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Frutos que o Capital e o Trabalho podem gerar – Sim ao Cooperativismo. Não ao Corporativismo - Notic

Ser empresário de seus conhecimentos. Ao atuar como autônomo e/ou dono de uma pequena empresa, coloca suas virtudes a serviço do novo, do diferente, oferecendo uma contribuição significativa àqueles a quem deve servir. Esta é a tendência do futuro.

O papel da Cooperativa – É própria da natureza humana a tendência ao associativismo. À reunião de forças mediante a qual o Grupo ou Equipe receba a contribuição de cada indivíduo e este receba, em troca, a sinergia que só a Equipe pode criar. Para que a pessoa de conhecimento se sinta amparada, assistida e apoiada, ela precisa do estimulo de seus pares; daqueles aos quais se ligue em igualdade de condições, sem qualquer vínculo de “subordinação”, tendo como proposito a realização de um objetivo nobre superior, comum a todos. Sob este aspecto, a Cooperativa é o instrumento ideal, desde que tenha uma estrutura leve, ágil, e enxuta, a qual –em vez de “ser servida” – contribua para que seus Associados sirvam melhor a seus Clientes.

O negócio da Cooperativa não é “Beneficiar” o Associado. O negócio da Cooperativa é contribuir para que o Cliente do Associado seja melhor satisfeito. Esse é um alerta importante, em face ao “corporativismo” que ainda grassa entre nós. Sob este aspecto, é preciso ter bem presente a palavra de ordem: SIM AO COOPERATIVISMO. NÃO AO “CORPORATIVISMO”. Para tanto, a Cooperativa deve estar estruturada para que seus Associados não “percam” tempo com questões de natureza burocrática, legal e tributária. Deve ainda a Cooperativa desempenhar decisivo papel para prover seus Associados, dos indispensáveis meios de trabalho, por intermédio de aluguel ou leasing. “Sedes suntuosas”, “brilhantes Assessores”, “festas” w “recepções” só aumentam custos. Tornam a Cooperativa onerosa para os Associados; um “peso morto” cada vez mais difícil de carregar.

A História nos mostra o exemplo de diversas Cooperativas, antes sólidas, que desapareceram devido a “gastos suntuários” e a “lutas internas” pelo “poder”.

O verdadeiro poder é indissociável do dever de servir. É o cliente satisfeito que, ao retribuir de maneira justa um ser bem feito, assegura o sucesso DA Pessoa de Conhecimento e de sua Cooperativa. Se a Cooperativa se afasta da missão de apoiar seu Associado a melhor servir e se este vê sua força criativa consumida por “lutas internas”, o fracasso do Associado e a “ruina” da Cooperativa serão inevitáveis.

Na medida em que a Cooperativa cumprir seu papel, o Associado poderá concentrar seu tempo, suas energias e sua criatividade na identificação, conquista e satisfação do Cliente e, dessa forma, assegurar seu sucesso e o sucesso da Cooperativa.

Um marco no desenvolvimento das novas relações de trabalho foi a inclusão, no Artigo 442 da CLT, do seguinte parágrafo único: “Qualquer que seja o ramo de atividade da Sociedade Cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, em entre estes e os tomadores de serviços daquela”. Isso significa que o Cooperado pode e deve buscar sua Liberdade, assim como exercer a Igualdade e a Fraternidade. Este é o marco jurídico sobre o qual as Pessoas, as Cooperativas e as Empresas deverão trabalhar. Este instrumento legal que permitirá ao Brasil tornar-se mais produtivo, proporciona a inclusão social e redução das desigualdades sociais, menos injusto e promovendo, uma melhor distribuição dos frutos que o Capital e o Trabalho podem gerar. O Emprego acabou! Cooperativismo não. O futuro nos reserva oportunidades de trabalho produtivo as quais deveremos criar. O grande desafio é mudar valores, comportamentos e atitudes, de tal sorte que, em vez do EU, predomine o NÓS. É PRECISO SER, PARA TER.

Alderico Sena – Especialista em Gestão de Pessoas, Ex-Superintendente da OCEB- Organização das Cooperativas do Estado da Bahia e Membro Fundador e Superintendente do SESCOOP - Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia – www.aldericosena.com

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