COOPERATIVAS

19 de Novembro de 2010

 

Profissionalização da Gestão das Cooperativas

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 19 de novembro de 2010 00:00 por Alderico Sena 

PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO DAS COOPERATIVAS
O crescimento das cooperativas no Brasil, ante as exigências econômicas e sociais do mundo globalizado, passa necessariamente pela busca de novos modelos de gestão, na tentativa de ajustar suas estruturas à realidade. As cooperativas se veem forçadas à evolução, assim como as demais organizações, no que diz respeito às suas atividades, à interface tecnológica, à gestão, à complexidade da estrutura organizacional e no que diz respeito aos relacionamentos com pessoas e instituições.
Forçadas pelas mudanças dramáticas nas configurações dos mercados, as cooperativas estão migrando de um comportamento defensivo, característico do cooperativismo das três ultimas décadas, para uma atuação mais agressiva. A cooperativa é uma organização que, estando inserida neste ambiente complexo e sistêmico, não está isenta das interferências e incertezas do mercado. É preciso, pois se preparar para ter sucesso empresarial neste ambiente.
Desta forma, tanto a direção quanto a gestão cooperativa passaram a requerer um maior grau de profissionalização e, portanto, investimento na qualificação de seus associados-administradores, na contratação de profissionais no mercado de trabalho e na absorção de tecnologias e conhecimentos administrativos diferenciados.
Para as cooperativas, profissionalizar a direção e a gestão implica deflagrar um processo de mudanças planejadas, capaz de alterar conceitos, estratégias e ações em paradigmas de direção e gestão estruturados para enfrentar os novos desafios. A intenção é dotar as cooperativas de grande capacidade de gestão e interação com o ambiente por meio de novas formas de organizar e de processos de gestão estratégica.
Pelo menos dois aspectos são importantes quando se discute a profissionalização no cooperativismo. O primeiro refere-se à profissionalização da direção da cooperativa. A complexidade da gestão de negócios nos mercados contemporâneos passa a exigir dos dirigentes eleitos nas cooperativas uma grande capacidade decisória, por sua vez, dependente de um volume de conhecimento especializado em administração e economia empresarial. Existem aspectos técnicos, econômicos, financeiros, legais, jurídicos, tributários, organizacionais, históricos, políticos e culturais que devem ser identificados, conhecidos e levados em conta para que sejam concretizadas as atividades empresariais da cooperativa. Nestas circunstâncias, os dirigentes necessitam aprimorar seus conhecimentos técnicos de gestão empresarial, o que é fundamental para o estabelecimento das políticas, dos objetivos e resultados desejados pela comunidade associada. É necessário ressaltar que, além de conhecer o contexto ambiental no qual a cooperativa atua, os dirigentes devem estar conscientes de que precisam conhecer a si próprios para poder enfrentar com sucesso os desafios que têm pela frente, especialmente com a técnica economista, Presidenta Dilma Rosseff, no governo.
O segundo aspecto, intimamente relacionado ao primeiro, refere-se à necessidade de contratação de profissionais técnicos, especialistas nas matérias relacionadas à gestão empresarial de negócios. Em conformidade com o volume e a complexidade dos negócios e as condições financeiras da cooperativa, a diretoria deve contratar pessoal externo à mesma para gerenciar áreas de trabalho que exijam conhecimentos especializados ou habilidades técnicas comprovadas – diretores técnicos, superintendentes, gerentes. . . A função desses profissionais é oferecer suporte decisório aos dirigentes para o estabelecimento e a coordenação das políticas e o alcance dos objetivos da cooperativa. Cabe a esses profissionais a gestão técnica das atividades decididas pelos dirigentes, definindo quando, e como, estas atividades serão executadas.
Dessa forma, falar de profissionalização nas cooperativas implica discutir o papel de dirigentes e dos gerentes técnicos. Aqueles possuem o poder de mando, derivado do controle da relação patrimonial que mantêm com a cooperativa: são os proprietários da empresa. Os gerentes possuem o poder de coordenação técnica, derivado do conhecimento especializado, decorrente da sua formação profissional. Propriedade [direção] e controle [gestão] interagem nos modernos cenários de profissionalização da administração das cooperativas.
A estabilidade do controle da gestão adquire relevância quando se constata que, nos empreendimentos modernos, é necessário que haja continuidade do comando diretivo. As bases de competitividade empresarial cooperativa não são sustentáveis sem um mínimo de continuidade nas atividades diretivas e gerenciais.
O futuro de uma organização cooperativa somente pode ser assegurado por meio do desenvolvimento de concepções e modelos gerenciais em referência aos quais devem ser conduzidas as suas políticas e s. Profissionalizar a direção e ampliar os espaços de poder decisório da gestão constituem o fundamento da nova concepção administrativa dos negócios cooperativos, em observância ao mercado globalizado e ao novo modelo de gestão do governo Dilma Rosseff, que será mais técnico do que político.

Alderico Sena- Bacharel em Teologia, Sociedade e Política, Especialização em Cooperativismo, Pós-Graduando em Gestão de Pessoas e Ex-Superintendente da OCEB- Organização das Cooperativas e do SESCOOP- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo da Bahia

CARTA DE AGRADECIMENTO

02 de Agosto de 2010

 

 

CARTA DE AGRADECIMENTO

- segunda-feira, 2 de agosto de 2010 00:00 por Alderico Sena 

Prezado [s] Senhor [as],

Ao se encerrar hoje o período de treze anos e oito meses, durante o qual estive à frente da Superintendência da OCEB – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia, quando encontrei uma Organização com apenas três cooperativas registradas. Em 1999, com a criação do SESCOOP/BA – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia, exerci também, até o presente, a Superintendência cumprindo as minhas missões e os desafios para revitalizar o Sistema Cooperativo da Bahia e assim contribuir para a geração de trabalho, emprego e renda para milhares de cidadãos, cumpro o dever de me dirigir às instituições públicas, privadas, cooperativas, associados, empregados de cooperativas e seus familiares, bem como aos dirigentes e aos colaboradores do Sistema, aos meios de comunicação para expressar o meu reconhecimento e a minha gratidão pela atenção e cordialidade com que fui sempre distinguido.

O exercício da função de Superintendente constituiu-se, para mim, numa experiência bastante rica, que me permitiu uma convivência salutar e gratificante com a família “Cooperativista”. Recebi, ao longo deste período, contribuições bastantes significativas para a minha formação, tanto no plano profissional como no plano pessoal, que exigiram de mim esta manifestação de agradecimento.

De uma coisa tenho certeza de que as minhas convicções e histórias, como cidadão, são intocáveis, no Sistema e em outras instituições por onde passei. Para revitalizar o Sistema, sei que incomodei, mas “Combati o Bom Combate, Completei a Carreira e Guardei a Fé” na geração de trabalho e renda para milhares de cidadãos. Esse sempre foi e sempre será o meu FOCO, o COLETIVO. Esta foi a minha missão, e foi cumprida, com dignidade e isenção, nestes treze anos de dedicação, amor e comprometimento para com o Sistema Cooperativo Baiano e Brasileiro. 

Não tenho dúvidas de que a OCEB/SESCOOP continuará trilhando o seu caminho, no sentido de cada vez mais contribuir para o desenvolvimento do Cooperativismo no Estado da Bahia e no Brasil. Tenho convicção de que, do trabalho conjunto da Diretória recém-eleita, com os demais companheiros da família “Cooperativista”, resultará uma OCEB/SESCOOP cada vez mais fortificada, para o crescente orgulho de todos nós.

Cordialmente, sou muito grato, pela compreensão e apoio que sempre recebi de todos.

COOPERATIVISMO INSTRUMENTO PARA A INCLUSÃO SOCIAL

04 de Julho de 2010

 

COOPERATIVISMO INSTRUMENTO PARA A INCLUSÃO SOCIAL

TRIBUNA DA BAHIA - domingo, 4 de julho de 2010 00:00 por Alderico Sena 

A primeira empresa cooperativa foi constituída em 1844 pelos pioneiros de Rochdale. O grupo formado por 27 tecelões e [uma tecelã], proveniente de indústria de tecelagem e sapateiro, subscreveu um capital inicial de uma libra inglesa e iniciou o empreendimento coletivo a nível mundial.
Esses empreendedores aplicaram as melhores idéias desenvolvidas na história do cooperativismo na condução de políticas e estratégias administrativas e operacionais as quais são utilizadas ao longo desses 166 anos e foram transformadas em princípios cooperativistas que identificam as diferenças entre a empresa capitalista e a empresa cooperativa.
Na empresa cooperativa, os usuários são os associados que utilizam seus serviços e dela se beneficiam.
Cooperativa é uma associação de pessoas que se juntam, voluntariamente, para usufruir aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais, gerida democraticamente, através dos associados.
As cooperativas têm como base valores de ajuda mútua, democracia, igualdade, equidade, fidelidade e solidariedade. Com base nos princípios dos pioneiros de Rochdale os valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social, disciplina, comprometimento e profissionalismo são fatores básicos para o sucesso de um empreendimento cooperativo.
Quando o ilustre mestre e líder maior do sistema cooperativo brasileiro, Roberto Rodrigues conduzia a ACI – Aliança Cooperativa Internacional, foram aprovados em um Congresso em 1995, os princípios cooperativos que constituem as linhas orientadoras dos valores que levam as cooperativas ao sucesso, são eles: 1º- Adesão Voluntária e Livre – As cooperativas são organizações voluntárias, abertas e todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e dispostas a assumir as responsabilidades como membros; 2º - Gestão Democrática – As Cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus associados, que participam ativamente na formulação das políticas e na tomada de decisões; 3º - Participação Econômica – os associados contribuem eqüitativamente para o capital das cooperativas e controlam as ações de forma democrática; 4º - Autonomia e Independência – As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos associados; 5º - Educação, Formação e Informações – As cooperativas promovem a educação e a formação dos associados de forma que esses possam buscar conhecimentos e contribuam eficazmente para o crescimento das cooperativas 6º - Intercooperação – As cooperativas são mais fortes e eficazes quando são firmadas a intercooperação entre os ramos, agregando força ao movimento cooperativo; 7º - Interesse pela Comunidade – [Responsabilidades Sociais] - As cooperativas desenvolvem políticas de ações comunitárias, aprovadas pelos associados.
Correntes nefastas de alguns segmentos da sociedade que combatem o cooperativismo, devem entender que cooperar é trabalhar junto, é ajudar-se mutuamente, é alcançar com a ajuda de outros o que, dificilmente, se conseguiria sozinho.
São esses princípios que internalizados pelos diversos segmentos da sociedade, como forma de produção, de prestação de serviços e de desenvolvimento cultural, contribuirão para a evolução e organização moderna da empresa coletiva. O cooperativismo é instrumento para realização do cidadão e para explorar o potencial que esse Brasil possui: petróleo, minério, pesca, dentre outras riquezas, alcançando o patamar de país desenvolvido. Cooperativismo é o instrumento adequado para a inclusão social. 

O EMPREENDEDOR TEM QUE SER OUSADO

28 de Marco de 2010

 

O EMPREENDEDOR TEM QUE SER OUSADO

A TARDE - domingo, 28 de março de 2010 00:00 por Alderico Sena 

O empreendedor deve desenvolver um conjunto de novas técnicas, com a finalidade de complementar o seu próprio complexo pré-existente de capacidades técnicas. Estas técnicas são primordialmente, interpessoais e de liderança. O empreendedor tem que ser ousado, prever limite de tempo e da necessidade por um comportamento significativo, orientado em função de s altamente especifica, é o que diferencia o administrador bem sucedido do medíocre. O desenvolvimento de técnicas administrativas, pela formulação de objetivos e estratégias, proporciona instrumentos para atingir uma compreensão relativa às limitações de tempo e ao comportamento dirigido à consecução de objetivos, em função das realidades organizacionais. Para um empreendedor ter sucesso precisa possuir técnicas de cunho conceitual e visão de futuro. A ousadia, o profissionalismo e a qualidade são fatores básicos para colocar um negocio e obter sucesso no mercado. Todos os grandes empreendedores, bem sucedidos demonstraram, em alguns momentos das suas trajetórias, coragem, determinação e comprometimento com as causas e os desafios que abraçaram. No entanto, isso não é tudo. O empreendedor que galga sucesso necessita, além de saber gerir o negocio, precisa reunir, uma serie de habilidades pessoais e a elaboração de um planejamento estratégico para definir a missão do empreendimento sem o qual não alcançará boas referencia e clientela no mercado. O empreendedor precisa também ter características pessoas para o engrandecimento do negocio, tais como Criatividade – É à base da modernização de qualquer sociedade. Abstinação – Ninguém chega ao pódio se não tiver ousadia e sonhar. Desafio – O empreendedor tem que acreditar e é os desafios, que levam o “Homem” alcançar vitórias. Equilíbrio – Em qualquer atividade humana, existe os pros e os contras. Mas o empreendedor que possui equilíbrio sabe conduzir o processo e ressurge das próprias cinzas. Coragem – O verdadeiro empreendedor é ousado e determinado e consegue derrubar os fluidos negativos. Esse é capaz de abrir mão de sua vida pessoal em detrimento do negocio. Paixão – Todo bom empreendedor tem um DNA, dentro de si, chamado idéias e ideais. Ele acredita e visa o prazer, a vitória, o lucro e a responsabilidade social.
Um dos fatores da falta de um maior número de empreendedores no Brasil é a carência de unidades de ensino que possua a disciplina emprendedorismo. Notáveis de diferentes setores da economia concordam que o instrumento educação é o caminho mais adequado a ser investido na busca pela geração de empregos e melhor distribuição de renda. Dentro desse patamar a inclusão da matéria empreendedorismo nos currículos da rede de ensino, deve ser prioritária. É bom lembrar que a disciplina qualifica melhor o aluno para os desafios do mundo globalizado, bem como conscientizará os alunos que empreender não é só ganhar dinheiro visando o lucro, mas, sobretudo internalizar a importância da ética e da responsabilidade social. Vocação e profissionalismo são as ferramentas adequadas para o sucesso dessa juventude no mercado de trabalho, cada dia mais exigente de conhecimentos e amor a causa.

