Só por vocação, para ser professor no Brasil, considerando a inversão de valores e princípios culturais exercidos por pais e alunos na atualidade. Essa é a pergunta que mais se ouve nas conversas de grupos de estudantes e no meio social, tendo em vista vários fatores, em especial a violência, a desestruturação familiar, falta de condições ambientais e de material e o mais grave a falta de políticas pública para a valorização do professor. Alguns professores resistem em continuar, é pela missão e o gostar de ensinar. Podemos relacionar alguns adjetivos de como o professor na atualidade se sente no Brasil: mal remunerado por falta de PCS – Plano de Cargos e Salários digno, medo, decepção, vergonha, desvalorização, desestímulo profissional, desrespeito, agressão, falta de investimento em capacitação e atualização pela instituição de ensino, dentre outras violências. Ser professor entre os anos 60/80 representava orgulho, alegria, felicidade e era acima de tudo tratado com todo respeito pelos alunos, pais e pela comunidade, como mestre, o qual até então era visto pela sociedade como um missionário, um filósofo, uma pessoa especial. Ser professor tempo atrás significava sinônimo de status. Nas conversas entre os estudantes o que mais rolava era: “quando concluir o ginásio vou fazer magistério e depois pedagogia”.
Quem conhece a história do ICEIA e da Escola Parque de ontem. De acordo uma recente pesquisa divulgada na Revista VEJA, em 2010, feita por uma pedagoga com alunos do segundo grau e de faculdades no Rio de Janeiro, sobre quem faria vestibular para magistério e pedagogia, de 1500 alunos entrevistados, apenas 2% responderam que fariam e 98% disseram que não. Com esse resultado, fica comprovado que ser professor no Brasil só está sendo exercida pela velha guarda que estão se aposentando, pelos que têm vocação de ensinar e por aqueles que não têm alternativa profissional e ai vai cumprir uma missão em sala de aula sem os devidos requisitos do saber ensinar, fator primordial da péssima qualidade da educação no Brasil, em especial a pública. Ninguém tem duvida da importância e valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que queiram bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esse profissional continuasse sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho, hoje essas são as verdades da Profissão de Professor. O momento é de reflexão para que todos os pais, alunos e a sociedade, repensem os nossos papéis e nossas atitudes, pois com eles demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o apelo para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade mudará. Educação é à base de tudo. “A educação deve contribuir para o desenvolvimento da pessoa – espírito e corpo, inteligência, sentido estético, responsabilidade sócia, espiritualidade. Todo ser humano deve ser preparado, especialmente graças à educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir por si mesmo nas diferentes circunstâncias da vida” Educação: um tesouro a descobrir. Eleitor só pode transformar está cultura e resgatar a educação pública de qualidade com a reforma no ensino e na política, considerando que toda e qualquer decisão é política aprovadas em uma Casa Legislativa. Outro fator importantíssimo para resgatar a educação e a valorização do professor no Brasil é a revitalização dos Grêmios e Diretórios acadêmicos dos Colégios/ Faculdades e das Universidades. Grêmios e diretórios para a descoberta de novas lideranças, considerando a carência de lideranças políticas no Brasil. Nesses últimos anos o Brasil perdeu algumas referências e exemplos de políticos éticos, idealistas e de caráter, no entanto novas referências é preciso e tudo depende de qualidade da educação familiar e do ensino como a do passado. Quem substituirá esses valores na política? Vamos continuar assistindo, lendo e vendo noticiários de corrupção, impunidade e de violência sem reagir. Convocamos a sociedade para defender a revitalização da educação pública de qualidade e a valorização do professor com o objetivo de devolver a estes profissionais: carinho, amor e respeito. Só assim poderemos contribuir para melhorar as atitudes e os comportamentos éticos e morais do Ser humano. A educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa – espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade social, espiritualidade. Todo ser humano deve ser preparado, especialmente graças à educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir por si mesmo nas diferentes circunstâncias da vida. 15 de Outubro dia de agradecimento pelas sábias lições. Brasileiros carinhosamente agradecem aos Mestres Professores, Parabéns!
Alderico Sena - Especialista em Gestão de Pessoas, Presidente do Movimento do Aposentado, Pensionista e Idoso do PDT - Partido, Democrático Trabalhista – aldericosena@hotmail.com