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A cultura da violência contra a mulher é inconcebível e precisa ser discutida - Redação 6 de setembro, 2025 

  • Foto do escritor: Alderico Sena Sena
    Alderico Sena Sena
  • 8 de set.
  • 2 min de leitura

Colunista Destaque – Alderico Sena


Senhor Presidente da República,


A violência contra a mulher é um tema urgente que precisa ser discutido de forma ampla entre os Três Poderes, a sociedade civil organizada e as comissões de direitos humanos. Discutir e enfrentar esse problema é um dever coletivo para que possamos construir pilares capazes de coibir a banalização da violência, hoje reproduzida em gerações que crescem com maus exemplos e com a falsa normalização desse crime.


As causas mais frequentes da violência contra a mulher estão diretamente relacionadas ao machismo e à estrutura patriarcal da nossa sociedade. O ciúme, a sensação de posse, a necessidade de controle e a ideia de que a mulher existe para satisfazer o homem alimentam comportamentos abusivos que precisam ser desconstruídos.


As principais formas de violência contra a mulher incluem:


Violência física: agressões que vão de um aperto no braço até a tortura.

Violência psicológica: atos que causam danos emocionais ou psicológicos.

Violência sexual: a imposição de relações não desejadas.

Violência patrimonial: destruição, retenção ou subtração de bens e recursos.

Violência moral: calúnia, difamação ou injúria.

Violência política de gênero: ações ou omissões que dificultam a participação da mulher na vida política e no exercício de seus direitos.


A sociedade não pode ser omissa. É necessário estar atento aos sinais, combater os comportamentos abusivos e exigir que os agressores sejam punidos. O conceito de masculinidade tradicional também precisa ser revisto, já que muitas vezes reforça padrões nocivos. Expressões e piadas machistas devem ser reprovadas — ao ouvi-las, é fundamental nos posicionarmos e explicar por que não são aceitáveis.


Outro ponto essencial é dar voz às mulheres. Muitas não percebem que estão sendo vítimas de violência, seja no lar ou no trabalho. Ouvi-las, apoiar e incentivar sua participação na política e em espaços de liderança é fundamental para fortalecer sua representação e combater a violência de forma estruturada.


Recordo-me de um ensinamento de minha mãe às minhas irmãs: “Quem quer respeito se respeita, saiba entrar e sair dos lugares.” Essa lição permanece atual — educação vem de berço, mas também precisa ser reforçada em toda a sociedade. Por fim, Senhor Presidente da República, combater a violência contra a mulher é urgente e possível. Depende de vontade política, diálogo entre os Três Poderes e o engajamento da sociedade civil organizada. Querer é poder.


Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas – www.aldericosena.com

 
 
 

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