O BOM GESTOR DE COOPERATIVA

27 de Fevereiro de 2010

 

O BOM GESTOR DE COOPERATIVA

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 27 de fevereiro de 2010 00:00 por Alderico Sena 

Todo e qualquer empreendimento requer um gestor qualificado, se não o empreendimento morre.. 
A Cooperativa nasce das pessoas empreendedoras e que acreditam numa ferramenta coletiva para se inserir no mercado e competir em igualdade de condições com as empresas capitalistas. É imprescindível a compreensão da Cooperativa a partir da necessidade de mercado, sujeita à livre concorrência e que depende de dirigentes que lhe agreguem competência e competitividade;
A gestão compartilhada é extrínseca à cooperativa e a base para o sucesso da sociedade é investir na educação dos associados para o entendimento da natureza dessa gestão e possibilitar a reflexão e a conscientização sobre os diferentes papéis inerentes à função do gestor e as decorrentes responsabilidades de natureza ética, através de doutrina com princípios e valores, e legal normatizada pela Lei 5764/71. A formação cooperativista e a profissionalização do quadro de dirigentes contribuem para uma maior eficiência e eficácia da atuação dos Gestores, sobretudo na construção de uma visão estratégica.
A Gestão associativa é um processo interativo de planejar, organizar, dirigir e avaliar resultados internos, com foco no cooperado, e externos voltado ao mercado. Nesse contexto, o planejamento é fundamental para estabelecer missão e visão que funcionarão como a bússola do empreendimento cooperativo. As atribuições previstas no estatuto social e as decisões da Assembléia Geral são norteadoras da ação dos dirigentes de cooperativas, as quais a gestão se subordina.
Algumas habilidades e procedimentos são relevantes para um dirigente conduzir com sucesso a gestão da cooperativa, como a] Liderança - processo de empreendimento das necessidades dos cooperados e colaboradores e exprimi-las de forma eficiente e mesmo visionária, obtendo a interação e a participação de todos no desenvolvimento e na implementação da missão, visão e objetivos da cooperativa; b] Comunicação- processo interativo e de entendimento, assimilação e operacionalização de mensagens no ambiente da cooperativa. c] Supervisão- catalisação e orientação dos recursos humanos, direta ou indiretamente subordinados, em direção a s e objetivos estabelecidos pela cooperativa em seu processo de planejamento estratégico; d] Coordenação- capacidade de conduzir, integrar, distribuir, coordenar, controlar e visualizar as ações da cooperativa com métodos, estratégias e habilidades, tendo como foco principal o desenvolvimento de um processo, projeto ou plano de ação da cooperativa. e] Decisão- que deve ser entendida como processo que requer análise, cautela e competência para decidir. O gestor tem que se posicionar com ética, neutralidade, coerência e comprometimento com a responsabilidade que lhe foi delegada através de Assembléia Geral; f] Ação- capacidade de decidir e agir com coerência e sensatez nas diversas situações que lhes são apresentadas no dia-a-dia, otimizando os recursos disponíveis para o alcance de resultados estabelecidos no planejamento estratégico da cooperativa.
A educação cooperativista se consolida através da interação cooperado x cooperativa; a cultura cooperativista se consolida pela prática de trabalhar em conjunto; a democracia cooperativista se consolida pela igualdade de deveres e direitos de todos os cooperados; e o empreendimento cooperativista, se consolida pela gestação participativa, pois se a competição é inevitável, a cooperação é essencial.
São passos estratégicos dos associados de cooperativa para a consolidação do Sistema: 1º] Conhecer o Órgão de Representação OCEB do Sistema no Estado para saber da sua função e das suas obrigações para com ele; 2º] A Lei 5.764/71, Que define a Política Nacional do Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; 3º] A Constituição Federal, especialmente os artigos 146 e 174 que fazem referência ao cooperativismo; 4º] O Código Civil; 5º] Princípios Cooperativistas e as Características da Sociedade Cooperativa 6º] Participar das ações educacionais promovidas pelo SESCOOP para a profissionalização da gestão, qualificação profissional e educação cooperativista dos associados, trabalhadores em cooperativa e dos seus dependentes.
Assumir desafios em defesa do coletivo, servindo ao próximo e não se servindo do próximo e um exercício de cidadania que deve ser de todo e qualquer gestor do Sistema Cooperativo e dos serviços públicos em geral.
“A cooperativa não tem sócios. São os sócios que têm a cooperativa”

EDUCAÇÃO ASSOCIATIVA PARA A TRANSFORMAÇÃO CULTURAL

15 de Junho de 2009

EDUCAÇÃO ASSOCIATIVA PARA A TRANSFORMAÇÃO CULTURAL

TRIBUNA DA BAHIA - segunda-feira, 15 de junho de 2009 00:00 por Alderico Sena 

O processo de mudança comportamental da humanidade só depende de ação política para um maior investimento na educação do seu povo. Querer é Poder! O exemplo claro é a falta de vontade política dos governantes para fazer cumprir o que foi escrito e aprovado na Constituição Estadual da Bahia – ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS – ARTIGO 49º - “Fica criada, a partir do primeiro e segundo graus, matéria sobre educação associativa, visando dotar os alunos e futuros profissionais de conhecimento sobre cooperativismo, cuja implantação deve ser feita no inicio do ano letivo, após a promulgação desta Constituição”. Em outubro de 2009 vai fazer 20 [vinte] anos que a Constituição foi promulgada e não teve até então um governo, nem políticos que demonstrassem interesse de implementar a educação associativa nos estabelecimentos de ensino, em todos os níveis, para desenvolver nas crianças e jovens o espírito de compartilhar, de cooperar e da solidariedade. Essa falta de vontade política é um dos instrumentos que tem contribuído com o crescimento da violência nos estabelecimentos de ensino, especialmente nas escolas públicas.
Cooperativismo, novamente é a saída. A revolução industrial atingiu basicamente a população rural, enquanto que a globalização e a revolução tecnológica impactam uma enorme população urbana, que tem pouquíssimas alternativas favoráveis a sua subsistência. Daí a responsabilidade de todos com o desenvolvimento da educação e da cultura do cooperativismo, na busca de soluções para amenizar os percalços da violência nos grandes centros urbanos, subprodutos da concentração de renda, da globalização e da revolução tecnológica. 
Globalização, competitividade e desemprego são realidades, hoje, muito próximas dos jovens. A apresentação de alternativas é mais do que uma necessidade. É um compromisso que deve ser assumido pelas lideranças cooperativistas, políticas e autoridades, no sentido de dar às futuras gerações opções de trabalho e inserção no mercado, de forma coordenada e, preferencialmente, compartilhada e solidária.
O Programa Cooperjovem e Jovem Liderança Cooperativista do SESCOOP NACIONAL foram criados com a filosofia de apresentar à juventude alternativas que vem dando certo e contribuindo para o crescimento há 165 anos no mundo e, desde 1847, no Brasil: o cooperativismo.
Ampliar a educação, oferecer oportunidades e meios de praticar a cooperação são caminhos fundamentais no fortalecimento e preparação da juventude para uma nova realidade mundial que se descortina. No entanto, é necessário trabalhar juntos governo e Sistema Cooperativo de forma direcionada, passo a passo, construindo uma estrada segura, sem desvios, para um Brasil que todos os brasileiros sonham. 
Falar de educação supõe-se, previamente, estabelecer alguns parâmetros e alguns conceitos que nos permitirão entender a real capacidade da educação e contribuir para a implementação das respostas aos desafios de uma Nação.
´´É preciso entender que a educação é um processo de diálogo e de criatividade. Educação é um sistema de comunicação mediante o qual satisfazemos o impulso fundamental do homem: Conhecer a relação das coisas, analisá-las e medi-las.
Necessitamos de uma educação no contexto do Século XXI, que combine com a cultura geral; uma educação para a permanente mudança com flexibilidade. Uma educação que forme no homem a conservação do amor por sua nação; uma educação que vise o coletivo e não o individualismo; uma educação que forme o homem, que lhe dê compreensão do seu tempo; lhe permita falar e escrever com qualidade; lhe crie hábitos de solidariedade para que viva em comunidade e seja livre e responsável; que lhe permita entender e aceitar o cidadão e os meios em que vive; uma educação que ensine a aprender, ensine a saber, ensine a enfrentar os prós e os contras da vida com ética e dignidade.
O governo precisa entender e respeitar o que estabelece a Lei Maior [C.F] de um País. Art. 205 [“Educação, direito de todos e dever do Estado e da família”]. Criança fora da escola é criança de mente vazia com um caminho aberto à delinqüência. Educação é à base do cidadão, sem ela não seremos um país civilizado para conquistar a melhoria e a qualidade de vida do povo.
Investir em educação, formação e capacitação é o caminho que permitirá a construção de um Brasil mais justo, mais solidário e democrático.
Educação resgata a dignidade. Não podemos nos considerar cidadãos se estamos distantes ou omissos às questões políticas, econômicas e sociais que penalizam a sociedade. Não podemos apenas criticar, temos mais é que participar.

O COOPERATIVISMO AO ALCANCE DE TODOS

21 de Maio de 2009

 

O COOPERATIVISMO AO ALCANCE DE TODOS

TRIBUNA DA BAHIA - quinta-feira, 21 de maio de 2009 00:00 por Alderico Sena 

As conceituações do Cooperativismo são: Cooperar, deriva etimologicamente da palavra latina “Cooperari”, formada por “cum” [com] e “operari” [trabalhar], e significa agir simultânea ou coletivamente com outros para um mesmo fim, ou seja, trabalhar em comum para o êxito de um mesmo propósito; COOPERAÇÃO, método de ação pelo qual indivíduos ou famílias com interesses comuns constituem um empreendimento. Neste, os direitos de todos são iguais e o resultado alcançado é repartido somente entre os integrantes, na proporção da participação societária nas atividades; COOPERATIVISMO é uma doutrina, um sistema, um movimento ou simplesmente uma atitude ou disposição que considera as cooperativas como uma forma ideal de organização das atividades sócio-econômicas da humanidade; COOPERADO é o produtor rural, o trabalhador urbano ou outro profissional, de qualquer atividade sócio-econômica, que se associa para participar ativamente de uma cooperativa, cumprindo com os seus deveres e observando os seus direitos; COOPERATIVA, cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, organizada economicamente e de forma democrática, com a participação livre de todos os que têm idênticas necessidades e interesses, com igualdade de deveres e direitos para a execução de quaisquer atividades, operações ou serviços, constante na Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Esta escrita na Lei 5.764, artigo 3º “Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro” e no artigo 4º diz” As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades”. As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos seus fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.
Como nasceu a primeira cooperativa. Trabalhadores prejudicados pelo novo modelo industrial que substituiu o trabalho artesanal e outras atividades pelas máquinas que haviam sido inventadas, esses trabalhadores tiveram que enfrentar os inconvenientes do desemprego, em virtude da mão-de-obra excedente, sendo levados a se preocuparem com alternativas para garantirem o sustento de suas famílias. Discutindo suas dificuldades e buscando soluções para problemas que já se tornavam angustiantes em toda Europa, eles ouviram a opinião de um companheiro que fora discípulo de Robert Owen, decidiram pela criação de uma sociedade de consumo, baseada no cooperativismo puro. Combinaram que cada um economizaria pequenas parcelas de seus poucos rendimentos, mesmo submetendo-se a inúmeras privações, pelo menos durante um ano, para tentarem formar algo que pudesse tirá-los da aflitiva situação em que se encontravam. Essa reunião, que teve a participação de 27 homens e uma mulher, aconteceu numa tarde de novembro de 1843 e repetiu-se em 21 de dezembro de 1844, para a fundação de um armazém comunitário, com um capital inicial de 28 libras, representando uma libra que cada um do grupo havia economizado. Foi assim que nasceu a cooperativa dos Probos Pioneiros de Rochale [Manchester-Inglaterra], em 1844.
Os princípios cooperativos são as linhas orientadoras através das quais as cooperativas levam os seus valores a pratica. Quais são esses princípios: 1- Adesão Livre; 2 Gestão Democrática; 3 - Participação Econômica; 4 - Autonomia e Independência; 5 - Educação, Formação e Informação; 6 – Intercooperação Entre as Cooperativas e 7 – Interesse pela Comunidade.
O bom do cooperativismo é a participação de todos. Cooperativismo. Você Participa. Todos Crescem. Mais como: Espírito de Organização; Saber claramente qual é o objetivo da cooperativa; Analisar a situação total; Interessar pelo trabalho; Dispor-se a participar; Dar idéias; Saber ceder, pedir e receber; Ter bom humor para enfrentar os momentos críticos; Ser paciente, atento, calmo e perseverante; Ser capaz de valorizar o trabalho do outro e Saber se valorizar e ao seu trabalho. 
Quando os governos e políticos honrarem o que esta escrita nas Constituição Federal, Artigo 174 $ 2º “A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”. E na Constituição Estadual da Bahia, Ato das Disposições Transitórias, Artigo 49º “Fica criada, a partir do primeiro e segundo graus, matéria sobre educação associativa, visando a dotar os alunos e futuros profissionais de conhecimento sobre cooperativismo, cuja implantação deve ser feita no inicio do ano letivo, após a promulgação desta Constituição”. Em outubro completam 20 [vinte] anos da Constituição promulgada e nada da sua regulamentação.
Associativismo: Caminho para a justiça social, é nessa direção que os governos e políticos devem olhar o Cooperativismo, acompanhando o exemplo Europeu. O Cooperativismo ao alcance de todos.

