www.noticialivre.com.br
Todo dia cidadãos reclamam da qualidade dos nossos políticos e da incompetência dos nossos governantes pelo Brasil afora. Respondo, o que as pessoas mais velhas falam, “o povo tem o governo que merece”. Afinal, não incentivamos os jovens e cidadãos de bons costumes a serem políticos, não ajudamos os mais competentes a se eleger, nem sequer sabemos onde fica a sede do partido político em que votamos, não identificamos quem poderia ser bom político no futuro.
Sabemos julgar e generalizar que “todos os políticos são iguais”.
Pergunte a 100 universitários que profissão escolheu e a maioria responderá advocacia, juiz, promotor, medicina, engenharia, ciência da computação. Poucos responderão que pretendem ser político. Tanto é que a nota de corte do vestibular de sociologia e política é uma das mais baixas de todas as profissões, em São Paulo.
Nenhum país consegue tornar-se uma nação séria e respeitada se a carreira de político não atrair seus melhores cidadãos, considerando que toda e qualquer decisão é política.
Durante o regime militar, a carreira de político, de fato, deixou de ser interessante, atraindo poucos jovens, e por isso tivemos pouca renovação. Outra razão para resolvermos esse problema, porque, francamente, ninguém agüenta mais votar nas opções e perfis de candidatos deste novo século.
Criticar por criticar a qualidade de nossa classe política, sem fazer absolutamente nada para transformar o sistema, é uma atitude complacente, covarde e omissa de quem critica e alimenta o sistema. É hora de ação e não de omissão!
Existem excelentes políticos no Congresso, sem a menor dúvida, a exemplo dos três senadores da Bahia, mas precisamos aumentar seu número. Como atrair nossos jovens, que atualmente preferem ser médicos e engenheiros, para que se tornem políticos competentes?
Não há um programa de rádio, televisão e na mídia escrita que estimule o estudante a se interessar pela política. Poderíamos estimular a revitalização de grêmios e diretórios nas unidades de ensino para enviar o melhor aluno junto com o mais político para participar de debates com vereador, deputados estadual, federal, senador e até prefeito da cidade. Assim, ambos aprenderiam um pouco do outro – os estudiosos a ser mais político, e o político a ser mais estudioso. É desta ação que poderá nascer novos líderes políticos para o País e quem ganha é a sociedade. Afinal somos ou não somos um País democrático? Precisamos pensar no destino das futuras gerações e do Brasil.
Não podemos parar por aí. Dezenas de outras idéias terão de ser desenvolvidas e implantadas para ajudar a melhorar o atual quadro político e construir um Brasil melhor para as gerações que virão.
O que nós queremos? E o que nós não queremos deixar de herança para as futuras gerações? Como atrair jovens para política? A geração após os anos 70 foi prejudicada com as transformações feitas no ensino pelo regime militar, mas em plena democracia qual é a argumentação da sociedade?
O País está sem líderes políticos e sem oposição e a ferramenta adequada para nascerem novos líderes políticos está na escola por este principio vou procurar devolver a minha sociedade os investimentos que me foram proporcionados quando meus estudos foram em escolas públicas custeados com os impostos pagos pela sociedade ao governo. Com a crise moral e política que o Brasil atravessa, é preciso reflexão e ação de todos os brasileiros.
Neste epílogo, coloco-me à disposição das instituições de ensino para desenvolver palestra sob o tema: Ética, política e sociedade, visando à revitalização de Diretório e Grêmio, veículo de organização, formação e capacitação de líderes políticos, e com este foco, atrair jovens estudantes para a política. “O pior analfabeto é o analfabeto político, ele não sabe que o feijão, o remédio, emprego, educação, saúde, transporte, gasolina, dentre outros produtos”, dependem de decisão política.
Alderico Sena – Bacharel em Teologia, Sociedade e Política e Especialista em Gestão de Pessoas - www.aldericosena.com–aldericosena@hotmail.com