Alderico Sena
Inversão de valores do ser humano
O crescimento da COVID-19 é uma questão de saúde pública e alguns seres humanos resistem cumprir às recomendações da Vigilância Sanitária e da Ciência. O Prefeito de Canudos está de parabéns quando disse em entrevista “Que tem Pais que não aceitam filhos retornarem para escola, no entanto esses pais e filhos estão nas ruas participando de campanhas eleitorais sem uso da máscara”.
Na educação dos filhos que se revela as virtudes dos pais. A educação vem do exemplo, das atitudes, e com toda certeza a EDUCAÇÃO vem de casa. É inaceitável autoridades não usarem máscaras em eventos públicos, afinal são quase 170 mil mortes de entes queridos, devido a insensatez e a falta do dever cívico de autoridades e da sociedade.
A sociedade é cruel com ela mesma. Poder, capital, ambição e a inversão de valores são ferramentas que impedem o crescimento do País e aumenta a desigualdade social, miséria, fome, corrupção e a violência contra a humanidade, a natureza e os animais. Precisamos priorizar o SER SOLIDARIEDADE e NÃO o TER AMBIÇÃO respeitando o próximo para um País melhor para todos.
Atualmente a sociedade vive uma grande inversão de valores, ou seja, uma transformação de não sabermos o que é certo ou errado, positivo ou negativo, moral ou imoral. As pessoas não mais reconhecem seus princípios, crenças e valores.
No início do século XXI um vírus chamado inversão de valores atacou a humanidade. Até os anos 80 as crianças sabiam bem como era a educação, limite, disciplina e responsabilidade, os ensinamentos dos pais eram rigorosos, bastava um olhar dos pais ou professores para entender que estava fazendo alguma coisa errada.
Os valores eram ditados pelos familiares que nos ensinavam a respeitar os idosos, professores, deficientes físicos, animais, natureza, enfim tudo e todos. Pais educavam e ensinavam o que é certo e errado com rigor, mas ainda assim carinhosamente, sem distorção de fatos, criança era criança. Antes pais eram respeitados cegamente, quando um NÃO era dito, ele que prevalecia mesmo que contrariados, as crianças respeitavam essa autoridade máxima, dos pais, avós, professores e pessoas mais velhas.
A inversão de valores acabou conquistando espaço nas famílias. A permissividade que antes eram casos isolados deu lugar a uma epidemia de crianças ditadoras de suas vontades, donas de suas casas. Uma geração de adolescentes que obtiveram o controle quase que absoluto da autoridade da casa tomando o lugar de pai, mãe e agora na escola querem passar por cima da autoridade dos professores que lecionam por amor, paixão e profissionalismo. Quem não passa pelo Professor? O professor deve ser a classe profissional mais valorizada do Planeta. Professor é a ferramenta que ensina, que transmite conhecimento sendo essencial para a formação do ser humano.
O que causou tamanha inversão de valores em apenas três décadas (1990 a 2020), acredito que a culpa que os pais sentem foi a terceirização da educação dos filhos, sem o devido controle e acompanhamento. Tem pais que nem participam das reuniões de pais nas escolas.
Hoje, na era da TV e da tecnologia se permite deixar crianças acordadas até a hora que quiserem, escolher o que desejam fazer, até mesmo o que não deve. Uma teoria também para inversão de valores é a intervenção de leis e mais leis descabidas em respeito de como cada pai e mãe deve educar seus filhos. Claro, existem leis eficientes e necessárias no código de defesa da criança e adolescente. A crise moral, política e institucional nos Três Poderes Constituídos com corrupção e impunidade contribuíram também para a inversão de valores na sociedade.
Então, como fazer contra essa inversão de valores da sociedade onde tudo se tornou permitido? O que afeta os atos de pais cegos pela necessidade ou comodidade de simplesmente delegar a educação de seus filhos a terceiros? A sociedade tem se dado conta que essa geração de pessoas em que são totalmente apoiadas nas suas vontades é prejudicial a eles mesmos. Pais dessa nova geração, a educação é algo que se aprende em casa e não na escola. Os valores e os bons exemplos devem ser repassados de pai para filhos, abrir um tempo na agenda do dia a dia tão corrido não é perda de tempo, é investir na educação e plantar boas sementes para as gerações futuras.
Educar, impor limites não é espancar, é ensinar o que está certo e o que é prejudicial. Drogas, más companhias e sexo devem ser assuntos abordados quando os pais decidirem que a hora chegou. Conversar, dialogar é sempre a melhor opção e certamente adotar a imposição de limites, disciplina, responsabilidade, comportamento e compromisso e acima de tudo ser ético em todos ambientes. Criança que ouve e entende o que os pais querem para eles também é feliz, ela apenas compreende mais cedo e aprende com mais naturalidade que nem tudo que queremos é prioridade na vida. Devemos ajudar e deixar que eles sejam cidadãos educados, conscientes e responsável com os deveres e direitos como cidadão, inclusive para repassar aos seus filhos no futuro o que são princípios e valores hoje sem limitações, devido a inversão de valores na humanidade. Só assim poderemos formar bons cidadãos para um Brasil melhor para todos no futuro.
Cidadão educado, consciente e digno são aqueles seres que respeitam os Símbolos Nacionais, Normas Sanitárias e a Ciência, visando preservar a Saúde Pública e o bem-estar social de todos. Há um dito popular que proclama: “o seu direito acaba onde começa o dos outros”, que envolve bom senso, ética e valores morais e, também, direitos e deveres assegurados em Lei. É importante conhecê-los para saber seus direitos e, sobretudo, respeitar os dos outros.
Com educação e consciência de cada cidadão venceremos o COVID-19!
Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Master em Autoconhecimento e Desenvolvimento Humano – Avatar Wizard – Star’s Edge International – Orlando/Florida – EUA – www.aldericosena.com
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