COOPERATIVISMO COM MAIOR AUTONOMIA

18 de Abril de 2009

 

COOPERATIVISMO COM MAIOR AUTONOMIA

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 18 de abril de 2009 00:00 por Alderico Sena 

O cooperativismo tem história da quais todos devem partilhar e tem contribuído para a organização da sociedade, para o crescimento econômico, proporcionando oportunidades de trabalho a milhares de pessoas.
Nos seus 165 anos de existência, o cooperativismo já teve o apoio de Governos, já esteve sob sua tutela, já sofreu todo tipo de interferência. Tudo isso contribuiu, de uma forma ou de outra, para seu crescimento e fortalecimento. Hoje, o cooperativismo vive um momento impar em nosso país, depois que passou a ter o apoio incondicional do presidente Lula, que vê no Sistema uma forma de proporcionar trabalho e dignidade para o cidadão brasileiro, seja ele da área rural ou urbana.
Embora não se possa dizer que o cooperativismo no Brasil já seja uma força expressiva quando comparado aos paises mais desenvolvidos do mundo, somos hoje cerca de mais de sete mil cooperativas, oito milhões de cooperados, gerando 200 mil empregos diretos, 33% do PIB Agrícola Brasileiro e 2 Bilhões de Dólares em Exportações, o que propicia ao cooperado uma renda media per capita duas vezes maior do que a renda do brasileiro não cooperativado.
Para manter o Sistema forte, independente, respeitável e competitivo hoje no cenário globalizado, é preciso comprometimento efetivo dos cooperados, dos parceiros e maior esclarecimento da população em geral e do público formador de opinião. Isso só é possível pela via do conhecimento do que é o cooperativismo, de sua extensão, suas vantagens e benefícios, que passam pela informação, pela profissionalização da gestão da empresa cooperativa e pela capacitação de dirigentes, associados e colaboradores.
Nós temos uma sociedade com uma das maiores concentrações de renda do mundo. As cooperativas se apresentam, neste contexto, como modelo organizacional de trabalho que contribui para uma distribuição mais eqüitativa da renda. Assim, o Sistema das Organizações das Cooperativas Brasileiras é um parceiro do governo para organização da sociedade em moldes mais justos e solidários. São novos rumos da sociedade, através de um instrumento de inclusão que se renova historicamente na solução de conflitos econômicos e sociais.
Os representantes políticos e governantes precisam apoiar o cooperativismo, cumprindo assim o que estabelece a Constituição Federal. Estamos com os nossos corações abertos e temos o sentimento de que muito poderemos fazer pelo desenvolvimento do nosso Estado e do Brasil. 
Não entendemos as ações isoladas de instituições que não permitem a participação de cooperativas em processos licitatórios, quando fiscais e procuradores de instituições governamentais, Sindicatos, entre outros, que estão realizando guerra santa contra um Sistema que apóia o trabalhador marginalizado pelo mercado de trabalho. Esta cultura precisa ser modificada.
Não entendemos também o comportamento dessas instituições quando vêem ilegalidades na contratação de cooperativas, desde que o Sistema é amparado na Constituição Federal, Lei própria 5.764/71, Código Civil, CLT e outras Leis, tanto que temos ganhado todas as ações de impedimento de cooperativas na justiça com mandatos de segurança.
Não compreendemos também a falta de vontade política do Congresso Nacional, quando desconhecem o cumprimento da Constituição Federal - Art. 146, alínea C, que dispõe sobre o “adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas” e no artigo 174, parágrafo 2º, que diz: ”A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”, e penalizam as cooperativas com cobranças de PIS, COFINS e outros tributos que não incidem sobre o ato cooperativo.
Estas limitações que nos são impostas apontam para soluções que levam as cooperativas a se aproximarem ainda mais da sua entidade representativa, contribuindo para construirmos um cooperativismo com maior autonomia. Lembrando que uma entidade fraca não representa nada, mas uma entidade forte representa muito.

FERRAMENTA DO DESEMPREGO

08 de Abril de 2009

 

FERRAMENTA DO DESEMPREGO

TRIBUNA DA BAHIA - quarta-feira, 8 de abril de 2009 00:00 por Alderico Sena 

No Brasil, existem milhões de trabalhadores desempregados por falta de políticas sérias para incrementar a reforma agrária, tributária, social. Com essa morosidade do governo e a absoluta ausência de vontade política da maioria dos parlamentares brasileiros, o Brasil perdeu 4 [quatro] décadas, paralisado no grupo dos países subdesenvolvidos, e o que é pior, com indicadores sociais os mais degradantes.Milhões de trabalhadores, pelo descaso dos governantes com a reforma agrária, deslocaram-se do campo para as cidades, criando mega-metrópoles, inchadas, doentes, violentas. Sob outro enfoque, observa-se que o Brasil é um país com uma incrível inversão de valores: uma estrutura tributária regressiva, onde os mais pobres pagam muitos impostos e os mais ricos sonegam. Assim, as riquezas geradas pelo conjunto da sociedade encontram-se em mãos de uma elite, numa das piores distribuições de renda do planeta, o que resulta num mercado de consumo incipiente. A maioria da população está excluída do mercado de consumo. Á exemplo, nos E.E.U. U. 3 em cada 4 pessoas possuem um automóvel. No Brasil, a proporção é de 1 em cada 11 pessoas. Apesar do 'grande bolo' está na mão de poucos, as 'origens' não permitem investimentos e os recursos migram para os Paraísos Fiscais. A criação de novos empregos é financiada por empréstimos estrangeiros e assim limitada a capacidade de endividamento.Os incentivos fiscais para novas indústrias foram tão somente geradores de grandes fortunas sem origens. Não temos expansão do emprego
Na Inglaterra, alguns desses problemas foram do século 19. Á época da Revolução Industrial, em 1844, o desemprego, a exclusão do mercado de consumo, na pequena ROCHDALE -um pequeno grupo de 28 artesões que haviam perdido seu emprego na manufatura têxtil procederam a um agrupamento com o objetivo de, juntos, poderem realizar seu trabalho. O ponto básico do agrupamento era o da participação de todos para o crescimento comum. Desta forma, surgiu a primeira cooperativa em bases associativas formais. Foi uma estratégia em que o governo brasileiro deveria se espelhar, fortalecendo o cooperativismo, porque não tem sido compromisso do capital gerar empregos. Cabe ao Estado implementar políticas garantidoras da empregabilidade. No bojo das soluções, não só a reforma agrária, mas a reforma tributária, dando um novo contexto a cobrança de impostos, limitando o número [talvez apenas 03: imposto de produção, de consumo e de renda], permitiria um novo perfil da renda no país.
Ainda sob o enfoque do consumo/geração de emprego, é importante observar-se que, no Brasil, as famílias pobres não podem utilizar os serviços pessoais, como cabeleireiros, tinturarias, restaurantes, setores de atividades fortemente empregadoras de mão de obra. Este setor de serviços pessoais não representa mais do que 5% na estrutura de emprego, ao passo que nos E.E.U.U. o percentual atinge 24%, segundo o economista Márcio Pochmann da Unicamp. São estatísticas indicadoras de setores para a organização dos serviços, incentivos, capacitação. Finalmente, a implantação no País do Estado do Bem- Estar Social, como estabelece a Constituição - está condicionada a um novo olhar para as políticas econômicas/sociais, exigindo-se a garantia de redução das desigualdades sociais existentes, com educação, saúde, transporte, habitação e segurança de boa qualidade para todos.
Nos países desenvolvidos há pouco o que fazer nesta direção. Aqui, ao contrario, as s são gigantescas, decorrentes de um passado marcado pelo coronelismo , que ainda hoje, cego e descompromissado com o futuro das novas gerações, reluta em entregar o comando a novas lideranças. A construção de um Brasil moderno, inserido no 1º mundo, é urgente.Nós, integrantes do Sistema Cooperativo, acreditamos em seus princípios de democracia, solidariedade, equidade, e acreditamos também que ao se implementar uma política de incentivo a criação de cooperativas nos Municípios brasileiros, em parceria com as Prefeituras , um passo seria dado para coibir o êxodo de jovens, de desempregados, dos sem terra para as grandes cidades e assim, de pequenos passos, grandes espaços podem se abrir ao desenvolvimento de uma região, de um Estado e do Brasil.

Desrespeito a Constituição

07 de Abril de 2009

 

Desrespeito a Constituição

A TARDE - terça-feira, 7 de abril de 2009 00:00 por Alderico Sena 

A Constituição do Estado da Bahia, promulgada em 05 de outubro de 1989, pelos seus Deputados idealizadores não vem sendo respeitada pelos governos do passado e presente, no que concerne ao artigo 21, que esta escrito “Fica vedada, no território do Estado, a utilização de nome, sobrenome ou cognome de pessoas vivas, nacionais ou estrangeiras, para denominar as cidades, localidades, artérias, logradouros, prédios e equipamentos públicos de qualquer natureza”.
Como coordenador de pessoal da Assembléia Estadual Constituinte de 1989, gostaria de propor ao Excelentíssimo Senhor Governador Jaques Wagner, não permitir mais que sejam colocados nomes de pessoas vivas em bens públicos como vemos no estádio Roberto Santos, Viaduto Dona Canó, Avenida Gal Costa e outros. Lembramos nomes de pessoas falecidas que tanto contribuíram para o crescimento da Bahia, tais como: Médicos, Augusto Mascarenhas, Raimundo Deiró, Rodrigo Argolo Ferrão, jurista Arx Tourinho, Professor Tales de Azevedo, Ana Monte Negro, Osório Villas Boas, Mestre Bimba, Pastinha, Dinha do Acarajé, Mãe de Santo Maria de Xangô, Menininha do Gantois, Mãe Aninha, Camafeu de Oxossi e tantas outras figuras ilustres de destaque que teriam uma justa homenagem do Estado. 

COOPERATIVISMO NASCEU PARA TODOS

12 de Marco de 2009

 

COOPERATIVISMO NASCEU PARA TODOS

TRIBUNA DA BAHIA - quinta-feira, 12 de março de 2009 00:00 por Alderico Sena 


O problema do Brasil não é econômico, é social. No cooperativismo não existe crise. Temos uma porta aberta para todas as classes sociais, uma organização e participação democrática com objetivos comuns na geração de trabalho, renda e a elevação da auto-estima dos seus cooperados. Cooperativismo nasceu para todos. Cooperativismo é uma doutrina, um sistema, um movimento ou simplesmente uma ação ou disposição que considera as cooperativas como forma ideal de organização das atividades sócio-econômicas da humanidade. Cooperativa é uma sociedade de pessoas com interesses comuns, organizadas economicamente e de forma democrática com a participação livre de todos os que têm idênticas necessidades e interesses, com igualdade de deveres e direitos para execução de quaisquer atividades, operações ou serviços garantidos e amparados no artigo 5º da Lei Federal 5.764/71, “Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências”, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da Republica Federativa do Brasil. É muito importante ressaltar que o cooperativismo nasceu com a cooperação humana. Foi pela cooperação que os seres humanos conseguiram enfrentar animais ferozes, proteger-se das adversidades do clima e resolveu problemas com a fome e as doenças. Há registro de experiências fantásticas de cooperação em muitas civilizações através do sistema cooperativo. O Cooperativismo surgiu como forma de organização social para a solução de problemas econômicos. O Cooperativismo nasceu na época do comunismo e do sindicalismo, que tinham objetivos semelhantes, mas propostas distintas. O comunismo propunha a estabilização dos meios de produção para aniquilar o sistema capitalista. O sindicalismo incentivava a organização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses diante das empresas capitalistas. O Cooperativismo optou pela organização autogestionadas de pessoas para a solução de problemas específicos. Verifica-se que na historia de dois séculos de experiências, consta-se o fracasso do comunismo, o enfraquecimento do sindicalismo e o fortalecimento do cooperativismo, já implementado em todos os países e em todos os setores da economia. É bom lembrar que a ética, o profissionalismo, a gestão, a qualidade e o comprometimento são os alicerces para o sucesso do empreendimento coletivo. O Cooperativismo tem excelentes perspectivas de sucesso, na medida em que as pessoas envolvidas no empreendimento coletivo coloquem como bandeira a ética, tanto nos seus comportamentos e atitudes internos, como no tratamento com a sociedade em geral. O Cooperativismo baseia-se em valores, a ajuda mutua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Dentro dos princípios doutrinários dos pioneiros tecelões de Rochdale [Inglaterra]. O Cooperativismo acredita e investe em honestidade, transparência, responsabilidade social e preservação da natureza para o desenvolvimento humano sustentável. O Cooperativismo nasceu para todos pela existência de princípios cooperativos que são normas e regras para a aplicação do verdadeiro exercício do cooperativismo. São eles os 7 [sete] princípios: 1º Adesão Voluntaria e livre – 2º - Gestão Democrática – 3º - Participação Econômica – 4º Autonomia e Independência – 5º - Educação, Formação e Informação – 6º - Intercooperação entre as Cooperativas – 7º - Interesse pela Comunidade. As Cooperativas desenvolvem políticas de ações comunitárias, aprovadas em Assembléias pelos associados.
COOPERATIVISMO. VOCÊ PARTICIPA. TODOS CRESCEM. COOPERA BAHIA-BRASIL, DE MÃOS DADAS, NÓS FAZEMOS O PAÍS CRESCER MUITO MAIS.

