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COMO MELHORAR O CONGRESSO?

Jornal Noticia Livre

No momento que o povo foi às ruas pedir o impeachment do então Presidente da Republica, Fernando Collor de Mello e esse povo depois reelege o mesmo Fernando Collor para o Congresso Nacional como Senador da Republica, Jose Sarney eleito também senador por outro Estado e ainda aceita o Senador Renan Calheiros e o Deputado Federal Eduardo Cunha como Presidentes do Congresso Nacional, qual é a força que o povo tem para ir para as ruas protestar contra os políticos eleitos por eles?

“Com votação sobre financiamento de empresas privadas, deputados perderam oportunidade de emancipar-se diante do poder econômico que costuma alugar nosso sistema político", diz o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor dos 247, em Brasília; "A partir de ontem, assume-se que a política brasileira — pois a lei vale para campanhas para presidente, governador, prefeito — tem patrão. Não estou falando de Eduardo Cunha, por favor. Mas daquele personagem social-econômico, que paga para ser obedecido, colocando-se acima dos 200 milhões de eleitores, cidadãos daquele universo democrático onde 1 homem=1 voto. Está garantido, agora, que temos eleitores de 1 homem=R$ 1 milhão de reais", afirma; segundo PML, a democracia brasileira sofreu um duro golpe ontem e a soberania popular pode ser solapada de vez por interesses econômicos, que são a raiz de todos os escândalos de corrupção”.

Entendo que uma reforma política séria teria que aprovar a redução do número de partidos, fim da coligação, voto distrital, voto facultativo, fim da reeleição e o financiamento publico de campanha para conter a corrupção no Sistema político brasileiro. A sociedade precisa entender o jogo político dos partidos que são contra o financiamento publico de campanha, sabem por quê? A grande questão é que financiamento público de campanha, o custo é menor que a corrupção, o desinteresse da maioria do congresso é para não enfrentar candidaturas das mulheres e dos jovens, medo da renovação.

Considerando que o eleitor esquece-se de tudo com tanta rapidez, transcrevemos os dez maiores escândalos de corrupção no Brasil, sem levar em consideração o Lava Jato, FIFA/CBF, COAF, dentre outros. TOP Crime/Escândalos Ano Rombo 10° Mensalão 2005 R$ 55 milhões 9° Operação sanguessuga 2006 R$ 140 milhões 8° Sudam 2001 R$ 214 milhões 7° Operação Navalha 2007 R$ 610 milhões 6° Anões do Orçamento 1993 R$ 800 milhões 5° TRT/SP 1999 R$ 923 milhões 4° Banco Marka 1999 R$ 1.8 bilhões 3° Vampiros da Saúde 2004 R$ 2.4 bilhões 2° Banestado 2003 R$ 42 bilhões 1° Privataria Tucana 1997 R$ 100 bilhões .

Todo santo dia se ouve na mídia alguém reclamando da qualidade dos nossos políticos e da incompetência de determinados governantes pelo Brasil. Cada povo tem o governo que o eleitor escolheu e merece, afinal a escola e a família não orientam, estimulam e nem ensinam aos jovens o jogo político do Sistema e que nem todos os políticos são iguais, como também não procuram cooperar com pessoas idealistas, competentes e honestas que possuem princípios educacionais e formação para defender os interesses coletivos e do País. Esta é uma das razões da escassez de liderança para renovação do quadro político no Brasil. Nenhum país consegue tornar-se uma nação séria e respeitada se a carreira de político não atrair seus melhores cidadãos. Desde Platão já havia essa constatação.

Durante o regime militar, a carreira de político, de fato, deixou de ser interessante, atraindo poucos jovens, e por isso tivemos pouca renovação, outra razão para resolvermos esse problema, porque, francamente, ninguém aguenta mais votar nas opções de pai para filho e neto com raízes de alguma família de caráter duvidoso.

Se perguntarem a 100 universitários que profissão escolheu, tenham certeza que serão: Medicina, advocacia, engenharia, procurador, juiz, dentre outras não pela vocação, mas sim pelo status. Poucos responderão que querem seguir a carreira política. Então a culpa não é de político, a culpa está em uma sociedade omissa no cumprimento de seus deveres cívicos.

Existem excelentes políticos no Congresso, sem a menor dúvida, mas precisamos aumentar o seu número. Como atrair nossos jovens, que atualmente preferem ser médicos e engenheiros, para que se tornem políticos competentes? Partidos, escolas, sociedade e família, precisam fazer alguma coisa. Precisamos saber separar “o joio do trigo” se queremos transformar e moralizar a coisa publica no Brasil, pois nem todos os políticos são iguais.

Como melhorar o Congresso Nacional? Quando o eleitor aprender a votar no ser e não no ter de candidato utilizando a consciência política e também apoiar os jovens procuradores, juízes e promotores do Ministério Público e da Policia Federal no combate contra a corrupção e a impunidade. Lembrando que a CPI DO ELEITOR É O VOTO CONSCIENTE. QUERER É PODER!

ALDERICO SENA – Bacharel em Teologia, Sociedade e Política, Especialista em Gestão de Pessoas, Vice-Presidente do PDT de Salvador e Presidente do Movimento do Aposentado, Pensionista e Idoso do PDT – Partido Democrático Trabalhista

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