Considerando que o caráter é mais importante do que os conhecimentos e habilidades que a pessoa apresenta, pois habilidades podem ser treinadas, mas o caráter não. Não falta profissionais, falta profissionalismo. Na época da Revolução Industrial, primava-se principalmente pelas habilidades, pois como a economia era dominada pelo artesanato, onde as pessoas desenvolviam determinadas habilidades e tornavam aquilo a sua profissão, ganhando a vida com isso. Com a Revolução Industrial, o perfil da economia mudou e as grandes corporações começaram a se proliferar, assim como o conhecimento científico em áreas como Engenharia, Economia e Medicina. E também à medida que aumentava o número de empresas industriais, o número de empreendedores aumentava consideravelmente. O empreendedorismo sempre demandou atitude, iniciativa, ou seja, vontade de fazer algo sem esperar que alguém mande. Conhecimento-habilidade-atitude perdura até hoje como condição importante para qualquer profissional, em qualquer área. Nesse contexto, o conhecimento representa o domínio que a pessoa tem sobre determinado assunto; a habilidade é a capacidade da pessoa transformar esse conhecimento em algo produtivo, que gere resultados; e a atitude é a iniciativa esperada de qualquer profissional para que ele ande com as próprias pernas, sem esperar as ordens de alguém. Trata-se do saber, do saber fazer, do querer fazer e ousar para vencer desafios. Embora esse perfil pareça completo, ou melhor, pareça tornar qualquer profissional completo, atualmente se percebem muitas queixas no mercado de trabalho. É comum ouvir que faltam profissionais no mercado. Faltam pessoas que preencham o perfil que atendam às características desejada pelas empresas. Muitas saem formadas, com o conhecimento, mas saem sem as habilidades e, principalmente, sem atitudes e a essência do profissionalismo.
Há os profissionais que são dotados de conhecimentos, habilidades e atitudes, mas isso não os torna profissionais competentes. Essa é outra observação que também tem se tornado comum no mercado de trabalho. Então, essa situação nos leva pensar que está faltando algo no perfil do profissional, algo que poderia ser adicionado na grade curricular. Essas características são: comunicação, atitude, habilidade, relações interpessoais, liderança, ética e educação das regras institucionais, observando os deveres e os direitos da cidadania em ambiente social e profissional. No mundo dos negócios, o que importa e faz diferença é o contato pessoal e direto entre quem serve e quem deve ser servido.
Pior que a falta de profissionais qualificado no mercado é a falta de profissionalismo que deve ser uma missão das unidades de ensino, nesta próxima década. O profissional para obter sucesso em uma instituição pública e /ou privada é preciso Caráter, conhecimento, comunicação competência e compromisso. A pessoa de conhecimento transformar-se-á em agente de seu próprio destino. É preciso ser, para ter o sucesso profissional que todos sonham.
Alderico Sena – Bacharel em Teologia, Sociedade e Política, Especialista em Gestão de Pessoas, Coordenador de Pessoal da Assembleia Constituinte 1989 e Ex-Diretor Regional de Pessoal do INAMPS da Previdência Social Bahia – aldericosena@gmail.com – www.aldericosena.com