10 Anos do SESCOOP, Instrumento de Educação.

27 de Janeiro de 2009

 

10 Anos do SESCOOP, Instrumento de Educação.

TRIBUNA DA BAHIA - terça-feira, 27 de janeiro de 2009 00:00 por Alderico Sena 

10 Anos do SESCOOP, Instrumento de Educação.
O SESCOOP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia é uma entidade que tem como objetivo a capacitação, o monitoramento e a promoção social dos cooperados, empregados de cooperativas e de seus familiares. As atividades de formação cooperativista empreendem a construção de uma identidade do cooperado que atenda a uma nova forma socioeconômica de ser, através da educação, treinamento e informação. 
O alicerce da direção do SESCOOPBA, nesses dez anos de fundação [novembro de 1999] tem como prioridade o investimento na formação profissional dos cooperados e empregados de cooperativas objetivando capacitar gestores da economia cooperativa e visando a eficiência no gerenciamento de negócios e a excelência do desempenho de uma empresa coletiva. As ações do SESCOOPBA abrangem cursos, treinamentos de curta e media duração; treinamento especializado; capacitação de conselheiros de administração e fiscal; formação de multiplicadores; formação de jovens lideranças cooperativistas e desenvolvimento de gêneros nas cooperativas. As ações de monitoramento do SESCOOPBA é um processo de acompanhamento sistemático das atividades das cooperativas, permitindo uma avaliação econômica, financeira e administrativa do desempenho, apontando indicadores operacionais para o alcance dos objetivos sociais.
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia – SESCOOP é uma instituição sem fins lucrativos, integrante do Sistema “S”, que tem como objetivo o desenvolvimento do cooperativismo e o cumprimento de uma ação social e econômica para os seus associados. A criação do SESCOOP em nível Nacional através da Medida Provisória 1715 de 1998 e regulamentada pelo Decreto 3017 de 1999 foi uma conquista do Sistema como instrumento de educação dos cooperados, empregados e dirigentes de cooperativas para que venham interagir no mercado globalizado em igualdades de condições.
Nesses dez anos, o cooperativismo baiano, sob o comando do Presidente Dr. Orlando Colavolpe e do Superintendente Alderico Sena- conquistou espaços bastante significativos, em nível, estadual e nacional basicamente, devido à seriedade e o comprometimento dos dirigentes e empregados do SESCOOPBA e da OCEB com os objetivos institucionais, tais como: Transformação da OCEB- Organização das Cooperativas em Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia; Apresentação da Proposta do Projeto de Lei de Política Estadual do Cooperativismo na Assembléia Legislativa, que se encontra em tramitação; Proposta da Criação da Frente Parlamentar do Cooperativismo Estadual; Maior repassador de recursos do Norte e Nordeste das Contribuições cooperativistas para a OCB; Único Estado no Brasil a Implementar o Projeto Pedagógico Unificado nas Cooperativas Educacionais, sob aprovação do Conselho Estadual de Educação do Estado; Ser Referência do Cooperativismo do Norte e Nordeste; Aumento do volume de recursos orçamentários para investimentos na formação profissional dos cooperados, empregados e de seus familiares; Assento no Conselho Administrativo e Fiscal do SESCOOP Nacional e da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras – Brasília; Presidência da Federação das Organizações das Cooperativas do Sudeste e Nordeste – FECOOP SULENE; Vice Presidência da Confederação Nacional das Cooperativas – CNCOOP, dentre outras conquistas para as cooperativas registradas e adimplentes com as obrigações estatutárias para com a OCEB- Sindicato e Organização das Cooperativas.
O Cooperativismo promove equilíbrio em eficiência econômica e eficácia social proporcionando distribuição de renda e felicidade entre as pessoas que acreditam na filosofia do cooperativismo.

PRINCÍPIOS E VALORES DO COOPERATIVISMO

29 de Dezembro de 2008

 

PRINCÍPIOS E VALORES DO COOPERATIVISMO

TRIBUNA DA BAHIA - segunda-feira, 29 de dezembro de 2008 00:00 por Alderico Sena 

A primeira empresa cooperativa foi constituída em 1844 pelos pioneiros de Rochdale. O grupo formado por 27 tecelões e [uma tecelã], proveniente de indústria de tecelagem e sapateiro, subscreveu um capital inicial de uma libra inglesa e iniciou o empreendimento coletivo a nível mundial.
Esses empreendedores aplicaram as melhores idéias desenvolvidas na história do cooperativismo na condução de políticas e estratégias administrativas e operacionais as quais são utilizadas ao longo desses 159 anos e foram transformadas em princípios cooperativistas que identificam as diferenças entre a empresa capitalista e a empresa cooperativa.
Na empresa cooperativa, os usuários são os associados que utilizam seus serviços e dela se beneficiam.
Cooperativa é uma associação de pessoas que se juntam, voluntariamente, para usufruir aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais, gerida democraticamente, através dos associados.
As cooperativas têm como base valores de ajuda mútua, democracia, igualdade, equidade, fidelidade e solidariedade. Com base nos princípios dos pioneiros de Rochdale os valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social, disciplina, comprometimento e profissionalismo são fatores básicos para o sucesso de um empreendimento cooperativo.
Quando o ilustre mestre e líder maior do sistema cooperativo brasileiro, Roberto Rodrigues conduzia a ACI – Aliança Cooperativa Internacional, foram aprovados em um Congresso em 1995, os princípios cooperativos que constituem as linhas orientadoras dos valores que levam as cooperativas ao sucesso, são eles: 1º- Adesão Voluntária e Livre – As cooperativas são organizações voluntárias, abertas e todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e dispostas a assumir as responsabilidades como membros; 2º - Gestão Democrática – As Cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus associados, que participam ativamente na formulação das políticas e na tomada de decisões; 3º - Participação Econômica – os associados contribuem eqüitativamente para o capital das cooperativas e controlam as ações de forma democrática; 4º - Autonomia e Independência – As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos associados; 5º - Educação, Formação e Informações – As cooperativas promovem a educação e a formação dos associados de forma que esses possam buscar conhecimentos e contribuam eficazmente para o crescimento das cooperativas 6º - Intercooperação – As cooperativas são mais fortes e eficazes quando são firmadas a intercooperação entre os ramos, agregando força ao movimento cooperativo; 7º - Interesse pela Comunidade – As cooperativas desenvolvem políticas de ações comunitárias, aprovadas pelos associados.
Correntes nefastas de alguns segmentos da sociedade que combatem o cooperativismo, devem entender que cooperar é trabalhar junto, é ajudar-se mutuamente, é alcançar com a ajuda de outros o que, dificilmente, se conseguiria sozinho.
São esses princípios que internalizados pelos diversos segmentos da sociedade, como forma de produção, de prestação de serviços e de desenvolvimento cultural, contribuirão para a evolução e organização moderna da empresa coletiva. O cooperativismo é instrumento para realização do cidadão e para explorar o potencial que esse Brasil possui: petróleo, minério, pesca, e outros, alcançando o patamar de país desenvolvido. Cooperativismo é política do Ser e não do Ter.

COOPERAR PARA MUDAR

22 de Dezembro de 2008

 

COOPERAR PARA MUDAR

TRIBUNA DA BAHIA - segunda-feira, 22 de dezembro de 2008 00:00 por Alderico Sena 

O Brasil precisa de mudanças radicais e ousadas para resgatar a moralidade dos Poderes Constituídos e o crescimento do País. O Brasil não pode ser mais amador, nas decisões políticas, econômicas, sociais e culturais. O Brasil carece de lideranças que se caracterizem por princípios de honestidade, de ética e de competência para a condução da coisa pública. O Brasil, Estado e Municípios, precisam ser conduzidos com visão empresarial e não com incompetência e burocracia. O Brasil necessita de novos rumos para crescer e ser um País forte. A sociedade precisa ter consciência política para eleger presidente e políticos que governem e que exerçam seus trabalhos legislativos com isenção para procederem às reformas que o país necessita, tais como: política, previdenciária, tributária, trabalhista e penal. O Brasil requer também urgentemente um maior investimento na educação, na saúde e na segurança, para a felicidade de todos os brasileiros.
Perguntar às autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, se há o devido respeito às Constituições e Poderes Constituídos não é uma ofensa, é um direito, um alerta à sociedade e um exercício de cidadania. O respeito às pessoas, a ética e a moralidade são fatores básicos para a transformação, eliminando misérias, injustiças e desigualdades sociais. Paciência tem limite e não podemos permitir mais a indiferença, o desrespeito e a irresponsabilidade de autoridades e representantes do povo na condução da coisa pública.
A integração da sociedade é fundamental para que haja um desenvolvimento democrático, e a palavra-chave é participação. Ela é o caminho para superar a passividade, a corrupção e a impunidade no Brasil.
A população precisa entender que os grandes interessados pelos novos rumos para solução efetiva dos problemas, somos todos nós. Somos nós quem melhor conhecemos e sabemos dos problemas reais de uma comunidade, classe, bairro, município, Estado e do País. Chamamos a atenção da sociedade que o perfil dos representantes políticos da cidadania; a opção é do eleitor. É preciso entender também que “O cidadão que não conhece os seus direitos, não tem o direito de lutar por eles” [Ruy Barbosa].
O crescente movimento de participação social está ligado à noção de “cidadania”. Cidadania não é apenas um direito, mas, sobretudo, tomada de consciência e responsabilidade social. “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem de decisões políticas” [Brecht].
O Brasil precisa de novos rumos e somos nós, eleitores, que temos o dever cívico e patriótico de exigirmos dos políticos eleitos o comprometimento em defenderem os interesses coletivos e as reformas que o país tanto necessita para o seu crescimento, inclusive estabelecimentos de critérios para escolha dos candidatos a cargos eletivos. Não suportamos mais o péssimo perfil dos políticos e a falta de consciência política dos eleitores na péssima escolha dos seus representantes para conduzirem os destinos da vida humana.
Vamos juntos cooperar, mudando nossos comportamentos e atitudes para construirmos um Brasil melhor?
“Todo homem, cada homem, é responsável pelo destino da humanidade, por suas ações ou omissões”. “O individualismo gera o egoísmo, raiz de todos os males”.
Natal e um Novo Ano, cheio de saúde, paz e felicidades a todos.

Pessoa de Jaques Wagner

16 de Julho de 2008

 

Pessoa de Jaques Wagner

TRIBUNA DA BAHIA - quarta-feira, 16 de julho de 2008 00:00 por Alderico Sena 



Governador, articule com o Ministério Público, a liberação da parte inferior da Fonte Nova.
Essa liberação, com certeza, proporcionará muitas alegrias aos torcedores de todas as faixas etárias, vendedores da economia informal, como também a geração de trabalho e ganhos para pessoas necessitadas que precisam de uma renda para viver dignamente com suas famílias e tantos outros benefícios. A liberação da parte inferior da Fonte Nova será uma atitude solidária e não política, a qual irá causar ganhos incalculáveis de reconhecimentos. Pense que o bloqueio do Estádio retirou um lazer primordial do torcedor e está provocando altos riscos a vidas humanas que viajam mais de 100 kms para assistirem aos jogos do Bahia.
Governador, Vossa Excelência que é uma pessoa com visão social, não pode deixar que políticos que não compactuam com os seus princípios, utilizem métodos de politicagem para prejudicar um clube como o Esporte Clube Bahia. Afinal, a questão social é a sua bandeira e daqueles eleitores que acreditaram e votaram na pessoa de JAQUES WAGNER e não em um candidato a Governador Jaques Wagner.
Em nome da Nação tricolor, fazemos um apelo a Vossa Excelência para liberar a parte inferior da Fonte Nova, afim de que possamos voltar a ter a alegria e o lazer mais precioso daqueles que amam o Futebol e o Bahia. Contamos com a valiosa colaboração e sensibilidade de um torcedor do Bahia, que se chama Jaques Wagner, acompanhado do nosso muito obrigado!

