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Atenção, povo brasileiro, vamos deixar de ser Carta Marcada? Redação 25 de junho, 2025 - Noticia Livre

  • Foto do escritor: Alderico Sena Sena
    Alderico Sena Sena
  • 26 de jun.
  • 5 min de leitura

Colunista Destaque - Alderico Sena


Que “Estado Democrático” é esse? “Todos são iguais perante a lei”?


“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo. Povo educado, país desenvolvido.

”O visionário educador Darcy Ribeiro, já em 1982, alertava: “A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto.”


De fato, a educação hoje não tem mais formado cidadãos, considerando que tanto na escola quanto em casa predomina, muitas vezes, uma educação que deseduca. Isso explica, em parte, a escassez de líderes comprometidos com o bem coletivo.


Vejamos o que está escrito na Constituição Federal: Art. 1º – A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito. Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes… (seguem mais de 77 incisos).

No Capítulo II – Dos Direitos Sociais, do Art. 6º ao Art. 11º, também estão garantidos os direitos fundamentais dos trabalhadores. Mas, com raríssimas exceções, esses direitos são, na prática, desrespeitados.


A cultura política brasileira perpetua um modelo em que o povo, tratado como Carta Marcada, elege e reelege representantes que usufruem de privilégios absurdos: trabalham três dias na semana (terça, quarta e quinta-feira), recebem indenizações para sessões extraordinárias, além de gozar de dois recessos anuais e incontáveis mordomias, tudo custeado com o dinheiro público.


Na minha concepção política, tudo que é ilegal também é imoral. E onde está o cumprimento do Art. 37 da Constituição, que determina: A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência…?


Os desmandos praticados contra o povo só se perpetuam porque a sociedade, infelizmente, é cúmplice de si mesma, quando insiste em votar nos mesmos de sempre, sem renovar ideias, projetos e lideranças. Afinal, é na esfera pública que se decide o destino do país e a qualidade de vida da população.


Poder e capital, quando mal administrados, geram corrupção, injustiça e violência.

O povo não sabe usar sua maior arma: o título de eleitor! Tem dever de votar, mas não vê garantidos seus direitos. Enquanto isso, muitos dos que são eleitos, especialmente os que compõem o chamado Centrão, continuam agindo como se tudo lhes fosse permitido.


A escassez de lideranças verdadeiramente comprometidas com a geração de empregos, renda e dignidade da pessoa humana agrava o retrocesso socioeconômico, amplia a desigualdade, fomenta a miséria, o analfabetismo, a fome e a violência.


Defendo a revisão da Constituição e a reforma administrativa com a participação da sociedade organizada no ano de 2027 para a moralização da administração pública e os novos rumos do Brasil.


REFLITA, ELEITOR!

Vamos, juntos, analisar como o Art. 5º da Constituição (“Todos são iguais perante a lei”) não está sendo cumprido na prática pelos representantes que deveriam defender os interesses do povo?


Veja alguns exemplos:

Em 1994, o governo extinguiu o benefício do aposentado conhecido como “Pé na Cova”.

Em 2016, o STF rejeitou a proposta da desaposentação, prejudicando milhões de aposentados.

Atualmente, 47% dos aposentados continuam no mercado de trabalho, não por vontade, mas por necessidade, pois o valor dos benefícios do INSS é insuficiente frente às perdas acumuladas e à negligência do governo.

Mais grave: aposentados que voltam a trabalhar continuam contribuindo normalmente para o INSS, mas não têm direito a nenhum benefício adicional, nem reajuste, nem devolução do que contribuem.

A própria Constituição, no Art. 230, afirma: “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, e garantindo-lhes o direito à vida.”

Respeitar o idoso é cuidar do próprio futuro.


E quanto ao professor? O professor é a única profissão que torna todas as outras possíveis. Em Salvador, a Justiça declarou ilegal a greve dos professores, que simplesmente lutavam pelo cumprimento do piso salarial nacional e por condições dignas de trabalho.


Na minha visão, todas as categorias profissionais essenciais — educação, saúde, segurança, pesquisa, vigilância, porteiros, garis, trabalhadores rurais, operários da construção civil e tantos outros — merecem respeito, dignidade e remuneração justa.


Por que, então, quando essas categorias reivindicam seus direitos, seus movimentos são frequentemente declarados ilegais, enquanto políticos seguem legislando em causa própria?


Outro exemplo de desrespeito é a diferença abismal nos reajustes salariais dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em relação aos trabalhadores comuns.


Pior ainda são os abusos nos aumentos dos produtos e serviços básicos, como alimentos, medicamentos, energia, água, transporte, plano de saúde, educação, pedágios, combustíveis, ferry-boat, juros e tributos. Existe diferença de preços entre ricos, pobres e classe média nos supermercados e comércios? Não. Todos pagam o mesmo preço, mas não têm os mesmos direitos nem as mesmas condições.


O ABSURDO NÃO TEM FIM!

Recentemente, soubemos pela imprensa que:


A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados apresentou um projeto de lei que permite aos deputados aposentados acumular salário e aposentadoria, aumentando ainda mais seus privilégios. Foi aprovado um projeto que amplia o número de deputados federais de 513 para 531.

Tramita também uma PEC que pretende aumentar o mandato dos senadores de 8 para 10 anos.

E, mais recentemente, veio à tona um escândalo envolvendo fraudes nos benefícios dos aposentados do INSS.


O ELEITOR PRECISA ACORDAR!


É fundamental que o povo saiba distinguir POLÍTICA de POLITICAGEM.

Política é a arte de trabalhar para o bem comum. Politicagem é o uso criminoso do cargo público e da consciência popular para benefício próprio e de grupos.


O eleitor precisa adotar o critério dos Três C’s na hora de escolher seus representantes: Caráter, Competência e Compromisso.


É PRECISO DAR UM BASTA!

Aprendi que “quem quer respeito, se respeita”, e a sociedade precisa, com urgência, desenvolver consciência política, lutar e defender a reconstrução do Brasil para garantir dignidade às futuras gerações, como assegura a própria Constituição no seu Art. 1º, que preconiza: – a soberania; II – a cidadania; III – a dignidade da pessoa humana. E no Parágrafo Único: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”


LEITURA É PODER!


Lei-tura gera conhecimento, consciência e transformação. O povo precisa criar o hábito de ler, se informar e se libertar da manipulação. O sistema é cruel com quem ignora seus próprios direitos.


E AGORA, POVO BRASILEIRO?


Vamos continuar assistindo de camarote, como Carta Marcada do Sistema, ou vamos acordar e tomar atitude nas eleições de outubro de 2026?

Parem de reclamar! A CPI do eleitor é o voto consciente. Dê valor ao seu voto, dê valor a você, cidadão. Nada muda se você não mudar. Seja a mudança! Querer é poder. Compartilhe!


Alderico SenaEspecialista em Gestão de Pessoas, Coordenador de Pessoal da Assembleia Estadual Constituinte de 1989 e Ex-Presidente Regional e Vice Presidente Nacional do MAPI- Movimento dos Aposentados do PDT @aldericosena

 
 
 

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