Colunistas Destaques – Alderico Sena
A IMPORTÂNCIA DO ELEITOR E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PARA A MORALIZAÇÃO DA COISA PÚBLICA
O conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um segmento da sociedade organizada que tem como objetivo alcançar mudanças econômicas, sociais e políticas por meio do embate político.
Cadê os Movimentos Sociais com tantos aumentos abusivos de combustíveis, energia, transporte, pedágio, gás, alugueis, remédios, alimentação, inflação altíssima que provocam a redução do orçamento dos trabalhadores e dos aposentados que causam aumentos do número de famílias com fome e na miséria a caminho do mundo do crime e da violência.
É impressionante como a entidade representativa dos rodoviários e dos caminhoneiros, bem como as demais entidades representativas estão aceitando os abusos dos aumentos nos produtos e serviços.
Lembro de uma frase do saudoso Mestre Ulisses Guimarães: “a única coisa que mete medo em POLÍTICO é o povo na rua” e o Lima Barreto escreveu: “O Brasil não tem povo, apenas público. Povo luta por seus direitos, público só assiste de camarote.” É a cultura do Associativismo no Brasil!
Os movimentos sociais são de extrema importância, porque cobram mudanças, reivindicam transformações, e mostram quando a classe não está satisfeita com as medidas adotadas por instituições públicas e privadas, além de cobrar medidas, quando necessário, porém os movimentos sociais perderam força com o passar do tempo. Os movimentos sociais do século XX diferem dos movimentos sociais do Século XXI, em termos de mobilização, escassez de lideranças e da qualidade de representação política.
A omissão e a não participação de Associados nas respectivas entidades de classe deram origem a perdas irreparáveis aos trabalhadores como também contribuíram para o crescimento dos desmandos praticados contra a sociedade e o país.
O associativismo como um todo perdeu forças pelo fato de algumas entidades representativas terem desviados seus objetivos estatutários. Um dos fatores que também desmotivou a participação efetiva dos associados nas entidades representativas foi a centralização de poder de determinados “dirigentes”, dominados por grupos políticos, por omissão da maioria dos associados.
O enfraquecimento dos movimentos sociais também contribuiu e muito para a escassez de líderes autênticos no processo político. Foi justamente a partir da década de 90 que bons políticos deixaram de participar do processo político-eleitoral arcaico e dominados pelo poder e capital. Esse afastamento foi de um prejuízo incalculável para a sociedade e o país.
Até os anos 80 nasciam nos grêmios e diretórios dos colégios e das Universidades bons líderes e políticos, mas essa riqueza foi extinta e os jovens perderam o interesse pelas questões nacionais e pela política.
Essa é uma das razões do péssimo nível da representação política, por termos uma Juventude temerosa e despolitizada. Enquanto os movimentos sociais atuarem de forma fragmentada e despolitizada não reconstruiremos um Brasil melhor para todos. Precisamos resgatar e fortalecer os movimentos sociais, inclusive, grêmios e diretórios estudantis para inserir os jovens na política.
Será que o eleitorado brasileiro não se conscientizou que NADA MUDA SE O ELEITOR NÃO MUDAR E QUE “TODO O PODER EMANA DO POVO”? Vamos procurar deixar de lado, a disputa, o ódio, partidos políticos e pensar na situação em que se encontra O POVO E OBRASIL SEM CRESCER, bastando uma reflexão sobre os 13 milhões de famílias desempregadas e a soma de 66,13 milhões de cidadãos inadimplentes, que devem R$ 271,6 bilhões.
Acredito na transformação e na consciência política do eleitor no dia 02 de outubro, considerando que toda e qualquer decisão é política. Mudar dói, continuar como está dói. Escolha uma das Dores e PARE DE RECLAMAR!
Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas e Ex-Vice Presidente Nacional do Movimento dos Aposentados do PDT-www.aldericosena.com
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