COOPERATIVISMO, APRENDIZADO PARA HUMANIDADE

23 de Fevereiro de 2008

COOPERATIVISMO, APRENDIZADO PARA HUMANIDADE

TRIBUNDA DA BAHIA - sábado, 23 de fevereiro de 2008 00:00 por Alderico Sena 

Responsabilidade social é um dever de todos os cidadãos. Servir ao próximo e não se servir do próximo precisaria ser principio praticado em casa e na escola. O cooperativismo como doutrina e filosofia de vida, fundamentado na cooperação, ajuda mutua e solidariedade, tem em seu bojo a responsabilidade social e como tal, já deveria constar da grade curricular das escolas, iniciando-se no jardim de infância, a partir dos três anos de idade.
Responsabilidade social é uma coletânea de princípios e de valores que podem construir um mundo mais justo, mais feliz e menos desigual. Um requisito para a responsabilidade social é a ética. Não há responsabilidade social sem ética na empresa, na família, na escola, no condomínio, nas organizações do terceiro setor e nas demais entidades da sociedade civil. A irresponsabilidade social começa quando o cidadão concorda com qualquer ato ilegal. Quem sofre as conseqüências são os menos favorecidos, porque os benefícios que deveriam ser apropriados por eles são desviados para fins políticos, constituindo-se algumas organizações em entidades sociais de fachadas para receber recursos públicos, reduzir impostos de empresas mercantis e outras mazelas que caracterizam os falsos solidários. Lamentável é que até o futebol, alegria do povo, vem acontecendo corrupção e falcatruas.
Vários acontecimentos mundiais foram responsáveis pelo surgimento do conceito de responsabilidade social, entre eles mencionamos a guerra do Vietnã e as manifestações civis contra os efeitos das armas químicas e seus efeitos sobre a população e sobre a própria sobrevivência do planeta, dando uma inédita dimensão do comprometimento de empresas e cidadãos com o meio ambiente. Esse contexto surgido na Europa, especialmente na França, e nos Estados Unidos respondeu por um repensar da postura ética das empresas frente à sociedade e criando espaço para organizações civis, sem fins lucrativos, comprometidos com o social.
No Brasil, as organizações de responsabilidade social, basicamente do Terceiro Setor, foram regulamentadas pelo Decreto 3.100/99 e contempladas nos dispositivos do Novo Código Civil, que estabeleceu caracterizações especificas para identificação. Acompanhar as ações destas organizações faz parte da responsabilidade social do cidadão. Algumas organizações merecem o respeito e a confiança do baiano, à exemplo dos Hospitais de Irmã Dulce e Aristide Maltez, e outras instituições que passam por dificuldades para se manter. Um setor que merece atenção é o esporte amador, podendo ser um instrumento adequado para a retirada de milhares de crianças e de adultos das drogas, da violência, da pobreza, da exploração econômica e sexual, além de tantos outros males que fazem parte da miséria do nosso país. 
Marcou época no Brasil a Campanha contra a fome empreendida por Betinho, a qual fortaleceu os movimentos sociais, em contraposição a impotência do papel do Estado frente à violência urbana, mas que não foi suficiente para sistematizarmos as ações de combate a pobreza no Brasil. É hora de comprometermos o Estado do Bem Estar Social através da vontade política do Congresso Nacional de fazer acontecer um Programa que tire o Brasil do caos social em que se encontra. Juntos a sociedade civil, representada pelas instituições religiosas, comunitárias, filantrópicas, as oscip’s e o Estado poderão debater as formas mais adequadas a solucionarem os graves problemas sociais que grassam a nossa sociedade. Priorizar algumas áreas seria fundamental, combate a fome, implantação de sistemas adequados de segurança, educação de qualidade, entre outras. É importante destacar na área da violência urbana, o recado dado pela população com o Não, iniciando-se um programa de mudanças nos presídios, a começar pelos espaços para cada individuo. Os trabalhos forçados da Idade Média são mais modernos do que o sistema carcerário dos nossos dias, o qual visualizamos nas fotografias, onde jovens se acumulam uns sobre os outros em ambientes sem nenhuma condição de recuperação de um ser humano. Serão seres embrutecidos que sairão daquelas jaulas, muito mais violentos e perigosos do que entraram. E os inocentes, sem processo que caem na malha de um presídio brasileiro, nunca mais tem condições de recuperar-se e serão tantas revoltas acumuladas que o transformarão em mais um bandido. O recado das urnas foi claro e contundente, o Estado Brasileiro não consegue dar segurança à população, que se sente indefesa e tem medo de que o futuro seja ainda pior do que está vivenciando. Todos sabemos da dimensão do problema social do Brasil, algo há que ser feito. A sociedade tem que estar atuante para estudar as alternativas na busca de soluções. É hora de ação e de não omissão.
Como um dos dirigentes do cooperativismo na Bahia, adquiri uma grande experiência no lidar com desafios para proporcionar felicidades as pessoas. Quando aceitei assumir a OCEB-Organização das Cooperativas do Estado da Bahia, em 1997, encontrei, apenas, três cooperativas registradas e quando me afastei da Superintendência da OCEB, em outubro de 2006, deixei 723 cooperativas, devidamente registradas nos termos da Lei 5764/71, com 230 mil associados, proporcionando 15 mil empregos diretos e 900 mil indiretos, a cidadãos sem oportunidades de trabalhos no mercado, os quais encontraram no Sistema Cooperativista um meio de sobrevivência, elevando sua auto-estima através da geração de renda para a sustentação de suas famílias. Cooperativismo é economia social. Ao praticar os sete princípios universais do cooperativismo, as cooperativas contribuem para o desenvolvimento sócio econômico e para a construção de uma sociedade mais solidária e menos desigual. A responsabilidade Social é de todos para transformamos o Brasil num país com que sonhamos. Se queremos um Brasil mais justo, mais humano, mais solidário, pratiquemos a solidariedade em casa, no trabalho, na rua onde moramos, na comunidade da qual participamos. Alguém, um dia, contou-me que pessoas empobrecidas catavam lixos em sua rua, desmontando as lixeiras, deixando as calçadas transformadas num grande lixão, foi suficiente ação em um prédio, mobilizando os moradores para a reciclagem do lixo, através dos sacos amarelos e brancos dos supermercados e assim cooperaram com a limpeza pública, com a saúde dos moradores e, especialmente, com aqueles seres humanos desprotegidos das condições mínimas de trabalho, de saúde e de higiene. Hoje na Bahia, Cooperativas de reciclagem é desenvolvimento - inclusão social.São pequenos gestos que fazem grandes mudanças sociais e pode transformar uma cidade, um país, o mundo. 

CULTURA ANTICOOPERATIVISTA

23 de Junho de 2007

 

CULTURA ANTICOOPERATIVISTA

TRIBUNA DA BAHIA - sábado, 23 de junho de 2007 00:00 por Alderico Sena 

No Brasil, existe um oceano de trabalhadores desempregados, pois parte desses trabalhadores encontram-se na economia informal e sem amparo legal aos benefícios da Seguridade Social-INSS. 
O cooperativismo é a ferramenta adequada para absorver os trabalhadores desamparados pelo regime da consolidação trabalhista-CLT.
O cooperativismo é regido por uma Lei própria, a 5.764/71, que “Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências”.
A Constituição Federal, no Capitulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, artigo 5º- Inciso XVIII, diz que: “a criação de associações e, na forma da Lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”, e no artigo 174 § 2º, diz “A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e toda a forma do associativismo”. Mas, infelizmente, Lei e Constituição, neste País, não são cumpridas e respeitadas, quando instituições públicas perseguem, penalizam e bloqueiam a participação das cooperativas no mercado de trabalho.
A cultura anticooperativista do governo é tamanha que falta vontade política dos parlamentares brasileiros para conhecer experiências do cooperativismo em centenas de países que incentivam e estimulam o desenvolvimento e o fortalecimento da identidade cooperativa. No Brasil, a cultura é outra, há perseguições e classificações inadequadas a um Sistema que contribui para o PIB nacional com 7%. 
A nível universal, a Aliança das Cooperativas Internacionais-ACI congrega 250 organizações, representativas de cooperativas, com cerca de 800 milhões de associados individuais, cujas famílias e agregados alcançam a impressionante cifra de dois bilhões e meio de seres humanos, ou 40% da população do planeta. 
A cultura anticooperativa, predominante no Brasil, classificamos como um comportamento individualista de pessoas medíocres e que não conhecem os princípios filosóficos e doutrinários do Sistema. O governo tem que nos enxergar como parceiros, porque somos um Sistema que geramos uma série de benefícios à sociedade e ao próprio governo; vejamos: trabalho, emprego, melhor distribuição de renda, inclusão do trabalhador na previdência social, permanência do homem em sua região, aumento de arrecadação de tributos para os municípios, estados e União, bem como o restabelecimento da auto-estima e da dignidade do “Homem”.
A Organização Internacional do Trabalho-OIT- reconhece a importância das cooperativas, para a geração de trabalho, emprego, renda, e da sua contribuição à economia.
Reconhece também que o modelo cooperativo promove a mais perfeita participação de toda a população no desenvolvimento econômico e social. 
Uma sociedade trabalhadora necessita da existência de setores públicos e privados fortes e de um forte segmento cooperativo, bem como de outras organizações sociais. Dentro deste contexto, os governos deveriam estabelecer uma política e um marco jurídico favoráveis às cooperativas, compatíveis com sua natureza e função, e não persegui-las aleatoriamente, sem separar o joio do trigo.
O Governo poderia também estabelecer um marco institucional, como: a] Só permitir registro de cooperativas na Junta Comercial, com o “de acordo” nos documentos constitutivos dado pela Organização das Cooperativas Estaduais-OCES; b] Diferenciar na tabela de preços das Juntas Comerciais a cobrança dos valores das taxas de registros e de documentos oficiais para cooperativas, considerando que as cobranças das taxas são as mesmas cobradas para empresas S/A e Ltda; c] Permitir a participação das cooperativas nos processos licitatórios do Município, Estado e União; d] Permitir a participação de cooperativas nas diversas linhas de créditos dos Bancos Oficiais que atendam às necessidades dos cooperados; e] Fomentar o desenvolvimento das cooperativas como empresas autônomas e autogeridas, em especial, nos âmbitos onde as cooperativas possam desempenhar um papel importante ou onde oferecem serviços que, de outra forma, não existiriam. 
“As cooperativas continuam a ser o meio para realizar sonhos. As cooperativas produzem bem-estar e democracia, mas, sobretudo produzem felicidade. As cooperativas são “a opção” e não apenas “uma opção’, porque geramos valor agregado á vida das pessoas...Quando se investe numa instituição cooperativa, se tem certeza...de que se vence a exclusão...se gera emprego, se distribui eqüitativamente a riqueza...se potencializa a produtividade...se decide democraticamente...não se atenta contra o meio ambiente...se propaga bem estar ao meio comunitário...que há vinculação com os setores econômicos de geração de produtos e serviços... que, em primeiro lugar e o mais importante, são as pessoas”.
As cooperativas transferem não apenas produtos, serviços e recursos financeiros; transferem cultura” . Palavras do Mestre Roberto Rodrigues.

COOPERATIVA AGRICOLA NA BAHIA

08 de Março de 2007

 

COOPERATIVA AGRICOLA NA BAHIA

TRIBUNA DA BAHIA - quinta-feira, 8 de março de 2007 00:00 por Alderico Sena 

A Bahia é um dos mais importantes Estados da Federação, que oferece excelentes condições naturais e econômicas, com grandes perspectivas para o desenvolvimento das suas atividades rurais, haja vista, a diversificação de sua produção agropecuária, desde os produtos de exportação e o de consumo interno.
A comercialização dessa produção é feita através de empresas de exportação e firmas comerciais, não existindo, ainda, uma mentalidade para que essa comercialização seja feita por intermédio do sistema cooperativo, via uma central cooperativa, o que seria o ideal porque viria favorecer o produtor rural, eliminando dessa maneira o intermediário, que usufrui as maiores vantagens e lucros das produções.
Atualmente observa-se, entre os rurícolas um certo pessimismo, ou mesmo, desanimo, pela baixa rentabilidade em suas diferentes atividades, chegando mesmo a uma completa descapitalização em muitos casos.
Na exploração agro-pastoril predomina ainda a rotina, o empirismo, por desconhecer os nossos produtores os métodos modernos de cultivo agrícola a exploração pastoril, visando maior produtividade e conseqüentemente maiores vantagens por unidades explorada.
Esta distorção poderia ser corrigida, se o governo aplicasse o que estabelece o artigo 174 § 2º “A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”, através de programa de extensão agrícola, com assistência técnica e credito orientado ao produtor associado em cooperativas de produção ou agrícolas.
Causas do fracasso das cooperativas agropecuárias na Bahia, especificamente:
A] Falta de conhecimento da doutrina entre os cooperados e dirigentes de cooperativas; b] Ausência de políticas públicas para motivar a sociedade a se organizar e criar cooperativas, sendo na maioria das vezes criadas pela improvisação sem a orientação do Órgão de Representação do Cooperativismo no Estado –OCEB. ; c] Falta de lideranças com conhecimentos dos princípios cooperativos; d] Ausência de espírito cooperativo entre a comunidade ruralista; e] Influencia de política partidária na criação de cooperativa e a formação de grupos entre cooperados; f] Falta de poder de fiscalização, controle e acompanhamento do Órgão de Representação do Cooperativismo no Estado, devido a Lei 5.764/71, não conceder esse direito; g] Cobranças de tributos e taxas nos produtos entregues às cooperativas pelos cooperados, devidos o governo não cumprir, o Ato Cooperativo, amparado no artigo 146, alínea c da C.F; h] Dificuldades de encontrar profissionais nas áreas administrativas, contábeis e do direito com conhecimentos da legislação e procedimentos cooperativos; i] Falta de consciência entre cooperados e dirigentes para integralização do capital e outras por pobreza dos associados; j] Falta de participação dos associados nas reuniões e Assembléias Gerais para deliberações das ações da cooperativa.k] Falta de conhecimento do Estatuto Social e da Lei 5.764/71, pelo corpo de associados e de dirigentes da cooperativa.

Medidas que podem contribuir no desenvolvimento do cooperativismo na Bahia:
a] Apoio do governador Jaques Wagner para aprovação da Lei, que institui a política estadual do cooperativismo, que tramita na Assembléia Legislativa, desde 2003; b] Inclusão da disciplina educação associativa no currículo das escolas de 1º e 2º graus com atividades relativos ao cooperativismo c] Governo, firmar parceria com o SESCOOP-Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo da Bahia para promover ações de capacitação, formação e informação nas comunidades sobre, a filosofia e os princípios cooperativos, celebrando acordo, ajuste e convênio para tomada de decisões e medidas no que diz respeito ao desenvolvimento do cooperativismo no Estado; d] Desenvolvimento de cursos, palestras, seminários, fóruns permanentes nas regiões do Estado sobre cooperativismo para formação de lideres e melhor conhecimento e disseminação da doutrina e princípios do cooperativismo no meio rural e urbano; e] Incentivar a organização e constituição de cooperativa depois de bem motivada nas comunidades. Rurais e urbanas das regiões; f] Assistência Técnica e incentivos permanentes de Órgãos Oficiais e da OCEB para a constituição e isenção das taxas de registros com carência de um ano para fomentar as cooperativas; g] A JUCEB, só registrar cooperativa após o de ACORDO nos documentos constitutivos pela OCEB; h] Instituições públicas e privadas só firmar contrato, acordo, convênio com cooperativa, após a apresentação da certidão negativa da OCEB.
Se todos cooperarem, a gente faz uma Bahia, melhor e mais feliz.

