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Publicação Jornal A TARDE, edição 17 de janeiro 2024Não falta profissional no mercado, falta profissionalismo

Não falta profissionais no mercado, falta profissionalismo. Na época da Revolução Industrial, primava-se principalmente pelas habilidades, pois como a economia era dominada pelo artesanato, onde as pessoas desenvolviam determinadas habilidades e tornavam aquilo a sua profissão, ganhando a vida com isso. Com a Revolução Industrial, o perfil da economia mudou e as grandes corporações começaram a se proliferar, assim como o conhecimento científico em áreas como Engenharia, Economia e Medicina. E também à medida que aumentava o número de empresas industriais, o número de empreendedores aumentava consideravelmente. O empreendedorismo sempre demandou atitude, iniciativa, ou seja, vontade de fazer algo sem esperar que alguém mande. Conhecimento-habilidade-atitude perdura até hoje como condição importante para qualquer profissional, em qualquer área. Nesse contexto, o conhecimento representa o domínio que a pessoa tem sobre determinado assunto; a habilidade é a capacidade da pessoa transformar esse conhecimento em algo produtivo, que gere resultados; e a atitude é a iniciativa esperada de qualquer profissional para que ele ande com as próprias pernas, sem esperar as ordens de alguém. Trata-se do saber, do saber fazer, do querer fazer e ousar para vencer desafios. Embora esse perfil pareça completo, ou melhor, pareça tornar qualquer profissional completo, atualmente se percebem muitas queixas no mercado de trabalho. É comum ouvir que faltam profissionais no mercado. Faltam pessoas que preencham o perfil que atendam às características desejada pelas empresas. Muitas saem formadas, com o conhecimento, mas saem sem as habilidades e, principalmente, sem atitudes e a essência do profissionalismo.

Há os profissionais que são dotados de conhecimentos, habilidades e atitudes, mas isso não os torna profissionais competentes. Essa é outra observação que também tem se tornado comum no mercado de trabalho. Então, essa situação nos leva pensar que está faltando algo no perfil do profissional, algo que poderia ser adicionado no ensino. Essas características são: Respeito profissional, comunicação, atitude, habilidade, relações interpessoais, liderança, ética, responsabilidade, educação, capacitação e compromisso das regras institucionais pública e privada, observando os deveres e os direitos da cidadania em quaisquer ambientes profissionais e sociais. No mundo dos negócios, o que importa e faz diferença é o contato pessoal e direto entre quem serve e quem deve ser servido.

A verdade é que profissionais existem aos montes, mas faltam profissionais qualificados no mercado de trabalho, ou seja, com competências técnicas adequadas às exigências de cada atividade.


Alderico Sena – Aposentado e Especialista em Gestão de Pessoas – aldericosena@gmail.com

 

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