Publicado Jornal Noticia Livre
É de fundamental importância a participação dos Movimentos Sociais na política para o
fortalecimento da democracia, no processo de inclusão social e na conquista de direitos,
visando o bem comum. Cabe também aos movimentos sociais combater a corrupção na
esfera publica, considerando que as conseqüências recaem para toda a sociedade e
para as futuras gerações.
Os Movimentos sociais devem marcar presença em Partidos Políticos, visando debater,
discutir e defender questões econômicas, sociais, culturais e políticas da classe,
considerando que toda e qualquer decisão é política. Quem não gosta de política é
governado por quem gosta, leia este artigo no meu site:http://www.aldericosena.com/
Como já dizia o filósofo Karl Marx “Mudanças na sociedade ocorrem a partir da ebulição
dos movimentos sociais: contra o capital e o Estado.” Os Movimentos Sociais são de
extrema importância, porque cobram mudanças, reivindicam transformações, mostram
quando a povo não está satisfeito com as medidas adotadas por governantes, dirigentes
e gestores, além de cobrar medidas, quando necessário, porém os Movimentos Sociais
perderam força com o passar do tempo. Os movimentos sociais nos anos 60/80, diferem
dos ideais dos movimentos na atualidade. O individualismo, egoísmo, concorrência
desleal, inveja, ambição, alienação imposta pelo avanço tecnológico e no mundo
globalizado vem impedindo que pessoas se unam para cooperar, ajudar e reivindicar o
bem comum.
Os Movimentos Sociais após os anos 90 perderam forças, principalmente a UNE – União
Nacional de Estudantes, Sindicalismo, dentre outros, pelo fato de algumas entidades
terem desviados seus objetivos estatutários e passaram a ser manipulados
politicamente, onde a entidade passou a ser centralizada por grupo. Um dos fatores que
também desmotivou a participação efetiva de associados é a falta de espaço,
basicamente na mídia, Casas Legislativas e Partidos políticos para exporem suas ideais
e reivindicações na defesa das causas sociais, econômica, política e cultural. Esta falta
de espaço democrático nas instituições, principal causa da escassez de lideres
autênticos no Brasil, causa da crise moral e política que as Instituições dos Três
Poderes atravessam no País.
No Brasil, a partir da década de 90, muitos cidadãos honestos deixaram de participar do
processo político partidário. Esse afastamento foi de um prejuízo incalculável para a
sociedade e para o País. Até os anos 80, nasciam nos grêmios e diretórios dos colégios
e das universidades, bons políticos, mas essa riqueza foi quebrada com o Regime Militar
de 64. Essa é uma das razões do péssimo nível da representação política, por termos
uma juventude temerosa e despolitizada. Quando os movimentos sociais atuam de
forma fragmentada não alcançaremos o Brasil que todos sonham.
Estabelecer uma definição precisa que o movimento traduz todo um processo que tem
raízes no passado, que se constrói no cotidiano com ampla participação popular, e que
não tem um ponto predeterminado de início e chegada. Como todo processo de luta
social, contém suas próprias contradições. Avanços, recuos, derrotas e conquistas. Para
os movimentos sociais cumprirem papel mais elevado no cenário político precisam ter
perspectivas mais avançadas de sociedade.
Só poderemos formar cidadãos e futuras lideranças, ensinando as crianças desde as
primeiras letras a serem cidadãos com educação em tempo integral. Cadê o incentivo do
governo ao Escotismo, Bandeirantes, Escola Liceu de Artes e Ofícios, dentre outras com
o modelo de aprendizagem dessas instituições?
As lutas sociais darão o tom político na próxima década no Brasil, o ambiente
democrático que vivemos é propício à elevação da consciência política do povo e a sua
mobilização social num patamar mais avançado de luta de classes, visando o
aprofundamento da democracia e acelerar o crescimento social no País dentro de um
novo cenário de desenvolvimento é a principal tarefa dos movimentos sociais na
atualidade. Neste ambiente de lutas que a democracia será fortalecida, ampliando os
direitos sociais e a soberania nacional. É neste ambiente também que estaremos
atuando e contribuindo na construção de um Brasil melhor.
“Quem disse que o meu direito termina onde começa o seu? O meu direito não acaba nunca. Nem o seu.
Ou a gente aprende a conviver respeitando o direito um do outro (ainda que sejam bem diferentes) ou não
andaremos juntos".
Alderico Sena – Bacharel em Teologia Sociedade e Política, Especialista em Gestão de
Pessoas, Presidente do MAPI Bahia e Vice-Presidente Nacional do Movimento dos
Aposentados, Pensionistas e Idosos do Partido Democrático Trabalhista/PDT