COOPERATIVA NASCE DAS PESSOAS

16 de Janeiro de 2007

 

COOPERATIVA NASCE DAS PESSOAS

TRIBUNA DA BAHIA - terça-feira, 16 de janeiro de 2007 00:00 por Alderico Sena 

Cooperativa é um empreendimento que nasce das pessoas para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais de forma coletiva.
Cooperativismo origina-se da palavra cooperação. É uma doutrina cultural e socioeconômica, fundamentada na liberdade humana e nos princípios cooperativos.
O empreendimento cooperativo tem características próprias e se fundamenta nos valores humanos de seus associados. É uma ferramenta adequada para o trabalhador se inserir no mercado de trabalho de forma digna e honesta porque, de forma individual, apresentam dificuldades para serem resolvidos seus anseios profissionais.
Para se constituir uma cooperativa é necessário no mínimo vinte pessoas que estejam devidamente capacitada sobre o conceito e a filosofia do cooperativismo para então realizar uma Assembléia Geral de Constituição para aprovação do Estatuto Social, eleição do Conselho Administrativo, Fiscal e de Ética. Após a Assembléia deve registrar os instrumentos de constituição nos seguintes Órgãos: Junta Comercial Receita Federal, OCEB – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia, Prefeitura Municipal e/ou Secretaria da Fazenda do Estado, dependendo do ramo da cooperativa.
Características da sociedade cooperativa que devem ser observadas por aqueles que desejam ou já estão no Sistema Cooperativo, como: 1º- Adesão Voluntária; 2º- Variabilidade do capital social; 3º- Limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado, facultando, porem, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade; 4- Incessibilidade das quotas-partes do capital terceiros; 5º- Singularidade do voto; 6º Quorum para o funcionamento e deliberação da Assembléia Geral, baseado no número de associados; 7º- Retorno das sobras liquidas do exercício, proporcional às operações realizadas pelo associado; 8º- Indivisibilidade dos fundos; 9º- Neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social; 10º- Prestação de assistência aos associados e trabalhadores da cooperativa; 11º Área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.
A cooperativa é gerida por associados, eleitos em Assembléia Geral, com mandato estabelecido em Estatuto Social, podendo ser gerida por administrador contratado de acordo a Consolidação da Legislação Trabalhista, devido o mesmo não ser associado e sim um empregado.
Comprovadamente os associados de cooperativa terão que ter consciência de que só serão competitivos e estarão presentes no mercado globalizado se aplicarem à gestão eficiente, a ética, o profissionalismo e a qualidade, visando em primeiro lugar o cliente. No entanto, é preciso um planejamento estratégico para que todos associados saibam que só haverá retorno positivo se houver participação, responsabilidade, disciplina, comprometimento e profissionalismo, pois todos têm que ter consciência que o empreendimento é coletivo e o investimento é, uma cooperativa.Cooperativa é uma sociedade civil de pessoas que contribuem com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica de proveito comum, sem objetivo de lucro constituída para prestar serviços aos associados. Cooperativa é uma sociedade civil de natureza jurídica especial que a diferencia, assim de outras sociedades, de pessoas e não de capital. De pessoas reais, presentes e não anônimas.Com base nos princípios do cooperativismo, o ingresso das pessoas numa cooperativa é livre a todos que desejam fazer uso dos serviços prestados pelo empreendimento cooperativo, desde que atendam aos pré-requisitos legais, estatutários e regimentais.Cabe ao conselho administrativo/diretor analisar e avaliar minuciosamente à proposta de adesão daqueles que querem ou desejam ser um empreendedor coletivo. Investimentos educacionais é o instrumento para o bom alicerce de um associado. A realização de cursos sobre cooperativismo, estudo da legislação, estatuto e regimento interno, bem como conhecimento da estrutura e o funcionamento da cooperativa são a ferramenta para todos cumprirem bem os seus deveres para a cooperativa e exigir os direitos, é só participar. Cada associado tem direito a um voto nas Assembléias Gerais e a cooperativa não tem dono, é de todos associados.
A liberdade de expressão, a criatividade, a compreensão, a troca de idéias em busca da modernidade devem estar presentes na cooperativa, pois assim se fortalece o empreendimento coletivo. É importante não esquecer o lado humano, pois cada pessoa tem emoções, sentimentos, sonhos e idéias que precisam ser valorizados para que o associado se sinta um empreendedor capaz e que possa ajudar sempre a cooperativa crescer no mercado globalizado.
Uma cooperativa para obter sucesso no mercado precisa que cada associado apliquem alguns princípios fundamentais como: Organização, Participação, Ética, Honestidade, Cooperação e comprometimento para conquistar credibilidade e o seu crescimento no Mundo Globalizado. Cooperativa o lema é “UM POR TODOS, TODOS POR UM”. Cooperativa nasce das Pessoas.

COOPERATIVISMO SEM REPRESENTAÇÃO POLITICA

06 de Outubro de 2006

 

COOPERATIVISMO SEM REPRESENTAÇÃO POLITICA

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 6 de outubro de 2006 00:00 por Alderico Sena 

Mais uma legislatura se finda e a Reforma da Lei Cooperativista 5.764/71, fica para outrora.Tramita no Senado Federal desde 1989, três Projetos com os mesmos objetivos, PLS 171 do Senador Osmar Dias, PLS 605 do Senador Eduardo Suplicy e PLS 428 do Senador Fogaça, apensados cuja relatoria cabe ao Senador Demóstenes Torres que adotou o PLS 171, de acordo com as aspirações do Sistema. Ocorre que para impedir aprovação do PLS 171/99 a Casa Civil utilizou de uma estratégia e encaminhou proposta de um novo Projeto de Lei cujo texto não atende aos interesses do cooperativismo brasileiro, ferindo inclusive o artigo 5º inciso XVIII da Constituição Federal que não permite a interferência estatal no funcionamento e na gestão de cooperativa.
Outra Regulamentação que ficou para traz, foi das cooperativas de trabalho. Existem três projetos de Lei, PL 7.009/06, do Deputado Walter Barelli, PL 6.449/05, do Executivo e o PL 4.622/04, do Deputado Pompeu, que tramitam na Câmara Federal, visando atuação das cooperativas de trabalho com a feitura de legislação própria, que ao meu modo de ver acho um equivoco do Congresso Nacional. O Congresso, através dos seus Pares, deveria consolidar o Sistema em uma única Lei, com os 13 ramos de cooperativas.
Outro absurdo contra o cooperativismo, porque as cooperativas de credito não recolhem para o SESCOOP? As cooperativas de credito recolhem 2,5% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados empregados, para a Previdência Social ao invés de estarem recolhendo para o SESCOOP- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo a exemplo dos demais ramos do Sistema.
Recentemente, as cooperativas de credito reunidas no 6° CONCRED-Congresso Brasileiro de Cooperativismo de Credito, em Blumenau-SC, em julho próximo passado, reafirmaram o propósito de contribuir efetivamente para o desenvolvimento equilibrado do Pais com justiça social, através da CARTA DE BLUMENAU –CONFE nº 185/06, de 21 de julho de 2006, endereçada ao Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da Republica Federativa do Brasil, contendo uma pauta de reivindicações do cooperativismo de credito discutidos e aprovados no referido CONCRED. Uma das solicitações é que as cooperativas de credito também contribuam para o SESCOOP para usufruir dos serviços prestados na área de formação, monitoramento e promoção social, em substituição à contribuição prevista no artigo 22, parágrafo 1º, da Lei 8.212/91, assim as sociedades cooperativas de credito passarão a recolher, em favor do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo-SESCOOP, 2,5% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer titulo, aos segurados ou empregados, definido no artigo 42, inciso I, da Lei nº 8.212/9l.
Por falta de representação política nas Casas Legislativas, formadas por lideranças do Sistema, as cooperativas vêm sendo garfadas com a tributação do ato cooperativo e tantas outras penalidades. A sociedade cooperativa presta serviços aos seus cooperados e assim age em nome desses. A cooperativa é o elo de ligação do mercado com a atividade econômica dos cooperados. A sociedade não possui renda/faturamento próprio. O governo já reconheceu, através de Lei, esta realidade nos ramos agropecuários, transporte, infra-estrutura e de credito e porque não estendeu o mesmo tratamento a todos os ramos?
O Sistema Cooperativo precisa entender que toda e qualquer ação de interesse do cooperativismo, dependem de decisões políticas e sem representação formadas por lideranças nascidas dentro das cooperativas, seja a nível municipal, estadual e Federal, não conseguiremos aprovar nada em beneficio do Cooperativismo Brasileiro. É só observar os 17 anos, que flutuam de para quedas a Reforma da Lei Cooperativista Lei, 5.764 e o avanço organizacional de correntes contraria ao SISTEMA OCB.

GESTOR TEM QUE SER QUALIFICADO

06 de Agosto de 2006

 

GESTOR TEM QUE SER QUALIFICADO

TRIBUNA DA BAHIA - domingo, 6 de agosto de 2006 00:00 por Alderico Sena 

Todo e qualquer empreendimento requer um gestor qualificado, se não o empreendimento morre.
A Cooperativa nasce das pessoas empreendedoras e que acreditam numa ferramenta coletiva para se inserir no mercado e competir em igualdade de condições com as empresas capitalistas. É imprescindível a compreensão da Cooperativa a partir da necessidade de mercado, sujeita à livre concorrência e que depende de dirigentes que lhe agreguem competência e competitividade;
A gestão compartilhada é extrínseca à cooperativa e a base para o sucesso da sociedade é investir na educação dos associados para o entendimento da natureza dessa gestão e possibilitar a reflexão e a conscientização sobre os diferentes papéis inerentes à função do gestor e as decorrentes responsabilidades de natureza ética, através de doutrina com princípios e valores, e legal normatizada pela Lei 5764/71. A formação cooperativista e a profissionalização do quadro de dirigentes contribui para uma maior eficiência e eficácia da atuação dos Gestores, sobretudo na construção de uma visão estratégica.
A Gestão associativa é um processo interativo de planejar, organizar, dirigir e avaliar resultados internos, com foco no cooperado, e externos voltado ao mercado. Nesse contexto, o planejamento é fundamental para estabelecer missão e visão que funcionarão como a bússola do empreendimento cooperativo. As atribuições previstas no estatuto social e as decisões da Assembléia Geral são norteadoras da ação dos dirigentes de cooperativas, as quais a gestão se subordina .
Algumas habilidades e procedimentos são relevantes para um dirigente conduzir com sucesso a gestão da cooperativa, como a] Liderança - processo de apreendimento das necessidades dos cooperados e colaboradores e exprimi-las de forma eficiente e mesmo visionária, obtendo a interação e a participação de todos no desenvolvimento e na implementação da missão, visão e objetivos da cooperativa; b]Comunicação- processo interativo e de entendimento, assimilação e operacionalização de mensagens no ambiente da cooperativa. c] Supervisão - catalisação e orientação dos recursos humanos, direta ou indiretamente subordinados, em direção a s e objetivos estabelecidos pela cooperativa em seu processo de planejamento estratégico; d] Coordenação- capacidade de conduzir, integrar, distribuir, coordenar, controlar e visualizar as ações da cooperativa com métodos, estratégias e habilidades , tendo como foco principal o desenvolvimento de um processo, projeto ou plano de ação da cooperativa. e] Decisão - que deve ser entendida como processo que requer análise, cautela e competência para decidir . O gestor tem que se posicionar com ética, neutralidade, coerência e comprometimento com a responsabilidade que lhe foi delegada através de Assembléia Geral; f] Ação - capacidade de decidir e agir com coerência e sensatez nas diversas situações que lhes são apresentadas no dia-a-dia, otimizando os recursos disponíveis para o alcance de resultados estabelecidos no planejamento estratégico da cooperativa.
A educação cooperativista se consolida através da interação cooperado x cooperativa; a cultura cooperativista se consolida pela prática de trabalhar em conjunto; a democracia cooperativista se consolida pela igualdade de deveres e direitos de todos os cooperados; e o empreendimento cooperativista, se consolida pela gestação participativa, pois se a competição é inevitável, a cooperação é essencial.
São passos estratégicos dos associados de cooperativa para a consolidação do Sistema: 1º] Conhecer o Órgão de Representação do Sistema no Estado para saber das sua função e dos seus obrigações para com ele; 2º] A Lei 5.764/71, Que define a Política Nacional do Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; 3º] A Constituição Federal, especialmente os incisos que fazem referência ao cooperativismo; 4º] O Código Civil; 5º] Princípios Cooperativistas e as Características da Sociedade Cooperativa 6º] Participar das ações educacionais promovidas pela OCEB/SESCOOP para a profissionalização da gestão, qualificação profissional e educação cooperativista dos associados e trabalhadores em cooperativa.
Assumir desafios em defesa do coletivo, servindo ao próximo e não se servindo do próximo e um exercício de cidadania que deve ser de todo e qualquer gestor do Sistema Cooperativo e dos serviços públicos em geral.
“ A cooperativa não tem sócios. São os sócios que têm a cooperativa”.

