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A velhice

Jornal Noticia Livre

“Dê o amparo a Velhice! Socorre o idoso enfermo. Faça companhia na sua solidão. Ajuda e ilumina uma vida marcada pela idade, daqueles que talvez o tempo esqueceu nos porões de certos corações. Com certeza, Deus que a tudo vê e sabe . . . Te compensará pelo que fizeres com AMOR. Vera Jacubowski

A forma de viver-se a velhice está associada a várias questões que se interligam e que se tornam mais complexa, porque uma das características desta etapa da vida é a sua heterogeneidade, ou seja, os sujeitos não envelhecem de maneira igual, construindo suas próprias histórias de vida, com características e dificuldades diferentes.

É importante, portanto, compreender o idoso em suas diversas formas de ser, respeitando suas maneiras de viver, pois o fato de determinadas pessoas estarem em uma mesma faixa etária não significa que tenham passado pelas mesmas vivências e que apresentem as mesmas características e necessidades.

O sujeito idoso não deve ser tratado como objeto e sim como sujeito, histórico e crítico. O sujeito é participante dessa construção e a vivencia de acordo com seu modo de ser, seus valores, sua visão de homem, de mundo e de sociedade e conforme a situação social e econômica concreta do contexto em que vive. Constata-se que o Brasil não está preparado de maneira adequada e suficiente para atender às demandas da população idosa. Além dos serviços públicos serem precários, há dificuldade no acesso a recursos e carências na qualificação profissional nas diversas áreas que atendem a essa faixa etária.

Essa situação atinge o idoso e sua família, que buscam suporte social adequado. Requer-se, portanto, medidas mais efetivas do governo para que esse segmento da população, que já deu a sua parcela de contribuição à sociedade, tenha melhores condições de vida. A velhice necessita de maior atenção, pois ainda sofre preconceitos e rejeição por parte da sociedade e desvalorização no mercado de trabalho.

A sociedade deve apropriar-se dos novos conceitos sobre envelhecimento e tomar consciência de que o crescimento da população idosa é um fato incontestável, constituindo-se numa problemática social que exige maior atenção do Estado. Segundo a Constituição Federal “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”.

O idoso como qualquer outro cidadão, possui direitos que devem ser garantidos. Esses direitos só serão efetivados, no entanto, se houver pressão da sociedade, para garantia desses direitos, que fazem parte integrante da vida diária das pessoas. O sujeito muitas vezes não tem clareza sobre seu papel na sociedade, desmerecendo sua função enquanto cidadão e esquecendo-se ou não sabendo de seus direitos previstos na constituição.

A informação é um dos meios para levar até os sujeitos os seus deveres e direitos. É preciso, porém, consciência da importância desses direitos para se tornarem realmente eficazes e parte integrante da vida cotidiana do idoso.

Não basta, todavia, saber dos direitos, mas estar consciente de seu papel e de sua importância na sociedade, para exigi-los, mas também é necessário colocar em prática os seus deveres enquanto cidadão. “A velhice apenas priva os homens inteligentes das qualidades inúteis à sua sabedoria.”

Alderico Sena – Presidente Regional Bahia e Vice Presidente Nacional do MAPI – Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT – Partido, Democrático Trabalhista

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