A situação dos idosos merece especial atenção, pois, 67,6% dos brasileiros com mais de sessenta anos apresentam uma renda até dois salários mínimos. O idoso, especialmente os de baixa renda, citados acima e os mais fragilizados por problemas de saúde, merecem a devida atenção. Na realidade, a maioria dos aposentados pelo INSS (77,9%) estão na mesma situação de pobreza, pois recebem, igualmente, um benefício médio de até dois salários mínimos. Por outro lado, existem distorções no sistema previdenciário, que favorecem determinados segmentos da população (por exemplo, aposentadorias e pensões de (R$ 50.000,00 ou + para servidores públicos) causando déficits que ameaçam a viabilidade do sistema. Considerações finais Com o rápido crescimento da população idosa, são necessárias intervenções direcionadas à saúde, inserção no mercado de trabalho, medidas de proteção social e garantias para uma boa qualidade de vida futura para os idosos. Além de aprofundar os estudos teóricos sobre o processo de envelhecimento, compete aos profissionais realizar investigações na área, desvelando a realidade da vida das pessoas que estão na denominada terceira idade, em seus diversos aspectos. Quando se trata de processo de envelhecimento, um assunto muito abordado é a questão da aposentadoria, pois esta não garante uma boa qualidade de vida para os idosos, apesar de ser um direito conquistado pelos trabalhadores. Muitos idosos, são hoje, os mantenedores da família, necessitando reinserção no mercado de trabalho, e em alguns casos, se submetendo às atividades precárias e sem proteção social. A dificuldade do idoso em ingressar no mercado de trabalho está ligada a diversas questões que devem ser entendidas, entre elas o fato do idoso sofrer preconceitos quanto a sua idade e aposentadoria. A inserção no mercado de trabalho é uma das dificuldades a serem enfrentadas pelos idosos, mas muitas discussões relacionadas a terceira idade devem ser discutidas e divulgadas pelos diversos setores da sociedade. As desigualdades no país são muito grandes e constituem um grande desafio para os que detêm poder político, para os governantes e para toda a sociedade. As estratégias de desenvolvimento nacional não podem desvincular-se do imperativo de atendimento das necessidades e dos direitos fundamentais do povo brasileiro. Os assistentes sociais, os gerontólogos e demais profissionais que estudam o processo de envelhecimento e que desenvolvem ações junto aos idosos não podem ficar alheios à discussão dessa problemática. É primordial, entretanto, que os profissionais exerçam o seu papel de mediadores, motivando os próprios idosos e suas famílias a participar de todos os âmbitos da vida social. Eles precisam ser mobilizados a lutar pelos seus direitos e pelas políticas públicas, a superar as dificuldades apresentadas, a discutir leis, a propor serviços e programas e a fiscalizar o uso dos bens e recursos públicos, que devem beneficiar, indistintamente, a todos os cidadãos.
Dizem que tudo na vida tem limite e a tolerância do aposentado chegou à zero. À hora e a vez do aposentado mostrar o poder e a liderança que possui na família para ajudar a dar os novos rumos que o Brasil precisa. A união dos aposentados, visando objetivos comuns ajudará a moralizar o sistema político brasileiro com controle, acompanhamento e fiscalização presencial no Poder Legislativo.
O Brasil não está preparado para atender às demandas dos idosos. O Brasil no ano de 2020 será o 5º país em população idosa e cadê as políticas publicas para os trabalhadores que cumpriram seus deveres cívicos para com o País? Todo este desrespeito ocorre por ausência de representação política nas Casas Legislativas, visto que toda e qualquer decisão é política. Esta é a hora do aposentado voltar ativa para ajudar o Brasil a sair da crise moral e política que assola o país, visando um Brasil melhor para as futuras gerações. Por esta razão convocamos aposentados a disputarem as futuras eleições nos 5.570 municípios brasileiros para cooperar com a sua experiência moralizar as coisas neste país. Eleitor a arma e a CPI para expurgar vagabundos da política está nas mãos do eleitor através do voto consciente. Aposentados vamos nos unir, ajudar e conscientizar o eleitor na família a partir das próximas eleições para votar no SER e não no ter de candidatos, aplicando a filosofia “Um por todos, todos por um.”?
Alderico Sena – Presidente Regional Bahia e Vice Presidente Nacional do MAPI - Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT – Partido Democrático Trabalhista/Bahia.