DESEMPREGO E INFORMALIDADE

05 de Junho de 2006

 

DESEMPREGO E INFORMALIDADE

TRIBUNA DA BAHIA - segunda-feira, 5 de junho de 2006 00:00 por Alderico Sena 


Cooperativas de Trabalho Merecem Respeito. O tratamento que vem sendo dado ao cooperativismo pelo governo brasileiro é imoral e ilegal, é só observar-se o que consta na Constituição Federativa do Brasil, artigo 174 § 2º que dispõe: ” A Lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”. E o artigo 5º, Inciso XVIII - diz que a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas, independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, independentemente da Lei 5764/71, que ” Define a política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providenciais “, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da Republica Federativa do Brasil. Subtende-se que Lei, quando é sancionada, é para ser cumprida.
Os números de trabalhadores desempregados e na informalidade são alarmantes e o crescimento é geométrico. Paralelo a este crescimento cresce também os Movimentos Sociais e a Criminalidade. Mudar de um movimento social para o criminal é mais fácil e mais rápido para seus integrantes do que encontrarem resposta do Governo através de projetos e de políticas públicas. Perguntamos o que farão os milhares de jovens das periferias metropolitanas, sem horizontes de trabalho, a não serem migrarem para a criminalidade ou engrossarem o exército de “ginastas dos semáforos” mendigando trocados. Estes ainda não se filiaram ao PCC, mas são candidatos de fácil mobilização. Segundo cientistas políticos há uma “agenda oculta” por trás do fato político do “quebra-quebra” no Congresso. Se o MLST queria repercussão nacional e internacional, conquistaram. Vão pagar um preço, e pagaram, especialmente atingindo pessoas inocentes, enquanto os legítimos alvos ficaram limitados aos discursos nas tribunas. São formas inadequadas de expressarem a “Justa Ira” da população pela impunidade que assistiu diante da absolvição dos “mensaleiros” do governo Lula, movidos com verbas públicas. E nada se fará diante do fato, como não o fez FHC quando da invasão de sua fazenda. É inadmissível para a população tomar conhecimento que o Ministério Público investigou, a Comissão de Ética julgou e o Congresso, irresponsavelmente, absolveu seus pares comprovadamente delinqüentes. A “Justa Ira” melhor se expressaria se em 3 de outubro eliminasse a todos, através da divulgação de seus nomes no horário eleitoral gratuito.O TSE bem que poderia prestar este serviço ao eleitor Seria uma forma da sociedade aplicar a CPI do Eleitor que é o Voto Popular. O povo ao continuar apoiando o Governo Lula, apesar de tanta patifaria, como assim o qualificou a Senadora Heloisa Helena, no recente Programa Roda -Viva, considerando um governo marcado por corrupção e até por crimes, é o resultado da impunidade, o que pode parecer paradoxal. Acredito que a reflexão é “se todos são delinqüentes, ficamos com o Iniciante, até provas mais contundentes”. Não sei como a mentira, o engodo e o desrespeito a população vão se apresentar na propaganda eleitoral gratuita, mas essa Marcha, como diria a historiadora Bárbara Tuckman, dos Insensatos cheios de “Cobiça, Vaidade e Sede de Poder”, sem compromissos com os problemas sociais que se agravam a cada dia, nos leva a pensar que são egressos do “Juliano Moreira”. Seria aconselhável que os responsáveis pela execução do orçamento do governo refletissem diante das estatísticas do IBGE, que registra entre 1991 e 1996 um crescimento de 40% para 47% do numero de trabalhadores sem carteira assinada, em seis regiões metropolitanas pesquisadas; em 2003, ultrapassavam 60%. Ou seja, no universo de 78 milhões de trabalhadores brasileiros, 48 milhões estavam na informalidade e parte desses se beneficiavam do Sistema Cooperativista.
As Cooperativas são formadas por trabalhadores que são marginalizados pelo mercado de trabalho. Se recebessem um convite de uma Multinacional com carteira assinada e todas as vantagens celetistas, não estariam procurando uma estratégia para ingressarem ou voltarem ao mercado. É importante ressaltar que as cooperativas prestam relevantes serviços ás pequenas empresas, às prefeituras, que não dispõem de orçamento para contratarem pessoal permanente com a carga previdenciária decorrente, supervisores para a estrutura de pessoal, além da cultura de trabalho que marca o servidor publico deste país, com baixos salários e nenhum estímulo para uma prestação de serviços de excelência. As áreas onde atuam as cooperativas não conflitam com as atividades FIM de empresas, de órgãos públicos, são serviços que podem ser perfeitamente desenvolvidos por trabalhadores autônomos organizados e que, como autônomos, pagam seus tributos e contribuições necessárias a uma aposentadoria. A cooperativa é o “guarda-sol do trabalhador autônomo”, ela se encarrega de fazer o marketing coletivo, de assinar contratos e de organizar o Quadro Social. O governo em vez de combater o Sistema OCB, deveria em cada Estado aliar-se aos Órgãos de Representação, para fortalecer o Sistema e fazê-lo crescer, em paralelo ao conjunto de trabalhadores que encontram espaço no mercado de trabalho mediante o Regime Celetista. A OCEB, Órgão de Representação do trabalhador cooperado na Bahia, vem desenvolvendo esforços para combater a perseguição às cooperativas, fortalecendo suas estruturas operacionais. Criamos o SAAC-Serviço de Análise e Acompanhamento das Cooperativas, através do qual dezenas de cooperativas estão se beneficiando do apoio de advogados e contadores, especializados na lei cooperativista, e que através de Visitas Técnicas para diagnósticos situacionais e exame de Estatutos e Regimentos instrumentalizam o modus operandi, adequando-o à Legislação e Normas vigentes do Sistema. O objetivo é melhorar as posições quando no contexto de devassas perseguidoras do Governo. As inscrições para as Visitas Técnicas continuam abertas a todas as filiadas. O fato é que Sistema Cooperativo tem a marca da Legalidade e quer apenas que suas filiadas ocupem um espaço que lhe é garantido pela Constituição e por Lei especifica, a 5764/71, e tem por objetivo precípuo que os cooperados trabalhem com dignidade, produzam serviços e saiam da informalidade. São eles 15 milhões de pessoas, que hoje estão perigosamente ameaçados pela Lei 7009/06 que tramita no Congresso Nacional. É uma injustiça que seja exatamente nesta Casa, marcada pela corrupção e impunidade, que o destino de milhões de trabalhadores esteja em jogo. É uma verdadeira calamidade pública, que todo cooperado deve tomar conhecimento e fazer de 1º de outubro um dia de reflexão e de decisão. A “Justa Ira” deverá expressar-se neste dia, através do voto consciente do cooperado e de seus familiares. Vejam a lista e decidam. A CPI do eleitor é o voto. Acorda Brasil. Cooperativas de Trabalho Exigem Respeito.

CULTURA PERVERSA CONTRA AS COOPERATIVAS

31 de Marco de 2006

 

CULTURA PERVERSA CONTRA AS COOPERATIVAS

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 31 de março de 2006 00:00 por Alderico Sena 

Não conseguimos entender essa cultura perversa contra as cooperativas no Brasil, nem o que se esconde por detrás das posições de determinados setores, em especial das Delegacias Regionais do Trabalho, do MPT-Ministério Público do Trabalho, da Advocacia Geral da União e de Sindicatos. Os representantes dessas Organizações revelam em seus pronunciamentos um transparente preconceito contra as cooperativas as quais se referem sempre em termos agressivos, como ficou evidenciado em entrevista ao jornal Correio da Bahia, com denuncias vazias tais como: “Empresas usam cooperativas para burlar lei” e “Cooperativas são fraudulentas”, entre outras.. Essas manchetes nos meios de comunicações jamais deveriam ser editadas porque uma “cooperativa” irregular não deve ser usada para nivelar as demais, sem nenhum respeito às cooperativas legalmente constituídas de profissionais com currículos respeitados e que se organizaram em cooperativas ou porque se aposentaram, ou porque é a cooperativa um instrumento que distribui melhor a renda gerada pelo trabalho, não se acumulando nas mãos de um pequeno grupo de capitalistas, ou por motivos outros sempre em prol de uma melhor forma de gerar renda e trabalho para um grupo de no mínimo 20 pessoas. É bom sempre estar lembrando que o Sistema cooperativo é regido por uma Lei especifica, a 5.764 de 16 de dezembro de 1971, que: “Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências”. O Artigo 4º dispõe: “As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades... “ e o artigo 5º estabelece que “As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero de serviço, operação ou atividade, assegurando-se-lhes o direito exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão cooperativa em sua denominação”. A cooperativa requer que seu processo de constituição esteja na forma da legislação vigente para obter autorização de funcionamento e registro em Órgãos Municipal, Estadual e Federal, iniciando pela Junta Comercial, Ministério da Fazenda, Estado/Prefeitura, a depender da Atividade, e finalizando pela Organização das Cooperativas do Estado.
A cultura anticooperativista praticada no Brasil pelos homens que conduzem as coisas públicas é de uma dimensão vergonhosa, tudo para assegurar o regime celetista, ou outros motivos secretos, ou ainda por pura ignorância, sem nenhuma preocupação com aqueles que não tem o privilégio de terem uma carteira assinada. Eles não tem visão de que as atividades Fim de uma empresa não dão mais espaços para contratar dezenas de profissionais para as atividades Meio, sob pena de ver-se fechadas as portas da empresa, sem que complete 6 meses de abertura. Veja-se um hospital, que na realidade o objetivo Fim é disponibilizar estrutura de apartamentos, enfermarias, UTI’s e equipamentos caríssimos para as praticas médica. Um médico isolado jamais poderia dispor de recursos suficientes para tal investimento. Também necessariamente, um hospital não poderá assinar centenas de carteiras de médicos de todas as especializações para atender a clientela. O modelo cooperativo é uma ferramenta moderna que organiza grupos de médicos, enfermeiros, professores, catadores de materiais recicláveis, costureiras, mineradores, contadores, e categorias profissionais outras para prestarem serviços a estas organizações, de grande porte. Se muitas atividades de determinados órgãos públicos contratassem os serviços de uma cooperativa, não haveria tanta ociosidade no setor público, nem estas entidades deveriam tanto a Previdência Social. Utilizar a mão de obra terceirizada é concentrar a renda do trabalho na mão do empresário e muitas vezes são esses empresários que estão por trás dos Órgãos de fiscalização para perseguirem as cooperativas. Esses Setores que perseguem cooperativas estão urgentemente carentes de uma CPI. Falta a ainda a essas instituições denegridoras das cooperativas reciclarem seus conhecimentos e adentrarem à era da modernidade, pois não podemos andar de burro, quando à séculos se inventou a roda. O cooperativismo é instrumento do mundo moderno e tem ampla expansão nos paises da Europa, da América Latina, nos EEUU, no Japão, faltando ser abraçado pela China, talvez porque com tanta mão de obra barata não está precisando de cooperativas modernas e bem administradas para prestarem serviços a grandes empresas do mundo globalizado.Simplesmente é uma questão cultural, de visão e também política. 
O Sistema Cooperativo requer da sociedade um amplo debate sobre os princípios filosóficos, doutrinários e organizativos para que se possa incorporar este modelo econômico/social a nossa conjuntura, especialmente nordestina, para atenuar a os efeitos perversos da globalização e os problemas que o avanço tecnológico provoca nas relações trabalho/capital. Depois de mais de um século de implantação das cooperativas no Brasil, trazidas por alguns idealistas e multiplicadas inicialmente entre imigrantes alemães e italianos, é no inicio do século XXI que o Cooperativismo mostra o forte impacto das grandes transformações que está provocando no sul do País, com o agronegócio e o crédito, e no mundo. Os Poderes Executivos, Legislativos e Judiciários brasileiro estagnaram ao serem subservientes à política sindicalista, em vez de respeitarem os dispositivos constitucionais, como preceitua o artigo 174 § 2 “A lei apoiara e estimulara o cooperativismo e outras formas de associativismo. O governo não honra a Constituição e Leis Orgânicas dos municípios e penaliza as cooperativas com PIS, COFINS, BITRIBUTAÇÃO COM INSS e o ISS, indo assim de encontro o que diz, a C.F, artigo 146, alínea C] “Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas”. Inclusive o Presidente LULA prometeu no dia Internacional do Cooperativismo, na sede da OCB, que iria transformar o Brasil em País cooperativista. Enquanto isto está, através de fiscais dos DRTS e MPTS no Brasil acionando cooperativas e procurando as empresas que contratam seus serviços para fazer ameaças e suspender contratos, o que tem provocado fechamento e desestruturação de muitas cooperativas no País. Esses desserviços dessas instituições só têm elevado o número de desempregados e o crescimento das desigualdades sociais. É lição básica para todos que o Cooperativismo é uma cultura de Inclusão Social e Desenvolvimento. De mãos dadas, poderíamos construir um Brasil mais justo.

BAHIA É REFERÊNCIA NO NORDESTE

17 de Fevereiro de 2006

 

BAHIA É REFERÊNCIA NO NORDESTE

TRIBUNA DA BAHIA - sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006 00:00 por Alderico Sena 

O Cooperativismo baiano, nesses últimos anos, tornou-se referência do Sistema no Norte e Nordeste.
A Bahia conquistou essa referência devido aos investimentos da direção da OCEB/SESCOOP, sob o comando do Dr. Orlando Colavolpe, dentre os quais citamos: crescimento no número de cooperativas; geração de trabalho, emprego e melhor distribuição de renda; educação, formação e profissionalização da gestão; inclusão social e permanência do “Homem” em sua região, contribuindo assim para a redução do êxodo rural
As atividades desenvolvidas pela OCEB/SESCOOP-BA, impulsionaram.os diferentes Ramos do Sistema, destacando-se :1. O Ramo Educacional, pioneiro no Brasil na construção de um Projeto Pedagógico Unificado, aprovado pelo Conselho Estadual de Educação em outubro de 2002, representou o ponto alto do trabalho participativo das cooperativas filiadas a OCEB e o esforço para incorporar todas as existentes no Estado, para que também adotem uma linha pedagógica comum, coerente com a filosofia cooperativista e com os resultados sócio-educacionais que os educadores buscam. No decorrer do exercício 2005, foi realizado o X Encontro do Ramo, com elaboração de um Plano de Trabalho para o período 2005/06 destacando-se as s de atualização metodológica das equipes pedagógicas nas diversas áreas do conhecimento, definição de linhas de ação, priorização de estratégias e dimensionamento de s, entre as quais destacamos os cursos de pedagogia da cooperação com ênfase nos jogos cooperativos aplicados à área de educação física nas escolas. 2. O Ramo Crédito, com forte política de desenvolvimento local, enfatizou a capacitação de conselhos administrativos e fiscais, dirigentes e gerenciais, assegurando a otimização da prestação de serviços aos cooperados. O Crédito baiano, com 59 cooperativas, é referência do Sistema nas Regiões Norte e Nordeste. Por intermédio de intercâmbios, o Ramo possibilita uma exitosa experiência com crédito para pequenos e médios agricultores, além de outros beneficiários. 3. O Ramo Mineração, com projeto de formação de uma cooperativa central, pelos mineradores, lapidadores e artesãos minerais, a qual dará sustentação a uma política para as regiões de mineração da Bahia, voltada para a profissionalização da gestão das cooperativas singulares, apoio nas áreas de comercialização e exportação, visando à consolidação do desenvolvimento do segmento. 4. Esforços foram desenvolvidos junto às cooperativas do Ramo Agropecuário, apoiando a revitalização do sistema de produção de leite, como também junto aos projetos do Sistema Pesqueiro, em processo de expansão, especialmente as cooperativas vinculadas ao Comitê Gestor para Desenvolvimento Sustentável de Aqüicultura e Pesca da Costa dos Coqueiros; foi procedida divulgação do avanço tecnológico das cooperativas voltadas para exportação, a exemplo da Cooperativa Agrícola de Juazeiro [CAJ], premiada nacionalmente e internacionalmente. Outros avanços das cooperativas baianas foram apoiados pelo Sistema, especialmente as inovações dos modelos de produção agrícola, a exemplo do inhame, caju, café e farinha de mandioca. 5. Foi continuados o Programa Cooperjovem, com a adesão de diversos municípios, o que propiciou um amplo leque de novas ações de multiplicação de formadores e ampliação do número de escolas envolvidas com o Programa. 6. Foram atendidas as demandas de educação/formação/capacitação de conselhos de administração e fiscais, gerentes e dirigentes das cooperativas filiadas, no contexto do programa de Auto-Gestão do Sistema, registrando-se uma ampla adesão ao programa do SAAC - Serviços de Análise e Acompanhamento de Cooperativas. Gestores, funcionários e associados representando cerca de 200 cooperativas participaram dos cursos e de outros eventos do Sescoop/Ba. No exercício foram 102 eventos, contemplando seminários, encontros, palestras e principalmente cursos de Formação Cooperativista e de Legislação Tributária e Previdências, um dos mais freqüentados por dirigentes e gestores. 7. O Ramo Saúde, com 76 cooperativas, tem destaque em 2005, com a parceria formalizada com o Cremeb, que condiciona a liberação dos alvarás de funcionamento ao registro na OCEB, valorizando o Sistema. 8. Foi formalizada parceria com a Universidade Católica do Salvador [Ucsal] para a realização do I MBA em Gestão de Cooperativas, no Estado, com carga horária de 420 horas. 9. Buscou-se descentralizar as ações do Sistema através da instalação da primeira Delegacia Regional da OCEB no município de Itabuna, tendo sido realizado, com êxito, o I Seminário de Integração das Cooperativas do Litoral Sul Baiano, onde se localiza a representação da OCEB.10. Foi comemorado o trigésimo quinto aniversário da OCEB com a realização de uma sessão especial na Assembléia Legislativa, um evento marcado por um grande número de pessoas, oportunidade em que foi entregue títulos de Cidadão Cooperativista Baiano a personalidades que se destacaram em apoio ao Sistema na Bahia.
Cooperativismo: Inclusão Social e Desenvolvimento.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA COOPERATIVA

16 de Janeiro de 2033

 

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA COOPERATIVA

TRIBUNA DA BAHIA - domingo, 15 de janeiro de 2006 00:00 por Alderico Sena 

A comunicação ocupa espaços cada vez mais importantes nas cooperativas, propiciando possibilidades de fortalecimento das relações internas e externas no mercado.
A comunicação humana é a possibilidade de troca de conhecimento, informações, sentimentos e emoções entre os seres humanos, sendo, portanto, o fundamento da interação entre eles.
A comunicação possui papel fundamental nas organizações cooperativas, principalmente na concretização das diferentes relações entre seus diversos públicos.
Cooperativa é uma sociedade civil de pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica e social de proveito comum, sem objetivos de lucros, não sujeita a falência, não sujeita a falência, com forma e natureza jurídica próprias e constituída para prestar serviços a seus associados.
A dupla proposta, econômica e social, faz com que uma cooperativa seja distinta de outras formas de organização empresarial. A dimensão econômica, enquanto empresa coletiva, proporciona meios adequados para o sustento e o trabalho do associado, segundo critérios de eficiência e racionalidade. A dimensão social, enquanto associação de pessoas, torna o associado sujeito do próprio processo, enquanto participante da tomada de decisões da empresa cooperativa.
Fundamenta-se em valores de auto-ajuda, responsabilidade própria, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. As cooperativas inspiram-se em alguns princípios que norteiam o cooperativismo desde a sua origem e que servem de diretrizes para a prática desses valores.
Entre os princípios e valores, chama-se a atenção para a proposta democrática das cooperativas, fundamentada na participação, tanto no campo político como no social e econômico. O associado deve participar da vida da cooperativa, considerando os vários aspectos que a caracterizam, pois ao mesmo tempo que é dono da empresa é também usuário dos serviços e instalações da mesma.
A cooperação envolve sempre comunicação, como afirmação e reconhecimento de interesses e pontos de vista diversos e como diálogo para a fundamentação de entendimentos em níveis mais altos. E a educação não é senão uma forma de comunicação intencionalmente direcionada para determinados interesses e valores [Marque, 1980, p.33].
As cooperativas necessitam de programas de comunicação que favoreçam a articulação interna e externa de seus públicos e estabeleçam uma dimensão apropriada para os valores e princípios que a perpassam. As ações organizadas devem fazer parte de um programa permanente, com iniciativas avaliadas, pois o monitoramento do processo permite verificar a adequação e os avanços alcançados.
Com o mercado econômico globalizado e o avanço tecnológico, as cooperativas precisam, cada vez mais de eficientes instrumentos de comunicação organizada.
Esses veículos possuem importante papel de informar e educar seus destinatários, renovando e atualizando conceitos, processos produtivos e métodos organizacionais, adequados à realidade cooperativa e de mercado, promovendo o desenvolvimento integral das pessoas e das comunidades humanas.
O modelo democrático das cooperativas sugere instrumentos pelos quais os associados possam expressar-se, colocar suas opiniões e escutar as opiniões dos outros, rompendo com a maneira vertical de fazer comunicação. O associado passa a ter um duplo papel: ora remetente, ora de destinatário das mensagens, enfatizado pelo viés da comunicação ascendente, descendente e horizontal, proporcionando interação, troca e participação.
Partindo-se da idéia de se trabalhar os conceitos e as práticas da educação e da comunicação conjuntamente, pode-se perceber que estes instrumentos podem favorecer aos programas pré-estabelecidos. Após a identificação dos destinatários, escolha do instrumento e a elaboração de textos adequados, esses veículos poderão fornecer condições mais objetivas, econômicas e um retorno mais rápido sobre as iniciativas da cooperativa, que tenham ou não caráter decisório.
Um jornal de cooperativa, uma mensagem na mídia falada e/ou televisada, por exemplo, pode ser identificado como um veículo difusor de informações que busca conscientizar e aprofundar discussões pertinentes ao seu público.
Segundo Franco “A comunicação organizada e a educação voltada para a capacitação do homem são necessidades do cooperativismo moderno”
Por meio da integração da comunicação e da educação, seus conceitos, funções e práticas, pode-se, implementar um processo de educação nas cooperativas, contribuindo para o exercício da cidadania e para a valorização dos seus diversos públicos e, conseqüentemente, fortalecendo a cooperativa e o sistema.
Este século é “Tempo de avaliar estruturas e pessoas; tempo de idealizar, de articular em rede; tempo de avaliar ambientes, montar estratégias; tempo, de gerar informações, de liderar, de administrar, de fazer o essencial; tempo de buscar qualidade”. Quem não tem competência não se estabelece

CRIANÇAS CLAMAM

18 de Dezembro de 2005

 

 

CRIANÇAS CLAMAM

TRIBUNA DA BAHIA - domingo, 18 de dezembro de 2005 00:00 por Alderico Sena 

O que esperamos de um milhão de crianças desamparadas pelas ruas das grandes cidades do País?! 
Alertamos os Cidadãos, as autoridades dos Três Poderes, os empresários e, em especial, a juventude. O momento é de reflexão e ação. Querer mudar é Poder. Já paramos para analisar a palavra “liberdade”?!. Temos liberdade? Em especial, nossos filhos têm liberdade? Quando um filho está na rua, pais dormem? Onde está a paz, a tranqüilidade e a felicidade das pessoas se o “direito de ir e vir” não é honrado pelas autoridades?!. Desde quando a segurança está insegura?. Se não olharmos para as desigualdades sociais, brevemente não entraremos em supermercado e não sairemos de casa. Precisamos aprender a servir ao próximo e não a se servir do próximo, para diminuirmos a miséria, a fome, a pobreza e a revolta dos menos favorecidos e desprotegidos.
É grande o número de crianças pelas ruas, cheirando cola, fazendo malabarismo nas sinaleiras e praticando delitos, sem se considerar também os menores filhos de pais paupérrimos que ficam à mercê de ajudas e de aproveitadores que traficam drogas e tantos outros costumes maléficos para a criança e para a sociedade. Os governantes do País precisam desenvolver ações concretas para transformar essa situação, bastante delicada e espinhosa. Precisamos deixar para trás a politicagem e os interesses individuais e pensar mais nas políticas sociais, porque o problema maior do Brasil não é o econômico, e sim, o social. São muitos com poucos recursos e poucos com muitos recursos, a exemplo dos lucros fantásticos dos bancos. Por que o Congresso Nacional não regulamenta a contribuição sobre as grandes fortunas, estabelecida no artigo 153, alínea VII, da Constituição Federal, para atender às instituições específicas de ensino e de aprendizagem como, por exemplo: a filosofia e o aprendizado do Escoteiro, das Bandeirantes, do Liceu de Artes e Ofícios e de tantas outras instituições que desenvolvem atividades sociais?!
Num parêntese, cabe-me dizer quão significativa é para mim a experiência como aluno que fui do Liceu de Artes e Ofícios. 
É evidente que o governo precisa também investir no esporte amador, abrindo as escolas públicas, bem como os quartéis das forças armadas e militares para que essas crianças tenham acesso à educação, religião, ao lazer, pratiquem o futebol de campo, de salão, tênis, basquete, vôlei, tênis de mesa, dominó, dama, xadrez, natação, atletismo, judô, caratê, capoeira e outras atividades educativas, com o apoio voluntário do pessoal da reserva, aposentados e outros segmentos da sociedade organizada, promovendo torneios e campeonatos para integrar e socializar essas crianças. 
Outra proposta que os governantes, os políticos e o poder judiciário precisam reavaliar e aprovar o mais rápido possível é a inclusão social dos jovens no mercado de trabalho, como no passado, onde a juventude a partir dos 14 anos de idade trabalhava como office boy, contínuo, mensageiro, nas instituições públicas, privadas e outras entidades, como também nas padarias, armazéns, mercados e nas diversas modalidades de oficinas para aprenderem uma arte e um oficio, a exemplo de mecânica, chapista, pintor, mercearia, marcenaria. São milhares de pequenos e médios empresários, em especial, lojistas e de oficinas que querem abrir espaços para a inclusão dessas crianças no aprendizado técnico-profissional, no mercado de trabalho, mas estão impedidos devido a uma CLT obsoleta e com as implicações do Estatuto da Criança. Não sou apologista do trabalho infantil, mas as aptidões profissionais começam na infância e não devem ser tolhidas e sim alimentadas. 
O Cooperativismo é um instrumento adequado para o governo implementar o Programa COOPERJOVEM nas escolas, a fim de que nossas crianças, já a partir dos três anos, aprendam a filosofia da cooperação, da ajuda mútua, da solidariedade, e reconheçam o próximo como irmão, sem qualquer discriminação, nem humilhação. São pequenas ações e iniciativa política dos Poderes em prol dos interesses coletivos e sociais que fazem a diferença e combatem as desigualdades sociais para com os nossos compatriotas.
As instituições governamentais e não-governamentais precisam desenvolver ações sociais e não politicagens sociais, priorizando educação e as grandes potências culturais das regiões do País para levantar a auto-estima das pessoas e devolver a dignidade do HOMEM.
Senhor Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e representantes políticos do povo brasileiro, nossas crianças clamam por uma iniciativa e vontade política de Vossas Excelências para que possam ser cidadãos com dignidade, com auto-estima elevada, servindo ao próximo e ao BRASIL, com amor. Este é nosso sonho. É preciso fazer valer este sonho!... Acreditamos!

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